segunda-feira, 7 de janeiro de 2013

Liberdade de pensar

É sabido que não aprecio política. Menos ainda esta coisa a que apelidam de democracia partidária e que sistematicamente permite que as acções individuais se diluam  nesse mar vago da acção partidária. Assim, quando o senhor X do partido Y não cumpre nada do que em campanha prometeu, ele dorme descansado e eu não posso pedir-lhe contas. E já agora, neste belo sistema, alguém sabe quem é o/a senhor/a que vem em terceiro lugar numa qualquer lista partidária? Talvez os próprios e alguns militantes... Só que os votantes são em número muito superior aos que militam!
Vem isto a propósito do comentário de uma minha leitora, que considerou que o recurso a explicações que não pagam impostos era um mau exemplo para quem é mãe de um ministro deste governo e que, de certo modo, pela profissão que exerce, é "figura pública", seja lá o que isso for.
Ora eu não tenho que pensar pela cabeça do meu filho. Nem tenho que ser confundida com ele. Só tenho que dar exemplo daquilo que defendo. Ou seja, não devo opinar num sentido e depois praticar noutro que lhe seja inverso. Eu, como aliás qualquer pessoa que se permita dar opiniões. 
Como aqui tenho escrito, é público que não defendo a política económica seguida por este governo. Logo, o que julgo dever fazer é apontar o que considero estar mal e cumprir com aquilo que entendo ser o mais correcto. Daí que tenha feito um post a clarificar que vou trabalhar menos e reduzir não só as as minhas receitas como também as minhas despesas. É a minha opção pessoal face a uma política que me é imposta e com a qual estou em desacordo.
Se o dinheiro não chegar e tiver de recorrer a um ou dois explicandos é um direito que me assiste no quadro da legislação vigente. E só o farei em último caso, eventualmente trocando lições por azeite ou qualquer outro bem que me seja necessário.
Não roubo mas, sobretudo, não me deixo roubar!

HSC

45 comentários:

  1. É assim mesmo, Helena! Frontal e decidida como sempre. E tem toda a razão, ainda por cima... Concordo em absoluto consigo quando diz que só tem que dar exemplo daquilo que defende.
    Por isso e muito mais é que gostamos tanto de si.
    Quanto às explicações, também já recorro a elas desde o ano passado. Faz-se o que se pode, pois então!

    Beijinho
    Isabel Mouzinho

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  2. Ah! Grande Helena! quem fala assim não é gago!
    Um beijão querida amiga!

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  3. Num país, com um governo que entende que alguém que deva 3.500 euros á Segurança Social deve ir para a cadeia, para além de ser sujeito a uma coima de 180 mil euros e permite e aceita que um figurante como Arlindo Cunha não pague o que deve ao BPN, ou seja, uns “míseros” 60 milhões de euros, está tudo dito (vá lá, ao que parece, ouvem-se vozes da juventude do PSD a pedir satisfações sobre isto).
    Ainda bem que mantém a sua postura de distância relativamente a este governo.
    House of Wisdom

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  4. Gostei tanto que desde já lhe peço desculpa, mas vou partilhar no meu facebook, admiro quem não se deixa influenciar, mas defende as suas idéias. Muito obrigada pela partilha.
    Maria Fernanda H.

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  5. Grande Helena,

    Acabo de ler estes seus manifestos e dou sempre por mim a sorrir de gosto. Grande mulher. Concordo consigo. O seu filho é maior e vacinado para agir pela cabeça dele e, portanto, também para ser responsabilizado pelos seus actos. E a Helena, Coração Independente, é uma mulher livre, de convicções, autónoma e independente. Logo, tem todo o direito a dizer a e fazer o que lhe der na cabeça sem ter que pedir autorização ao seu filho.

    Outra coisa, bem diferente, será estar ao lado dele um dia que ele precise. Aí será a mãe em acção.

    São papéis que não se misturam.

    Um abraço, Helena e, se precisar de claque de apoio, conte comigo.

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  6. Boooooooa, Dra. Helena
    Volto a tirar-lhe o meu chapéu.
    Rosa Maria

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  7. Querida amiga Helena,
    Ainda bem que continuas a pensar pela tua cabeça, como sempre o fizeste na vida. No momento em que o Estado confisca bens privados (pensões que resultam de contribuições obrigatórias ao longo de uma vida de trabalho), através de legislação fiscal iníqua, qualquer cidadão deverá poder defender-se, nem que seja recorrendo à economia de troca directa. Insere-se aí a prestação de serviços (explicações) mediante pagamentos em espécie (bens alimentares, por exemplo).
    José Honorato Ferreira

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  8. como deve ser desagradável porem em causa as suas, bem transparentes, opções com individuo que por enquando pode ser livre de pensar!
    continue a dar-nos força para viver neste país onde a liberdade me parece ameaçada!!!! muito obrigada!
    todo o carinho,
    lb/zia

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  9. olá Helena. Não podia estar mais de acordo consigo. Quem é que tem roubado quem, para pagar dívidas que não são diretamente as minhas e de muitos portugueses? Aqui em casa contamos os «tostões» para chegar ao fim do mês sem dívidas, por terem roubado o que temos direito. E não adianta aparecerem por aqui comentadores a dizer que gastamos todos mais do que o que devíamos! Estou farta desses discursos.Nem todos viajávamos, ou fazíamos férias a crédito ou ... ou ...ou ... portanto, custa a engolir tudo isto. Nos tempos que correm, se for necessário dar explicações para sobreviver, estou a «borrifar-me» se fujo aos impostos, pois a minha honestidade e a de tantos portugueses (não somos todos «maus») não nos valeu de nada. Estou farta de injustiças. A senhora que lhe atribuiu um mau exemplo tem que escrever a muitas pessoas em Portugal e questioná-los sobre os verdadeiros desvios de dinheiro, os maus investimentos/negócios ... Desculpe Helena, estou azeda mas estou cansada destes «falsos» moralismos de gente que condena quem «rouba uma galinha»! Já sei! A comentadora também vai dizer que isto é um crime! Pois... mais palavras para quê? Continue a dizer o que pensa. Gosto muito das suas partilhas. Beijinhos com carinho.

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    1. Sandra, será que a Dra Helena precisa de "roubar uma galinha" para sobreviver? O que eu ponho em questão é sim a atitude do "vale tudo" vs " FIO DE PRUMO" e a sua responsabilidade moral no que ao assunto diz respeito

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  10. Deixe lá ver se eu percebi, como não faz parte do governo nem os apoia, tem o direito a não ter consciência cívica e a receber dinheiro de explicações sem ter que pagar impostos como todo o mundo que trabalha honradamente... é isso?

    Bom, eu também não faço parte deste governo, não voto nestes partidos nem no anterior.. será que posso dizer ao meu patrão que em lugar de me descontar o IRS e a segurança social me passe a pagar a factura da casa, e as contas do supermercado?... não é o mesmo que azeite.. mas também são bens.. logo, não é roubar.

    Existiram no passado economias baseadas na troca e funcionavam... mas espere lá, se todos fizermos isso quem paga as escolas, os hospitais, as estradas?

    Será que pode haver estado, seja ele democrático ou não sem a existência de impostos?

    Consciência cívica precisa-se.

    Jorge Soares

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    1. Bem visto! Espero que as comentadoras do blog tão alinhadas com a sua autora consigam ter discernimento para o entender e que se consigam conceder a si próprias dois minutos para reflectirem no que tão linearmente explica!

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  11. Há pouco esqueci esta parte: "é um direito que me assiste no quadro da legislação vigente."

    Decerto não desconhece que a mesma legislação vigente nos obriga a todos a pagar impostos sobre os rendimentos venham eles de onde venham.

    Para mim o conceito de não me deixar roubar também incluí o não pactuar com alguns tipos de comportamentos.

    Jorge Soares

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  12. Se alguém tinha duvidas ficou agora bem esclarecido.
    Claro está que só pode pensar pela sua cabeça, nem do filho, nem de ninguém!... Aí é que entra a individualidade, a inteligência e a integridade, tudo isto comandado pelo livre arbítrio de cada um, nas opções que fazem. Mesmo quem está ligado a um partido não pode deixar de fazer as suas escolhas sobre determinadas matérias. Estar ligado a algo ou a alguém não é razão para não ter personalidade própria, porque, mesmo concordando com o geral, não é obrigado a aceitar o particular, no caso de militância partidária.
    Continue, por favor, a opinar, a apontar o que está certo ou errado porque as suas considerações e discernimentos dão “cartas” a muitos ingénuos inexperientes que ocupam, hoje, grandes cargos.
    Não quero acabar sem lhe dizer que concordo em absoluto com a troca de bens de subsistência, pois, também considero que a Economia portuguesa tende a regredir para tempos medievais.
    Um grande abraço

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  13. Antes de ser mãe do actual ministro, a Helena era já uma pessoa que pensava pela própria cabeça. Sempre ouvi dizer isso de si e, desde que a conheci um pouco melhor, confirmei essa independência de juízo e de carácter. Acho inadmissível (independentemente de estar ou não de acordo com o que escreveu) que lhe pretendam limitar a expressão das suas ideias, pelos seus laços familiares. E disse,

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  14. Cara Helena,

    Hoje, vou ser um pouco mais "rebelde" que o habitual.

    Sou uma das maiores "caçadoras" de facturas, um verdadeiro terror para os estabelecimentos comerciais, por isso, pergunto directamente a estes senhores tão indignados:

    Caros Dalma e Jorge Soares,

    São assim tão aguerridos quando fazem uma compra ou, quando confrontados com a celebérrima frase "Quer factura?", respondem "Não, obrigada(o)!"???

    O que para aí vai de consciência cívica para aqui e para acolá... por causa de um ou dois simples explicandos.

    Por amor de Deus, é início de ano... Sejam felizes e um excelente 2013 com muitas facturas pedidas para o Gasparzinho reembolsar em 2014!

    Isabel BP

    P.S. Adorei a imagem! :)))

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  15. Cara Helena,

    Adorei ler mais uma vez um pensamento livre e independente, esclarecendo cabalmente quaisquer dúvidas.
    Sempre com amizade.

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  16. Olá querida Helena

    Tenho pensado muitas vezes como deve
    ser divertido imaginar alguns comentários...

    Quantos não achariam que devia "evitar certos assuntos e opiniões" sendo mãe de quem é...

    Mas é assim mesmo. Isso fariam outras pessoas,as "politica e bolorosamente correctas"

    É por essas e por outras que eu gosto tanto de si!!!!!!!!!!!!!!

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  17. Um pequeno reparo ao comentário de House of Wisdom : Arlindo Carvalho e não Arlindo Cunha.

    A importância de se chamar Arlindo? :-)

    Maria Helena

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  18. Bom dia,

    A Dra. Helena lançou aqui um tema com pano para muitas mangas! :-)

    Gostaria apenas de deixar aqui algumas ideias como cidadã:

    1º a troca directa é civicamente correcta, não me parece que alguém esteja a roubar a alguém, desde que não seja, por exemplo, "droga" em troca de "trabalho escravo ou do género" !!!

    2º pagar impostos é um dever cívico, e certo, mas no nosso país, é um dever cívico que, infelizmente, apenas "assiste a" alguns cidadãos.

    Se todos pagassem, numa medida correcta e proporcional aos seus rendimentos (fossem de trabalho ou de capital ou de outra natureza (!)), SEM ISENÇÔES de qualquer género, certamente ninguém pagaria taxas desmesuradas como as que actualmente pagamos (aqueles que pagam, claro!)

    3º Lá por casa, tenho a sensação e a certeza de que só pagamos impostos e taxas, sejam municipais, sejam estaduais. Em compensação, o frigorífico está quase sempre vazio, basta-nos uma gaveta para fazer de despensa e, em cima da mesa, um fruteira com alguma fruta da época ...

    E, até me vou considerando feliz, pelo menos ainda conseguimos sobreviver.

    E haveria mais para contar e falar, mas não vale a pena, sabe porquê Sr. Leitor ferrenho defensor da cobrança de impostos? porque ando pela rua e vejo as pessoas a gozarem com a ideia da obrigatoriedade da factura (acrescento, aliás, que ainda não recebi nenhuma do posto de combustível, nem do supermercado, nem da confeitaria/padaria e dos feirantes ???), porque ligo a TV e vejo apenas as reportagens a darem importância a esta ideia como se fosse algo negativo.

    Não vejo, como gostaria, as pessoas a falarem de que talvez não seja má ideia, porque assim as finanças poderão tentar perceber, porque é que quem declara rendimentos de 25000 €/ano tem despesas de 50000 €/ano e, em alguns casos, digo eu, até recebem rendimento mínimo ?!? Por exemplo...
    Não acha isto mais grave? Mais cívico? Olhe, eu acho!
    Cumprimentos,
    Cláudia


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  19. Valente Dra. Helena, assim é que se fala.
    Uma coisa é pagar impostos e pagarem todos, outra é sermos roubados, e o que se passa é um roubo descarado e nem se sabe para onde está a ir o dinheiro, ou melhor está a ir para os "Banifs" desta vida.
    Troca directa, vamos todos apostar nisso.
    Beijinhos Ana

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  20. Não há dúvida nenhuma que quando se tem uma Mãe assim, livre no pensamento e acção isso dá frutos como comprovam os seus 2 filhos, concordando ou não isso é completamente para segundo plano, mas são (foi) 2 homens que pensam e sabem pensar. Parabens por dizer o que pensa sem rodeios.
    Um abraço
    Inês Galvão

    PS: uma dica para a poupança neste horrível ano de 2013, mandar sempre as leituras de água, luz e gás para que as contas nunca sejam por estimativa, verão que a diferença é consideravel...

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  21. Maria Júlia Sobrinho8 de janeiro de 2013 às 16:12

    Dra Helena, concordo em absoluto com o que afirma. Alguém nos diz como gastam e para que servem os nossos impostos? Alguém nos diz até quando é este "rapar" tudo e todos em que quem ganha 1350 euros de reforma é mais penalizado do que os que estão no activo, só porque se atrevem a estar vivos?
    Alguém nos diz quanto é que os membros do Governo, gastam em telemóveis, gasolinas e cartões de crédito?
    E oxalá lhe paguem as explicações, porque a mim só me aparecem ou filhos de amigos que não me pagam ou pobres que não têm verbas e acabam por ficar amigos...mas peixe fresco também dá jeito!
    Um abraço da Júlia

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  22. Neste Portugal pequenino (e esse é um dos seus maiores encantos e uma das melhores virtudes) deve ser difícil ser mãe de político (mesmo que não se considerando todas as ofensas que, no intimo, não são dirigidas a quem sai insultado … (Drª HSC, desculpe não resisti a esta “Herman(ia)”)).

    Creio que se crê que, com a posse dos mesmos, se regista uma qualquer capitis deminutio familiar, como se parente de político perdesse a individualidade. No caso nem sequer se questiona, porque para quem critica os pormenores não importam, se o mesmo parente é, ou não, 100% favorável a essa mesma política.

    Dito isto: deve ser problemático ser mãe de político, mas tenho a certeza que mais delicado é ser seu filho … porque ter em “casa” alguém com tamanha franqueza, não é fácil, não é tranquilo, mas desafiante com certeza.

    Do que vou conhecendo da sua personalidade acredito que a “culpa” dos seus filhos se terem tornado políticos é da sua inteira responsabilidade. No seio dos “Portas” convencê-la e consigo argumentar deve ser tão difícil como conquistar uma maioria absoluta e persuadir os Louça/Gaspar que há mais alternativas às suas cegueiras ideológicas, ou crê que tudo foi uma coincidência. :)

    N371111

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  23. Cara Isabel BP, como não tenho nada a ver com o Sr.Jorge Soares, não aprecio ver misturadas as minhas ideias com as dele, embora ache que ele ainda foi mais acutilante a tratar do assunto do que eu, mas andando...
    Vivi um ano em Itália e por mais de uma vez vieram a trás de mim entregar-me o talão/fatura da caixa( o que lá é absolutamente obrigatório) e por isso não vejo que seja descabido e ridicularizado por mentes menos pensantes...

    O caso que está a originar esta polémica não é "por um ou dois explicandos" apenas pela atitude de quem o fez, que não é uma pessoa ignorante. Enfim, as suas defensoras acérrimas fariam o mesmo se pudessem e provavelmente serão as que não compreendem a importância de pedir fatura mesmo de 0.65€ de um café.
    Obrigada pelo conselho "sejam felizes" mas já é isso que eu faço se a vida futura for como a passada!

    p.s. DrªHSC, esculpe-me por usar este seu espaço para responder a Isabel BP.

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  24. É assim mesmo minha querida Helena!
    Beijo grande.
    Maria

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  25. para quem não aprecia política
    faz muita

    toda a opinião escrita ou propalada ao vento é um acto político

    excepto quando há muito vento...
    ou muita escrita

    uma cousa assim...

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  26. Para alguém com formação económica8 de janeiro de 2013 às 18:05

    Não pagar impostos é matar 3 milhões de desgraçados à míngua.
    Cá por mim, continuo pagando para não ficar com mortes na consciência e apesar do seu regime de reforma desfavorável, sempre é três vezes mais do que muita gente consegue ganhar num mês de trabalho.

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  27. Como disse a um ex-comunista de fresca data, o miguel tiago só ganha 1000 euros no parlamento.
    Só? disse-me o filho da mãe do revisionista, bolas eu saio todos os dias às 5 e nem 400 consigo fazer num mês.
    Há gente tão pouco compreensiva.

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  28. É verdade, ando eu a descontar uma percentagem significativa do meu salário, se nem tenho a certeza que vou estar vivo em 2022 quando tiver 70 anos, ou a reforma em 2022 vai ser aos 75?
    A senhora que é economista, deve saber disso, não?

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  29. Curiosamente, há por aqui centenas de ciganas e operárias das latas de sardinha com 80 a 85 anos, que seguem o mesmo regime da senhora desde 1988.

    1. Gasolina: deposito e meio/mês, para ir à Sic e sair ao fim de semana.
    2. Aquecimento: apenas nas habitações onde esteja.
    3. Cabeleireiro: uma vez no mês.
    4. Empregada: 3h por semana.
    5. Cinema/teatro: três vezes no mês
    6. Livros, discos: metade do que gastava.
    7. Roupa: não preciso. Tenho que chegue.
    8. Férias: em casa.

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  30. Aprecio a sua liberdade de pensamento. Sempre foi assim, porque é que o facto de ter um filho no governo teria de a fazer calar?
    A verdade é essa mesmo, sentimo-nos roubados, feitas as contas o estado leva-nos metade do que ganhámos, em muitas horas de trabalho. Então, é legítimo perguntar: porquê trabalhar muito mais horas? Se alguém trabalha além das jornada normal de trabalho é exatamente para ter rendimento disponível, senão não vale a pena o esforço. Por isso, com esta falta de senso deste governo acho que vai haver gente a trocar serviços por azeite, galinhas, hortaliça, o que for, e vamos ver a economia paralela a crescer cada vez mais. E não me falem a em consciência civica, porque essa deve começar precisamente em quem nos governa!

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  31. Crande Drª. Helena , quando á vento é que molha a vela, é isso mesmo.
    Abraço Mina

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  32. Não sejamos hipócritas !! Dizer o que se pensa faz de nós 'grandes senhoras'? Não fosse uma senhora ''televisiva'' e conhecida e o que diz e faz não seria objecto de tantos panegíricos! Vamos todos cortar na luz na água na comida na gasolina ... vamos ! Vamos parar o país! Vamos todos dar explicações sem pagar impostos, vamos! É o mais ''correcto'', diz a Drª Helena!! Bom senso, precisa-se!
    Luísa Barbosa

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  33. Cara Luisa Barbosa
    Já pensou porque é que eu sou uma senhora televisiva e conhecida, para usar as suas palavras?
    Será pela juventude? Pelas belas pernas? Pelo rosto encantador? Pelas plásticas que faço? Pelo ócio da minha vida? Porque tenho um marido rico? Ou porque só digo baboseiras?
    Qual escolhe?

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  34. Caro/a Semisovereign People at Large
    De certeza que é tontice ou cousa assim.

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  35. deixem que haja pessoas honestas e por isso mesmo um exemplo cívico e dos maiores!ninguém nasceu ontem! e essa tão comum consciência cívica, cheira a bafio!
    beijinhos,
    lb/zia

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  36. Senhores, os muitos impostos que pago há 26 anos estão, na minha opinião, a ser mal usados pelo governo (começando pelas obras públicas e passando pelos bancos falidos é um nunca mais acabar de asneiras). Sinto-me explorada por um Estado que pune quem trabalha e desvaloriza o mérito. Se eu pudesse fugir aos impostos fazia-o. Assim, até essa impossibilidade me ofende...Estou FARTA de pagar o desvario em que este país se transformou. Dra Helena, estou consigo. Se eu arranjar explicandos espero que me paguem em géneros mas, se quizerem pagar em dinheiro sem factura, aceito! :) ~inês

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  37. Telefonou-me a velha senhora para ditar, entusiasmada, dois quintetos de rimalhices em louvor e adesão à 'liberdade de pensar' e agir da caríssima HSC. Momentos depois, telefona de novo, abatida, e dita um outro quinteto entre parêntesis. A (provecta) idade não perdoa: a senhora já não decide nada sem voltar atrás para baralhar tudo com uns 'mas', parêntesis e reticências:

    grande helena é assim mesmo
    temos nós que dar o exemplo
    eu também não me ensimesmo
    vou prá luta em rua ou templo
    guerrilheira me contemplo

    co'as amigas 'stou consigo
    nós mulheres de armas somos
    o governo é o inimigo
    fora já com estes cromos
    que vão ser doutros mordomos


    (um problemazito amiga:
    somos boas mas tão poucas
    nosso povo não nos liga
    acha-nos ricas e loucas
    ouve-nos de orelhas moucas)

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  38. se não pagarem impostos vão dar explicações a quem?

    sem impostos só há escolas privadas

    e aí já há explicadores suficientes

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  39. sem impostos o tal maestro que quinou por falta de ambulância do INEM

    tinha muitos seguidores pois mesmo nas cidades menorzinhas de 100 mil habitantes há mais chamadas para o INEM por minuto do que ambulâncias por hora

    basta ver a sala de espera do garcia da horta

    morriam 4 por dia em 2001
    agora devem andar nos 9..

    é uma populaça envelhecida e cheia de achaques

    hoje é só bábás e babes cheinhes de gripes

    uma pneumonia prá incubadora...

    nã há incubadora suficientes?

    e inda dizem que nascem poucos

    curiosamente era só apanharem o cacilheiro que do outro lado há incubadoras de sobra...

    imposturas...

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  40. Ah grande Helena! Uma salva de palmas! Assim gosto ;-)

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  41. Claro,Luísa , dizer o que se pensa faz de nós grandes senhoras, dignas cidadãs, o que quiser.

    Era o que faltava , que o estado me viesse pedir mais um imposto por trocar as minhas ajudas ao tpc do filho da da minha vizinha, pelas cebolas e abóboras da horta que ela faz crescer , por acaso no meu quintal, que dá para a sopa da família dela,e ainda sobra para umas saladinhas no verão que a Francisca tem o bom gosto de me oferecer. A isto chama-se entre -ajuda, que era melhor que não deixasse de existir. Uma sociedade mais fechada e ainda mais individualista? Não gosto.

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  42. Boa tarde,
    Parece-me que continuamos a não saber aceitar opiniões e recorrer frequentemente ao ataque pessoal....um hábito muito português!
    Aquilo que eu penso (liberdade de pensar), é que em algum momento da vida decidimos por razões várias mudar o rumo das nossas próprias ações, que pode ser para um lado ou para o outro. as motivações são sempre pessoais e de certa forma não compreendo os "gosto" "não gosto" desplotarem tal "guerra".
    "Liberdade de pensar" é esse o post.
    E eu penso o seguinte:
    - Não o faço mas já fiz porque precisei, evasão fiscal!

    Um Abraço,
    Drª Helena

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