quarta-feira, 13 de fevereiro de 2013

Transatlantic Trade and Investment Partnership


No seu discurso de ontem sobre o Estado da União o Presidente Obama considerou como objectivo geopolítico, a criação de uma zona de comércio livre entre os Estados Unidos e a União Europeia, a "Transatlantic Trade and Investment Partnership" (TTIP).
A ideia tem uns anos mas em 2006 contou com a oposição da França. Todavia, na última cimeira europeia, o primeiro-ministro britânico e a chanceler alemã deram-lhe o seu apoio. Só faltava o apoio politico da América que agora se manifesta.
O que se pretende com esta parceria entre os dois lados do Atlântico é criar uma dinâmica de crescimento da economia occidental que tem vindo a perder peso no comércio internacional..
Obama pretende com a TTIP mostrar o seu interesse estratégico numa relação especial com a Europa.
A média das tarifas alfandegárias entre os dois lados do Atlântico ronda os 3%, mas nalguns sectores protegidos chega aos 20%. Se tal zona vier a ser criada a Comissão Europeia calcula poder obter no seu PIB um ganho anual de meio ponto percentual.
A agrícultura, os serviços e o acesso aos mercados públicos, devem ser os dossiers mais difíceis de negociar face aos poderosos lóbis que existem de ambos os lados.  O melhor dossier parece ser o do sector automóvel - um dos motores de crescimento do comércio transatlântico -, onde os ganhos poderão atingir os 15%.
Resta saber como o processo se irá desenvolver. Mas consta que na visita que Obama fará a Berlim em Junho próximo, ele será tema certo de conversações.
HSC
 

3 comentários:

  1. Vamos lá ver, transcrevendo-a, Estimada Helena: “...A Comissão Europeia (uma entidade que me merece a maior e mais profunda das desconfianças, basta ver a ideia que defende de se privatizar as Águas , vide o Comissário Michel Barnier, o que constituirá um verdadeiro escândalo; o que restará amanhã, se formos por esse caminho, privatizando tudo, sobretudo sectores da maior importância para um país como o nosso, a Espanha, etc?) “calcula” (tenho de novo uma profunda reserva quanto aos cálculos da C.E, sobretudo nos seus reflexos sobre os países mais fracos economicamente, ou..intervencionados, como o nosso) que pode obter no seu PIB um ganho anual de meio ponto percentual”. Meio ponto!! E isto motiva? Onde se chegou! E quem, no seio da UE vai beneficiar desse 0,5% ponto percentual? Não seremos nós, os porugueses, por certo. Resta saber, como diz, como o processo se irá desenvolver. Mas, gato escaldado...Cá para mim, é negócio “da China”, para esquecer. Sofremos com o facto de não termos o “escudo” que nos poderia ajudar no custo, preço, das nossas exportaçoes, e iremos sofrer ainda mais com esse tipo de negociata, que servirá – seguramente – para reanimar e estimular a economia norte-americana. Convém não esquecer que, por exemplo, o Plano Marchal, entre outras coisas, implicacava que o dinheiro que os EUA disponibilizaram para os europeus no pós-guerra servia para eles europeus comprarem mercadorias norte-americanas.
    Enfim, venha o Diabo e escolha, entre a C.E e Washington! Tomáramos nós estarmos numa situação economicamente saudável para melhor defender os nossos interesses. Mas não estamos. Com o FMI, a Troika e as Agências de Notação a morder-nos nas canelas é complicado!
    P.Rufino

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  2. É efetivamente uma proposta importante, talvez a mais importante que um dirigente político internacionsal tenha anunciado ultimamente (pobre Europa!). Resta ver os interesses da Europa e os interesses dos Estados Unidos nesse acordo. Mas que poderia ser o caminho para atrasar o "declínio do Ocidente", poderia. Embora a meu ver todo este sistema está condenado ao caos, se não for capaz de domesticar o capital financeiro...

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  3. Pouco e nada original para variar!
    Os EUA devem mais dinheiro do que Portugal e outros paises europeus mas continuam com um rating especial. Com amigos destes nem precisamos de inimigos.

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