"Em conversa ontem com um
amigo, professor recém-aposentado, surgiu a questão da etimologia da palavra e,
era inevitável, a destrinça entre reformado, aposentado e jubilado. Se reformado é
o que voltou à primeira forma, ao primeiro estado, está aqui uma grande
mentira, pois nunca se volta ao primitivo estado. Mas reformado também
significa desfigurado, o que já se aproxima da verdade, sobretudo
ao fim de 36 anos de trabalho. Quanto a jubilado, a injustiça
é óbvia: só os professores universitários e os juízes se jubilam. Jubilar(-se) é
encher-se de júbilo, de intensa alegria ou contentamento, e nem todos têm
motivos para isso. (No Brasil, também os estudantes universitários são
jubilados, mas não me parece que fiquem cheios de júbilo...)"
Encontrei no blogue "Assim Mesmo" esta explicação que acima reproduzo e que pode ser consultada em
Ficaram todos, certamente, esclarecidos quanto à justiça que preside a tão especial distinção... Eu, então, fiquei absolutamente cheia de júbilo. Mas infelizmente...não sou jubilada!
HSC
A palavra que se usa não representa, em meu entender, o que é este tempo de maturidade e liberdade, sem horários/prazos a cumprir, liberdade total, uma vez que os filhos estão orientados, e o marido - já era...
ResponderEliminarAprendi a viver só, e com 660€, metade do que recebia quando trabalhava!No país em que vivo não me posso queixar, há tantos jovens e adultos sem NADA!
Um forte abraço (gostei muito de a ver ontem na SIC, neste mês...)
lb/Zia
Srª Drª Helena Sacadura Cabral,
ResponderEliminarUm Post que merece uma especial atenção. E muito bem fez em levantar esta questão, Srª Drª, ao destacar situações de indiscutível discriminação e desigualdade de tratamento, que suscitam questões jurídicas no campo “da proporcionalidade e igualdade do Direito Constitucional. “
No caso dos Magistrados, a sua situação profissonal fica assim salvaguardada, para o futuro, ou seja, na reforma. Mas, pelo menos, ali não há filhos e enteados. Todos comem da mesma malga, desde que atingam o número de anos de serviço para tal.
Já no que respeita ao Diplomatas, a situação é bem diferente. O Estatuto Diplomático contém um Artigo absurdo e profundamente injusto, porque discriminatório, entre outros aspectos gravosos – o Artº 30º - , que foi aliás objecto de uma contestação, em forma de Recomendação, do Senhor Provedor de Justiça, junto do Senhor Ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros, onde é solicitada uma resposta a Sexa o Senhor Ministro – que a terá de dar, nos termos da Lei (aqui convém sublinhar que este actual Ministro nada tem a ver com esta situação, que herdou, ou seja, com o facto do Estatuto Diplomático configurar uma injustiça flagrante na forma de uma discriminação, que permite e contém esta desigualdade de tratamentos entre Ministros Plenipotenciários/Embaixadores e os restantes funcionários que surgem logo a seguir).
Em suma, no MNE, existem, na verdade, filhos e enteados, pois os tais Ministros Plenipotenciários (MP) e Embaixadores (EMB) podem jubilar-se e os outros funcionários não podem, quer isto dizer que aqueles, uma vez reformados, MP e EMB, “nos termos do Artº33º do Estatuto Diplomático, as suas pensões de reforma serão automaticamente actualizadas em percentagem igual à do aumento das remunerações dos funcionários diplomáticos e consulares no activo de categoria correspondente à que no momento da jubilação” (!). Ou seja, mesmo por muito maus ventos que corram, estão, sempre, devidamente salvaguardados. Já os restante diplomatas com outra categoria, na reforma, sofrem as mesmas agruras da Função Pública. Enquanto aqueles – MP e EMB -, tal como os tais Magistrados e Professores Catedátricos escapam a essa situação.
Na verdade, uma verdadeira Reforma do Estado, como se fala hoje, a ser um dia implementada, nunca deveria permitir uma tal diferenciação, que se traduz numa clara discriminação, que fere o tal princípio da igualde e da proporcionalilidade - constitucionais.
Há pois razões de júbilo para certos funcionários do Estado. Olá se há!
Srª Drª, permita-me manter o anonimato.
Com consideração.
Minha cara Helena
ResponderEliminarTemos nós andado por aqui e por outros sítios a militar sobre o acordo ortográfico e eis que chego à conclusão(muitíssimo mais grave) que o que aprendemos na nossa língua perdeu o verdadeiro significado.
Vem isto a propósito de uma PUBLICIDADE ENGANOSA
com que somos bombardeados na TV, por Call Center ou nas próprias lojas da marca.
Trata-se de um novo pacote da MEO,M40, que entre várias coisas, diz oferecer CHAMADAS ILIMITADAS E SMS PARA TODAS AS REDES.
Pois é bom que se saiba que se trata de uma premeditada MENTIRA.
Alertados para a situação, insistimos e remeteram-nos para "as letras pequeninas do folheto" onde se fala "de um número razoável de chamadas o que é bem diferente de ILIMITADO
E aqui estamos nós, sujeitos a todo o tipo de manipulação para a obtenção de objectivos financeiros pois esse é o maior argumento de venda desse pacote.
Perdoe-me Helena se uso o seu espaço para alertar os consumidores que ainda não "caíram"
Eu já caí. Ninguém quantifica o "razoável" nem ninguém explica o que querem dizer verdadeiramente com ILIMITADO.Nem é preciso. Nós sabemos.
A cada passo, deparamos com mais uma... Às vezes sinto que neste País se perdeu a vergonha...Estou furiosa e desencantada.
Vinha isto a propósito do significado das palavras.
Neste caso, desabafo pela IMORALIDADE no uso das mesmas.
Abracinho.
Segundo o Estatuto da Carreira Diplomática, os embaixadores e os ministros plenipotenciários podem ser jubilados, continuando vinculados aos deveres estatutários e podendo ser chamados a colaborar com o MNE - o que não acontece com os reformados.
ResponderEliminarMinha querida amiga, o jubilado continua a descontar para a Caixa Geral de Aposentações, o reformado não. Antes desta "taxa de solidariedade", e depois do congelamento dos salários da função pública e da introdução da taxa especial de 3,5% para os salários superiores a 1350 €, era até mais interessante economicamente para os diplomatas a reforma do que a jubilação.
ResponderEliminarCom a amizade do seu Alcipe, ainda não reformado nem jubilado
Esclarecendo: embora os jubilados não paguem para a Caixa Geral de Aposentações, desde 2008 que lhes é descontada na pensão o montante equivalente ao que os funcionários no activo da sua categoria têm que descontar para a C.G.A.
ResponderEliminara) Alcipe
Temo que a palavra voltara´ a ter, dentro de anos, um outro significado. Isto e´, jubilado sera´ todo aquele que depois de deixar de trabalhar consiguira´ ter a hoje chamada reforma ... Sera´ aquele que depois de 40/45 anos a pagar para a segurança social consegue receber qualquer “coisita”, justificando a desmedida alegria e a etimologia da palavra.
ResponderEliminarN371111
Teclado sem acentuacao.
Curioso Post e interessantes alguns dos comentários. Convém todavia lembrar que as jubilações encontram-se devidamente estipuladas nos estatutos das diversas carreiras profissionais, sendo que, ao que vejo, algumas de forma mais democrática, digamos, do que outras, como é, pelos vistos, os casos dos magistrados e dos diplomatas. Aquilo que é referido pelo comentador das 23.49,julgo, se a memória não me falha, tea sido noticiado algures na imprensa (Público, DN?).
ResponderEliminarMas, como bem pudemos ver pela decisão do T.C relativamente ao OE, onde 4 normas ali inscritas foram consideradas inconstitucionais, os mesmos diplomas, como todos os diplomas em geral, independentemente de serem aprovados por uma maioria parlamentar, podem sempre, também eles, ser objecto de apreciação pelo T.C.
O que poderá ser ocaso de quem se sente injustiçado. Assim ainda vai funcionando a nossa Democracia.
Cá por mim, que não sou jubilado, cá vou levando uma vida tranquila. Graças a Deus (apesar de n´Ele não acreditar).
P.Rufino
Pois é! O comentarista das 08:17, não precisa de dizer a sua ex-profissão... É caso para perguntar: quer trocar... País de filhos e enteados!
ResponderEliminaro funcionário diplomatico pode optar pela aposentação ao atingir uma certa idade e tempo de serviço, sendo as condições iguais a qq outro fp que descontou para a cga; ou optar pela jubilação até à idade limite para a aposentação, o que não é um grande privilégio, pois tecnicamente pode voltar a ser chamado a desempenhar funções ou pode mesmo querer continuar a ter algum serviço, arquivo, livro branco, investigação; vantajosos são outros cargos, como os deputados, os juizes, os autarcas, os ex presidentes da republica, etc, e vamos lá a saber o porquê das coisas e das diferenças e as justificações!!
ResponderEliminarno caso dos diplomatas não lhe foi oferecida a jubilação, negociaram essa situação durante anos através do sindicato até que a obtiveram...
O comentarista das 8.17 assinou o seu nome e tem uma profissão, não uma ex-profissão.
ResponderEliminara) Alcipe
se me é permitido um comentario adicional, creio que reformar significa mudar a forma, refazer ficando com outro aspecto; que aposentar significa ir para casa (do latim apud); e jubilar receber um premio ou gratificação por algo que se fez, no caso que interessa pelos anos de serviço na carreira. Não fui ao dicionário e pode ser que tenha dito algum erro. e isto não é conversa administrativa, apenas divagaçoes.
ResponderEliminarna verdade há tambem algo de classista nos 3 termos que no fundo significam a mesma realidade: deixar de trabalhar quando chega o tempo disso e receber a pensão.
no caso dos diplomatas, a jubilação é apenas um limbo onde se espera a aposentação, para quem assim quer, com poucas vantagens em relação à aposentação e, eventualmente, pode mesmo ser desvantajoso. Já ninguem sabe aquilo com que pode contar. obrigado pelo espaço extra e abraço
Estas benesses só destinadas a alguns portugueses são mais uma das muitas injustiças, como se não tivessem todos direito aos mesmos privilégios.
ResponderEliminarSem ter lido este post, ainda, ontem, fiz essa pergunta sobre os ditos jubilados porque, embora conhecesse a situação não fazia ideia das mordomias que tal situação proporciona.
Para não falar de todos os reformados continuarem com a condição de Sr/Sra, Dr/Dra, Eng, Arq, e os Embaixadores continuarem a ser assim tratados mais a Senhora Embaixatriz - raia o feudalismo puro e duro!
A democracia teima em chegar a ceros ministérios e o MNE é um deles (concordo com o Anónimo das 21:20).
IBP
Caro Anónimo das 01:07,
ResponderEliminarPor poderem ser chamados é que o MNE é o único ministério em que os ditos jubilados não "desamparam a loja" e andam a arrastar-se pelos corredores.
Todos os ciclos da nossa vida têm princípio, meio e fim e as pessoas deviam entender isso e dar lugar aos mais novos que, ainda, estão no activo, mas preferem andar com os golpes palacianos sempre em riste. Uma tristeza!
Aplaudo o comentários do Anónimo das 19:20.