Passou o mais difícil. Fiz o que devia fazer para continuar a minha própria caminhada. O meu tempo agora é o de louvar a vida, mandando rezar uma missa no próximo dia 1 de Maio, data do seu nascimento, na Capela do Rato, às 19 horas.
Aí celebrarei o espírito e exorcizarei a morte. Esteja ele onde estiver, baptizado e crismado que foi, há-de sorrir-me. E um dia virá receber-me quando chegar a minha hora. Até lá, nunca mais o 24 de Abril será o dia do Miguel. Esta é a minha escolha que conta, felizmente, com o apoio dos meus.
Porque algumas pessoas me perguntaram pelo prémio instituído em seu nome, apenas posso informar que se tratou de uma iniciativa à qual sou alheia. O pior risco que a morte do Miguel poderia correr seria a sua mitificação. Nela eu não colaboro.
O Miguel foi um político justo, um homem bom, um parlamentar seguro, uma pessoa de convicções. Não foi um herói. E é assim que pretendo continuar a recorda-lo.
HSC
Pelos ouviram-me (relativamente ao comentário anterior) e fico-lhes grata por isso.
ResponderEliminarÉ hora de celebrar, de recordar os bons momentos. Tenho um amigo que continua a celebrar o aniversário da mãe (apesar de ela já ter falecido há uns anos). Agora tem uma neta de dois anos que quando vai ao cemitério, e vê acender as velas (continua a ser uma tradição com alguma expressão aqui no Porto) canta "os parabéns a você".
O meu amigo diz que foi aí que percebeu que o sentido último da vida é muito maior do que aquele que imaginamos.
Certamente que o seu filho lhe sorrirá: tem uma mãe maravilhosa.
Também não dúvido que corra ao seu encontro, mas ainda vai ter de esperar um pouquinho...
Pessoas boas como a Senhora fazem falta cá em baixo.
Um abraço, Helena.
ResponderEliminarPara além do que diz, deixe-me acrescentar que o seu Miguel foi um homem que lutava pelos seus ideais com convicção, sim, mas também com muita elegância e que, além do mais, tinha um sorriso muito bonito, um sorriso que conservava a inocência.
E percebo-a muito bem: de um filho celebra-se o nascimento, a felicidade de o ter trazido ao mundo.
Um abraço, Bárbara Helena!
No meu espaço recordei o seu filho pelo que foi politicamente falando, porque achei que sim e jamais o esquecerei mas longe de fazer dele um mito já que só relembro de quem gostei, porque infelizmente para muita gente..."quem parte vira santo" e lá vêm com as palavras, homenagens etc.
ResponderEliminarNão sei se me fiz compreender e caso se der ao trabalho de ver o que fiz e não gostar, diga pf que eu apago.
Como mãe que é respeito e entendo-a perfeitamente.
Um grande abraço
Cara Helena,
ResponderEliminarAdmiro muito a sua maneira realista de ver a vida.
Isabel BP
Admiro as suas convicções, a sua forca e coragem!!!!
ResponderEliminarAinda bem que pensa assim.
ResponderEliminar:)
De facto, há que celebrar a vida, neste caso a data de nascimento do Miguel! Nunca morrem, para nós, aqueles que amamos! A sua lembrança, perdurará em nossos corações para sempre! E seu filho, que partiu para outra dimensão, estará sempre consigo porque faz parte de si!...
ResponderEliminarNão podendo assistir à missa no dia 1 de Maio, estarei consigo em pensamento!
Beijinho!
Estimada Helena
ResponderEliminarLouvo-a pelo seu carácter, pela forma digna como aborda os problemas, as coisas que se vão passando em seu redor.
Como deixei prometido no 'post' anterior, lembrei-me do Miguel, de forma especial, no dia 24.
Aceite um abraço.
Um sentimento muito amigo de compreensão. Calcula onde eu teria ido, se estivesse em Lisboa. Mas respeito muito e compreendo plenamente a sua decisão.
ResponderEliminara) Alcipe
Minha querida Senhora!
ResponderEliminarBem haja pelas suas partilhas e pelo exemplo que nos dá!
Um abraço
FL
Helena, um abraço grande de solidariedade e toda a compreensão de uma outra mãe, de uma outra mulher.
ResponderEliminarE não, não precisamos de heróis, concordo consigo. Mas precisamos muito de homens como o seu Miguel, empenhados nas causas justas que fariam do mundo um lugar melhor (falo de causas, não de guerras partidárias), dando por essas causas, a cara e a coragem, a força e a energia dos seus melhores anos, e sempre com um entusiasmo tão genuíno e tão exposto, e por isso tão respeitado. E, claro, o charme e o sorriso eram a sua marca, mas isso você está careca de saber. Sorria à vontade, Helena, tem tudo para se sentir orgulhosa!
Beijo grande de uma antiga colega do BP!
Fatima M. Padinha
Helena,
ResponderEliminarÉ tão bom lê-la e saber que há mães, mulheres, avós, assim no mundo.
Um grande beijinho*
Cara Helena:
ResponderEliminarE assim se celebrará sempre a vida e não a morte, de facto. O que importa é recordá-lo sempre, seja da forma que for, NO MAIS ÍNTIMO E SAGRADO DO SEU CORAÇÃO e também estou segura que, na comunhão dos Santos, todos os nossos mais queridos, formam um "céu estrelado" do mais lindo que há. Esta imagem, mesmo para os não crentes, é bonita, não acha?
Um beijinho especial,
PAULA FERRINHO
ResponderEliminarCompreendo e sinto da mesma maneira. Nada melhor do que o seu dia de aniversario para “lembrar e celebrar a vida”, para recordarmos e enaltecermos aquilo que conhecemos…
Um abraço grande
O amor de uma mãe por um filho e vice-versa caminham lado a lado....estejam onde estiverem....é eterno!!!
ResponderEliminarUm beijinho Helena! admiro-a muito
ResponderEliminarInês Cardoso
toda a minha solidariedade !!
ResponderEliminarNo dia 1 de Maio acenderei uma vela, na abadia medieval aqui mais ao norte da Europa, pela HSC e pelo seu Miguel.
ResponderEliminarComo dizia o Principezinho "on se console toujour!".
ResponderEliminarMuitos beijinhos,
lb/zia
Um dia disseram-me: só muda a forma de comunicar.
ResponderEliminarFrancisca Oliveira Martins
Minha querida Helena
ResponderEliminarSofri um tremendo abalo, fiquei sem fala, sem movimentos, sem consciência.
A maldita ocorrência foi de tal gravidade que a Raquel chamou o INEM e o meu filho mais velho para a acompanhar nessa horrível aflição, o INEM levou-me ao Santa Maria. Se quiseres saber mais deste pesadelo manda-me um imeile com a tua morada para pormenorizar mais o que aconteceu. Muito obrigado
Um grande beijinho do
Henrique
Gostava de acreditar que um dia, numa qualquer outra dimensão, me encontraria com a minha querida avó, com o meu pai e com a Elvira "criada" da minha mãe que me mimou até aos 14 anos, mas infelizmente não acredito! Sinceramente, a HSC acredita?
ResponderEliminarCara Dalma
ResponderEliminarÉ das poucas coisas em que acredito. Se assim não fosse, não teria resistido a tanta perda!
Não será que o seu acreditar é apenas ter FÉ?! É que a fé realmente não se explica... Ter fé talvez seja um dom que alguns não possuem e acredite que eu gostava de possuir!
EliminarCara Dalma
ResponderEliminarA fé é, de facto, um dom. Não terei nascido com ele. Como, aliás, aconteceu a muitos santos. E eu estou longe de ser santa.
Decidi baptizar-me aos 20 anos, ciente do passo que dava. E em todas as minhas conversas com Deus, aquilo que sempre lhe peço, é que me dê força para esperar pela fé.
Creio Nele, como creio que sou filha dos meus Pais e neta dos meus Avôs.
Mas a fé é outra coisa. É amor incondicional por Ele. Como o que tenho pelos filhos.
" bem aventurados os que acreditam". Mas ELE, que nos ensinaram que é pai de todos, também o aprendi, será que o é mesmo? Como pode então tratar de maneira tão diferente uns dos outros? Porque são sempre os mais pobres a sofrer? E não falo só das catástrofes naturais...
Eliminarter "força para esperar pela fé" que bela expressão, querida doutora Helena.
ResponderEliminarVânia
ResponderEliminarQuerida Helena
Não posso deixar em branco o dia de hoje, sem lhe enviar toda a minha energia solidária com um abraço muito apertado.