Depois de uma ausência razoável dos noticiários nacionais, decidi voltar a ver o que se passava pelo burgo. Se não fosse esta minha capacidade de me rir de mim própria, teria julgado que algum cataclismo grave nos assolara, tal o tom de voz e nível de afirmações que pululou pelos canais em que, por breves instantes, assentei arraiais. No início não percebi e fiquei com a ideia de ter havido mais manifestações de rua, que, digamos a verdade, não seria para surpreender ninguém.
Afinal, o terramoto que estava em causa era o discurso do Presidente Cavaco Silva no dia 25 de Abril que uns apoiavam calorosamente, outros vaiavam fortemente e outros ainda não tinham opinião formada.
Mas a minha surpresa veio não com o discurso e respectivos comentários, porque é disso que se alimenta a informação e a política em Portugal. Veio, sim, com mais umas alterações no Secretariado Governativo.
Mas a minha surpresa veio não com o discurso e respectivos comentários, porque é disso que se alimenta a informação e a política em Portugal. Veio, sim, com mais umas alterações no Secretariado Governativo.
Ou seja, em praticamente dez dias que estive ausente das notícias, o país sofrera, de facto, mais umas convulsões que não diferiram muito das que ultimamente nos têm acompanhado. A diferença residia, apenas, em mais uma remodelaçaozinha feita pingo a pingo, num modelo que me parece francamente original. Salve-nos isso...
E quando tentei informar-me acerca dos resultados da sétima avaliação - raio de termo - da Troika percebi, com grande surpresa, que embora as orais e as escritas estivessem feitas, a nota final é que ainda não fora publicada.
E quando tentei informar-me acerca dos resultados da sétima avaliação - raio de termo - da Troika percebi, com grande surpresa, que embora as orais e as escritas estivessem feitas, a nota final é que ainda não fora publicada.
Ou seja, se me acontece estar de novo ausente por um período maior, corro o risco de ligar a televisão e não perceber o idioma em que os pivots falam...
HSC
Ao ler o seu post sorri porque é exactamente o que se passa comigo. Cansada de sensacionalismo about nothing, deixei de ver telejornais e mesas redondas, excepto as de economia, que em geral são razoáveis na SICN. Também tive essa sensação a proposito do discurso de Cavaco, que não vi, nem li, mas que conheço ao pormenor, devido à celeuma que levantou. É cada vez mais do mesmo e desculpe o termo , mas estou enjoada dos media, dos Isaltinos, dos Gaspares, dos Seguros e Co.
ResponderEliminarO que me vale é a leitura....
Bjinho e ainda bem que está de volta.
Minha querida Drª Helena:
ResponderEliminarQuando António Gedeão escreveu a Pedra Filosofal não podia, certamente, saber nem sonhar que o mundo viria a pular e a avançar tão rapidamente.
Um beijinho,
Vânia Batista
Por cá, nada de novo!... Persiste a acostumada crispação politica e jornalística, assim como, uma certa caturrice de PC e VG em não alterarem as calamitosas evidências. A salvação parece estar agora do lado do “mais poderoso!”... Um lusitano puro, inteligente e bem intencionado, cuja nobreza e bravura se destacam na imensa vulgaridade.
ResponderEliminarValha-nos Deus...
Um abraço para si
Cada vez se vive melhor sem a televisão e a minha sanidade mental assim o exige.
ResponderEliminarHá pouco vi uma notícia em rodapé e juro que pensei ser de outra galáxia e não cá do burgo... Enfim!
Isabel BP
Na sua opinião, vê por onde este país pode avançar ?
ResponderEliminarEu, francamente, não sei...
O eleitorado não quer dar o voto a um partido sério...
Que fazer ?
Um beijo.
Meu caro João Menéres
ResponderEliminarSempre acreditei que em economia e finanças não há um só caminho.
O que foi traçado está visto que tem de ser alterado. O que alterar e como alterar, sem fazer das pessoas meras estatísticas, é que constitui o nó górdio do problema. E esse enquadramento depende mais das políticas a seguir do que das medidas a tomar. Porque estas dependem daquelas.
É preciso que os portugueses se pronunciem sobre aquilo que estão dispostos a pagar pelo modelo que querem para Portugal. Democracias de sentido único assemelham-se perigosamente a ditaduras.
Um destes dias postarei sobre o tema.
Minha querida Senhora os noticiários na nossa terrinha continuam a espelhar o país em que nos encontramos...
ResponderEliminarbeijinhos grandes,
lb/zia
Muito obrigado, por ser tão explícita na resposta !
ResponderEliminarMas, AGORA, já está aí o Tozé a pedir a maioria absoluta ( mas, há eleições ? ) e a prometer tudo, quando nada depende dele !
Continuamos com a mais pura das demagogias !
Melhores cumprimentos.
Sinto exatamente o mesmo e é uma "fartura", daquelas bem chatas ver a TV generalista... já o faço muito pouco! Enfim, valha-nos a leitura e afins...
ResponderEliminar1 beijinho... é sempre um prazer "lê-la"!
doutora Helena
ResponderEliminarGostava muito de falar com a senhora doutora.Gostava que me ensinasse a gostar de viver a vida com alegria que eu não tenho. Temos muitas coisas em comum. A senhora doutora muito mais saber.Admiro muito toda a sua força.
Maria Isabel
Gostava de saber o email, não quero que ninguem saiba o que gostava de lhe dizer