Há coisas que a gente sente e encontra escrito por outrem que não nós. É o caso da crónica que Ferreira Fernandes publica hoje no Diário de Notícias e que abaixo transcrevo para aqueles que possam não a ter lido.
De facto, o PS "precisa" de ser oposição, "deve" ser oposição. Mas para que tal aconteça, importa encontrar um líder com força e que convença. Não é o caso do actual. Todos nós sabemos que eles existem, têm nome e têm rosto. Porque é que se resguardam tanto? Acredito que um deles se esteja a preparar para Belem. Mas o resto? E o resto até é muito bom. Cheguem-se à frente porque o partido precisa disso.
"Seguro disse: "Irei surpreender os portugueses com futuro Governo." Eu preferia não ficar surpreendido. Já chega de estranhar sobre como, por cá, é possível chegar a primeiro-ministro ou candidato a primeiro-ministro. Das próximas vezes preferia não estranhar e passar logo à fase de entranhar políticos capazes. Eficazes e sem conversa mole em entrevistas. Que não chamem "laboratório de ideias" àquilo de pensar como vão governar, nem "viveiro" ao lugar onde vão buscar os potenciais governantes. Não os quero enxertados, só bons políticos. E era simplesmente assim que gostava que eles me fossem apresentados por quem se farta de dizer "deixe-me dizer-lhe com muita clareza." Mas houve um momento da entrevista de Seguro de que gostei. Ele recordou que haver crise política ou não "depende do dr. Pedro Passos Coelho e do dr. Paulo Portas porque eles dispõem de maioria absoluta."Boa malha! São coisas assim, simples, não surpreendentes, que quero na vida política: com muita clareza (não dita, mas aplicada), mostrar contradições dos adversários. Depois, Seguro disse que a crise política começou quando Portas disse publicamente: "Se me perguntarem se eu sabia das medidas da TSU, eu respondo que não..." Ora, o que Portas disse, na altura, foi: "Se me perguntarem se eu soube [da TSU], claro que soube." Está a ver, Seguro, as surpresas que eu não quero? Um candidato a primeiro-ministro, citando mal, a estragar um seu bom argumento..."
HSC
A mim acontece-me com muitíssima frequência isso de sentir coisas que encontro escrito por outrém (tantas vezes por si, Helena!). Na blogosfera é isso que me faz preferir uns blogues em detrimento de outros, porque são aqueles com que mais me identifico.
ResponderEliminarTambém gostei muito deste artigo de Ferreira Fernandes, que já tinha lido hoje no jornal, mas que, ainda assim, lhe agradeço por o trazer até aqui.
Beijinho
Isabel Mouzinho
A crónica do Ferreira Fernandes está com imensa piada. É caso para dizer sai-nos cada um na rifa!
ResponderEliminarIsabel BP
Surpresa seria se ele, em boa verdade, nos conseguisse surpreender! Ao que se tem visto...
ResponderEliminarP.Rufino
Subscrevo por inteiro esta crónica.
ResponderEliminarE acrescento a culpa de Passos Coelho ser 1º ministro vai inteirinha para o Seguro e os seus pares do PS.
Agora quer aparecer como salvador da pátrica, onde é que já vi este filme. É caso para dizer vira o disco e toca o mesmo.
Resolvi espreitar o D.N. e os comenta--dores, muitas vezes, parecem fazer terapia do grito.
ResponderEliminarCom bom ou maus artigos eu cá peço aos Deuses...Tó zè NÃO...os portugueses não merecem e o próprio PS também não
ResponderEliminarMuito bom este artigo.Estamos sem Rei nem roque. Um, diz e depois diz que não disse, o outro diz que só fala claro mas eu não vejo claridade nenhuma. De boas intenções está o inferno cheio. Até quando? A negritude, por enquanto é imensa.
ResponderEliminarCptos
Carmen
Cara Helena,
ResponderEliminarDesculpe-me o tom informal,numa conversa entre amigas, diria acertar na "mouche", depois de ler o seu post.
Sempre com amizade.
Perdoem-me a futilidade mas, pelo menos, Passos Coelho é um rapaz bonito! Este nem bonito, nem seguro e... valha-nos Deus!!!
ResponderEliminarA esperança é a última a morrer e rapazes inteligentes, na altura certa, quando as medidas impopulares forem todas tomadas, emergirão da sombra ou de seus "esconderijos" para gáudio de muitos e, de novo, outra gritaria voltará!... Dão-se alvíssaras!...
Bom dia
ResponderEliminarComo já deve ter percebido, Dra. Helena, não percebo muito de economia nem de política, mas não tenho grandes dificuldades em percepcionar pessoas ...
Eu acreditei em Passos Coelho, à falta da Dra. Manuela Ferreira por quem politicamente sempre simpatizei, além disso estávamos mesmo muito mal e urgia mudar de direcção. Agora, estou um pouco decepcionada, confesso.
Mais do que as medidas que têm vindo a ser tomadas, sinto-me defraudada por uma pessoa que deixa o seu ministro das finanças usar-nos como se fossemos um laboratório de uma tese financeira qualquer; permite que o seu ministro adjunto se comporte acima da lei, contribuindo essencialmente para a má imagem do governo e dos portugueses; e, por último, sendo esta a pasta que mais me dói, fecha os olhos a uma qualquer espécie de vingança pessoal que o seu ministro da educação exerce sobre o ministério que dirige!
No entanto, apavora-me a ideia de o partido socialista regressar ao governo, afinal as feridas (sangrentas) do estado a que nos trouxe ainda estão muito vivas … e, valha-nos, o actual candidato, não diz nada de nada, cola-se aos eventos que mais o favorecessem, parece aquele sujeito que é publicamente conhecido na esfera futebolística como o “emplastro”.
Em suma, sinto-me em sintonia com a crónica que cita de Ferreira Fernandes, gostaria de “passar logo à fase de entranhar políticos capazes. Eficazes e sem conversa mole em entrevistas”.
Com consideração,
Cláudia
Os bons não se chegam à frente ou porque não os deixam chegar-se à frente ou porque têm espinhas dorsais demasiado hirtas e consciências demasiado aprumadas para se enxovalharem e retorcerem nos desmandos da vida política.
ResponderEliminarPara mal já basta assim. Repetir êrros, Deus nos livre. Êste "seguro" não engana! Onde estão os "Homens" do PS? Por favor, façam alguma coisa, enquanto tem tempo!
ResponderEliminarDas J´s (todas) nada de bom provém ...
ResponderEliminarN371111
Minha cara Maria
ResponderEliminarSou mais de cozido, sardinha assada, pastel de bacalhau, jaquinzinhos, carne de porco à alentejana, rissol e croquete.
E se, um dia, vir qualquer dos meus livros de cozinha não vai encontrar lá nada dessa altíssima cozinha de que me fala e até encontra receitas para aproveitar os chamados "restos". Aqui em casa gostamos de "comer".
"São coisas assim, simples, não surpreendentes, que quero na vida política: com muita clareza (não dita, mas aplicada),"
ResponderEliminarFerreira Fernandes
Pois ,mas temo por Si e por nós, esperemos de pé pelo menos.