Acabei de ouvir a entrevista feita por Mario Crespo a Mia Couto. Foi um momento de paz e de encanto, longe, muito longe, desta apoplexia política que se apoderou, creio que para sempre, dos nossos ecrãs.
O prémio Camões falou dos seus pais, de Moçambique e de África sem a mais pequena ponta de ira no seu olhar. Para quem, como eu, conhece Moçambique, as suas palavras comoveram-me. Sobretudo, quando ele referiu o "silêncio", único a meu ver, que caracteriza aquela terra e as suas gentes. Silêncio que não precisa de ser preenchido, que é natural, que se aceita e se deseja, ao contrário do que acontece noutras terras.
Falou ainda da ruralidade que acabou por vencer as cidades, ao invés daquilo que costuma ocorrer e desejar-se, e que constitui uma marca daquele país.
O prémio, esse, foi dedicado a seu Pai e partilhado com os irmãos moçambicanos que constituem a sua permanente fonte de inspiração.
Num tempo em que quase todos nós estamos suspensos da saúde de Mandela, o homem que nunca soube o que era o ódio, ouvir Mia Couto e olhar o azul dos seus olhos constitui um verdadeiro colírio para a alma!
HSC
Falou ainda da ruralidade que acabou por vencer as cidades, ao invés daquilo que costuma ocorrer e desejar-se, e que constitui uma marca daquele país.
O prémio, esse, foi dedicado a seu Pai e partilhado com os irmãos moçambicanos que constituem a sua permanente fonte de inspiração.
Num tempo em que quase todos nós estamos suspensos da saúde de Mandela, o homem que nunca soube o que era o ódio, ouvir Mia Couto e olhar o azul dos seus olhos constitui um verdadeiro colírio para a alma!
HSC
Ora bolas... E eu que gosto tanto dele... que pena, não vi. Tem uma voz suave, uma tranquilidade espantosa, não é? Que pena mesmo não ter visto.
ResponderEliminarE que precisados andamos de um pouco de paz... Devíamos ter uma pessoa a falar assim ou a dizer poesia todos os dias em todos os canais de televisão.
PS: Não tinha visto o seu texto dos enxovalhos aqui, pelo que comentei lá no Delito. Discordei de si mas não vou repetir-me aqui (mas foi uma discordanciazita ligeira...)
Um bom dia de Sto António, Bárbara Helena!
Pode ver em sicnoticias.sapo.pt/programas/jornaldas9/
EliminarMaria
Mia Couto e Mandela conseguiram e conseguem dar voz a quem foi tão desprezado, Africa tem tido grandes homens de grande nobreza!
ResponderEliminarÉ bom sentir que consegue olhar para além da crise que nos limita.
Há que fazer um esforço para que a austeridade não nos aprisione :)!
Um grande abraço,
lb/zia
"o azul dos seus olhos constitui um verdadeiro colírio para a alma!"
ResponderEliminarIn HSC
Como concordo.
Abraço
É mesmo, também acho... ele transpira tranquilidade, serenidade e doçura e acho que essas "armas", a par da segurança e determinação, são as únicas que ainda não nos afastarão do melhor que a nossa natureza humana tem...
ResponderEliminarP.S. Vou tentar ver no Youtube... ver televisão já é tão raro lá em casa... ao menos que se veja algo de jeito..
P.S.2. Ah, e já agora... é um homem lindíssimo!!!!
Beijinhos, Helena!
A Helena deve ter estado em África de férias... Mandela esteve envolvido em actos de terrorismo no início da sua vida e que custaram a vida de algumas pessoas.
ResponderEliminarNão digo com isto que o caminho que mais tarde escolheu, através do pacifismo e de uma atitude mais serena deva ser menosprezado, pelo contrário... mas o ódio um dia esteve presente, mas como homem sábio que é soube ir mais além.