sábado, 12 de janeiro de 2013

A devida homenagem

Fui hoje ver a exposição sobre a carreira profissional de Nuno Portas. E fiquei emocionada, porque são cinquenta anos de um caminho pessoal muito valioso. Caminho que ele divide por sete etapas. Que começam na Arquitectura e terminam no Urbanismo.
Estas etapas correspondem, decerto, a caminhos e aprendizagens próprias. E quando o visitante olha, percorre ele também, cinco décadas da sua vida.
Sentei-me, a dada altura, a ouvir, num vídeo, o homenageado, explicar o que se pensava serem as casas da década de sessenta/setenta e aquilo que se pensa serem as casas de hoje. É uma narrativa de uma tocante singeleza, que todos podem compreender, mesmo que não sejam profissionais daquela área. Porque, afinal, todos somos seres que vivem na urbe - por isso seres urbanos - e as casas, as ruas, os sítios, condicionam a forma como vivemos.
Nem todos se dão conta, no seu quotidiano, da importância que a Arquitectura tem na vida de todos nós. Fiquei, por isso, muito contente - alguma vez havia de ser -, quando ouvi o actual Secretário de Estado da Cultura referir que este ano de 2013 seria dedicado aquela área.
Não gosto do cartaz que publicita a referida exposição. Tem muito grafismo, o que o torna, a meu ver, pouco apelativo. Mas a exposição merece uma visita atenta e é uma homenagem merecida a Nuno Portas.

HSC

11 comentários:

  1. Obrigado pela divulgação, Cara Helena. Fiquei interessado. Gostei sempre de Arquitectura.

    Raúl.

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  2. Maria (publicamente anónima)
    Boa noite Drª Helena.
    A exposição que relata é a que tem estado patente em Guimarães?
    Essa segui com atenção quando a Televisão nos proporcionou uma pequena visita e uma entrevista com o Senhor arquitecto Nuno Portas. E também vi um pequeno vídeo na net. Adorei. Gostava de ver ao vivo mas não foi possível deslocar-me a Guimarães.
    Não sou profissional da arquitectura nem tenho qualquer formação na área nem jeito para tal, mas dentro da minha formação observo a urbe com alguma preocupação, nomeadamente, quando esta condiciona o indivíduo enquanto “ser urbano”. Concordo com a Senhora quando diz que é uma homenagem merecida.
    Na minha formação tive o prazer de ler alguns textos do Senhor arquitecto na área do urbanismo, principalmente, sobre a cidade de Lisboa.
    Mais uma vez obrigada pela belíssima comunicação que coloca sempre no seu “fio de prumo”
    Um beijo
    Maria M

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  3. Cara Maria
    É essa mesma. Se viver em Lisboa é só ir ao CCB e seguir o caminho Garagem Sul.
    Tem que ir com calma porque o roteiro da exposição não é a meu ver o mais explícito.
    Mas não a perca. Vale a pena!

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  4. Obrigada pela sugestão. Já a tinha visto anunciada e tinha pensado passar por lá. Mas se a recomenda, fico ainda com mais vontade.

    Beijinho
    Isabel Mouzinho

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  5. Maria (publicamente anónima)
    Obrigada pela informação. Aqui no CCB sempre é melhor do que em Guimarães.
    Eu trabalho em Lisboa vou ver se consigo tempo para ir lá.
    Beijo
    Maria M

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  6. que exposição tão especial!
    os anos passam mas a arte torna-se adulta e cheia de visão sobre os comportamentos humanos e o ecosistema onde se englobam! que sábia evolução!
    está de parabens!...
    um abraço muito grande,
    lb/zia

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  7. sente-se que este seu post é também uma homenagem sentida a este homem cheio de valor.
    Gostei!

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  8. E as conferências do Sr Arquitecto, na Culturgest, às 2ªs feiras, às 18.30 h ( a primeira foi no dia 7 ), até ao fim de Janeiro, são um compplemento importante para a compreensão plena da sua obra.

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  9. De certeza que irei ver a exposição sobre a carreira de um dos nossos grandes arquitectos!

    A Arquitectura é uma das minhas grandes paixões, mas o "ódio visceral" pela Matemática impediram-me de seguir essa área.

    Isabel BP

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  10. Insisto que a arquitectura portuguesa pode e deve ser um conceito a exportar. E que mais tem que ser feito no estrangeiro para dar a conhecer algo em que somos efectivamente bons.
    Paulo, mas não Portas.

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  11. TRANSCREVO O TEXTO DO MEU MARIDO:

    Senhora Sacadura Cabral

    Permita-me uma vez mais a liberdade de lhe solicitar empenho nesta questão:
    - Visitei a EXPOSIÇÃO PORTAS, um pouco como no cumprimento de uma obrigação, mas sobretudo para deixar registado no livro de opiniões a seguinte:
    "Estou aqui a prestar homenagem ao professor Nuno Portas e dar-lhe conta de que, de todos os professores que tive, ele sobressai como O PROFESSOR".
    Infelizmente, não havia tal livro. Inconcebível ! Assim:
    Solicito que lhe faça presente da nota acima, do (ex)-aluno
    José Alves (Gonçalez)

    Senhora
    Permita-me uma opinião (para si): O que vi é de universalista, sobressaindo largamente da nossa literacia.

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