A Granta, que nasceu na Universidade de Cambridge, em 1889, e já é
publicada em dez países, chegou finalmente a Portugal, na última semana de
Maio. Só ontem tive oportunidade de a manusear e por isso só agora falo dela. É
uma revista livro, que não versa sobre a actualidade, não terá colunistas, nem
o formato habitual das revistas.
Trata-se de uma publicação com duas partes. Numa traz-nos em
português, textos inéditos de autores internacionais e
na outra encontramos
textos, também inéditos, de autores portugueses, alguns premiados, outros ainda
meras apostas em jovens da literatura nacional.
A sua direcção está a cargo do jornalista Carlos Vaz Marques, que espera
levar os textos dos autores nacionais às restantes publicações e assim a outros
mundos.
A Granta será um grande anel de revistas através do qual os nosso
autores ganham uma porta de entrada noutros países.
A revista que surge em
tempos de crise e em contraciclo, se representa um «desafio» e um «perigo»,
também constitui a possibilidade de dar motivação adicional aos seus autores.
Neste primeiro número, a Granta revela cinco sonetos inéditos de
Fernando Pessoa, um feito que pode fazer dela uma edição “histórica”.
A edição portuguesa irá manter a linha da versão original, desde o letering,
ao formato, à concepção gráfica. Todavia, não irá ter uma presença online,
porque se acredita que ela constitui, desde a imagem ao toque, uma experiência
sensorial.
A Granta, é editada semestralmente pela Tinta-da-China e está à
venda nas melhores livrarias. E como não é uma «revista como as outras», o
preço ronda os 18 euros. Mas quem assinar os primeiros quatro números, recebe
de bonus um grátis.
É, no fundo, o preço de um livro porque, dizem, é de um
livro especial que, afinal, se trata.
Para mim, que já fazia
partilha da assinatura da Monocle –, ficou-me este laivo intelectual, depois de
perder a Wallpaper -, significa ter de arranjar outro sócio e cortar no queijo
Brie. Porque, aqui por casa, tentar estar actual, na minha idade, sai caro e
implica sacrifícios do que não é essencial…
Obrigada Helena, por esta partilha. O assunto interessa-me muito, já tinha ouvido falar na "Granta" um pouco de passagem e este seu post é absolutamente esclarecedor. Também vou querer! :)
ResponderEliminarBeijinho e bom fim de semana
Isabel Mouzinho
HSC espero que coma Brie e leia a Granta sempre que possa e queira durante muitos anos.
ResponderEliminarL.L.
Fiz uma encomenda por mail e sendo o preço de capa de 18 euros, pensei que com os portes o preço fosse mais elevado...afinal paguei, online, os mesmos 18 euros.
ResponderEliminarAinda não recebi a Granta e estou muito curiosa.
Nina Abreu
Há uns anos pelo Natal, os meus filhos ofereceram-me uma Granta (versão inglesa) e apreciei-a imenso sobre tudo os artigos que então versavam os problemas relacionados com a proliferação do islamismo no UK. Fiquei bastante elucidada sobre o assunto e apreciei bastante outros assuntos que então versava.
ResponderEliminarAo contrário da Monocle que me chegava em 2ª mão achei a Granta mais profunda. De vez em quando lembra- me e vou espreitar a versão online o que, evidentemente, não é a mesma coisa!
Sou com certez mesmo inculta nunca tinha ouvido falar na revista granta.
ResponderEliminarvou me informar, talvez algum dos meus filhos saiba, e será que o brie não lhe dá mais prazer?!
Beijinhos,
lb/zia
A 1ª.Granta esgotou em poucos dias
ResponderEliminaraqui nos meus sitios.
Consegui, por emprestimo, folheá-la
mas chegou para perceber que tem de constar da minha lista de prioridades.
E, tal como a Helena, tambem eu terei de prescindir de algo para comprar a revista, pois a reforma vai sendo cada vez mais curta. Mas curta nunca será a minha vontade.
Um beijinho
Tentei arranjar a Granta e parece-me que já esgotou. Gostava de perguntar à Nina Abreu se a encomendou agora ou já há algum tempo.
ResponderEliminarObrigada
Beijinho
Agradeço a informação, mas estou preocupado com a informação de PÔR DE SOL !
ResponderEliminarSó na 2ª feira à tarde poderei procurar no Porto...
a granta define-se um pouco como descobridora de talentos em embrião, de talentos que 10 ou 20 anos depois serão nomes consagrados da literatura nesse país.
ResponderEliminaré corrente encontrar referencia sublinhando que dos autores publicados pela granta em 1989, ou em 2001, falo do reino unido, muitos deles são hoje autores consagrados.
já folheei a granta portuguesa em livraria, quando saiu há uns meses, mas agora esta entrada abriu-me o apetite para ir mais alem, comprá la talvez e lê la