quinta-feira, 21 de fevereiro de 2013

MADALENA FRAGOSO

É com enorme pesar que publico este post. Madalena Fragoso faleceu esta madrugada na sua casa em Lisboa.
Foi ela quem me confiou o primeiro texto que escrevi sem ser de Economia. Chamava-se "Outono" e saiu na Página da Mulher de um jornal que já não existe. A partir daí a minha segunda carreira não mais parou. 
Com ela  entrei no CCC - Clube Começar de Novo - e pertenci ao grupo restrito que pensou, idealizou, sonhou e fez a Máxima.
Durante anos a Madalena era parte integrante dessa minha nova profissão. A qual havia, aliás, de se tornar para mim tão importante como a primeira, de economista, que continuo a ser. Durante anos, a minha coluna "Corpo e Alma" era o texto de abertura da revista.
Depois, o grupo inicial alargou-se e eu entendi que o clima já não era o que havia conhecido. Foi por esse tempo que a Teresa Guilherme me levou para a televisão. Não a esqueço, também .
A partir daí, tomei eu própria conta de mim, gerindo a consultoria económica, o ensino universitário, a escrita e a televisão.
Mas fui sabendo, sempre, da Madalena e continuei sua amiga pessoal. Quando hoje me telefonaram a dar conta do sucedido, fiquei muito triste, apesar de saber que para ela,  em grande sofrimento, foi melhor partir.
Não a esquecerei nem àquilo que ela me proporcionou. Paz à sua alma, que era grande!

HSC

9 comentários:

  1. A morte vem e consigo o silêncio da ausência!
    Desejo muita paz e todo ocarinho,
    lb/zia

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  2. Helenamiga

    Conheci-a e considerei-a uma Mulher com caixa alta. Será que só os bons morrem e o fdp ficam por cá?

    Qjs

    H

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  3. Partilho aqui com a doutora e os restantes comentadores um texto de minha autoria que escrevi a pensar num amigo, um grande amigo, que estando ainda vivo fala frequentemente do dia em que nos vai deixar.

    "
    Obrigada.
    É tudo o que tenho a dizer-te.
    Meu doce amigo,
    Obrigada repito.
    Porque sempre estiveste
    por perto quando precisei.
    Caminhamos juntos,
    vamos juntos e felizes
    pela estrada da vida.
    Quando chegamos ao destino?
    Não sei, não sabes.
    Mas sei que posso contar contigo
    quando o caminho for difícil.
    Também podes contar comigo.
    Ainda que o nevoeiro
    não permita que nos vejamos.
    Estarei por perto,estarás por perto.
    E se um de nós terminar
    o percurso mais cedo,Ouvirá o outro:
    "Vá, coragem, já falta pouco!"
    Não sei por quanto tempo mais
    caminharemos juntos,
    não sei que terrenos
    percorrerão os nossos pés:
    areias movediças,
    pântanos lamacentos,
    caminhos pedregosos?
    Talvez os tenhamos, sim.
    Mas percorrermos ainda juntos,
    o areal da orla costeira,
    tapetes de flores em dia de procissão,
    Viveremos
    e chegaremos felizes ao destino.
    Ainda que para um a viagem termine mais cedo,
    ainda que um de nós resolva
    cortar por um atalho
    Lá nos encontraremos,
    O que chegar primeiro,espera pelo outro.
    E no fim,chegados ambos ao destino,
    abraçar-nos-emos felizes do reencontro."

    Espero que aprecie, que a reconforte e que me reconforte quando for a minha hora de ter saudade...

    Um beijinho,
    Vânia

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  4. Não a conheci pessoalmente.

    Já tinha por ela o respeito e a admiração de quem cria algo de novo, como foi o caso da Máxima, (pelos vistos muito bem acompanhada)
    Do que acabo de ler ressalta que era também alguém "com olho clínico e generosidade" para abrir portas a novas vocações e talentos.

    E tenho um carinho muito especial por pessoas que o fazem.
    Não há muitas.

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