quarta-feira, 23 de janeiro de 2013

Quer comprar?

Pela primeira vez, desde que pediu ajuda financeira externa, Portugal volta aos mercados com dois mil milhões de euros em obrigações a cinco anos a uma taxa que rondará os 5%.
Barclays, BES, Deutsche Bank e Morgan Stanley foram os bancos escolhidos para liderar a colocação de uma linha sindicada com maturidade a cinco anos e com um cupão de 4,35%.
Trata-se de um teste para provar aos investidores que o nosso país voltar a caminhar sozinho quando o programa de ajustamento terminar, o que deverá acontecer em 2014.
Devo confessar que esta notícia vinda do esfíngico Ministro das Finanças me parece trazer um surpreendente cariz político. 
Porquê? Porque Vitor Gaspar sempre atirou esta operação para Setembro e porque, como técnico, tem sido pouco dado a este tipo de surpresas. Assim - e não sabendo eu, ainda, quando escrevo estas linhas, qual o resultado desta colocação de dívida -, fico, confesso, com a impressão de que se pretendeu tirar daqui um qualquer efeito. Mas como não quero ser bota abaixo, esperemos para ver o que nos dizem os responsáveis.

HSC

4 comentários:

  1. Os responsáveis do PS,acabo de ouvir na Televisão, dizem que o mérito é do Banco Central Europeu! Eu como professora de Geografia de Economia não percebo, mas francamente, um pouco de humildade não fica mal a ninguém!

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  2. O que aconteceu ontem deveria ter agradado a todos, sem excepção. Mas enfim, o máximo que suscitou foi uma cortina de vozes a pedirem a cabeça do Seguro. Um país de acessórios, é o que é...

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  3. Em boa verdade, e, apesar de tudo, aquilo que me vai na alma e no juízo, resume-se a uma certa "Esperança". Nós, os portugueses, estávamos a precisar dela...
    Um grande abraço

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  4. Sobre a nossa ida aos mercados:

    Vítor Gaspar, 28/02/12:
    «Não haverá qualquer sinalização da minha parte que não seja a de cumprir o programa de acordo com os seus limites quantitativos, montantes e prazos.»

    Vítor Gaspar , 21/1/2013
    «O ministro das Finanças português solicitou, esta segunda-feira, ao Eurogrupo, a extensão dos prazos de maturidade dos empréstimos a Portugal, de modo a facilitar o regresso aos mercado.»

    António Borges, 24/1/13: «Já temos a economia equilibrada e, em muito sentido, já não precisávamos de mais austeridade nenhuma».

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