David Petraeus tornou-se director da CIA em Setembro de 2011, depois ter comandado as forças internacionais no Afeganistão, de Julho de 2010 a Julho de 2011. Antes, havia chefiado o Comando Central (USCENTCOM) do exército norte-americano e distinguiu-se na segunda guerra do Iraque.
O mesmo acaba de apresentar a sua carta de demissão por se ter envolvido numa relação de cariz extra conjugal.
Obama, não deixou, porém, de lhe traçar rasgados elogios pelos extraordinários serviços prestados aos Estados Unidos durante décadas.
Casado
há 37 anos pouco se sabe das razões que o levaram a demitir-se. Mas a senhora de quem se fala publicou fez a sua biografia e o título do livro é muito sugestivo, como se pode ver em cima. Os love affairs são
assuntos muito sensíveis para um espião e mais ainda para o chefe dos espiões
de uma nação. Todas as agências de "informação" se preocupam muito com
a possibilidade de agentes terem este tipo de relações que podem levar a que
sejam chantageados.
Nas últimas semanas, a CIA esteve sob fogo,
devido ao assalto às instalações diplomáticas norte-americanas em Bengasi, na
Líbia, na qual morreu o embaixador norte-americano, porque se apurou que a agência
secreta norte-americana teria tido um papel importante nas falhas de segurança
que permitiram o atentado. E uma semana antes das eleições presidenciais,
vários responsáveis apontavam o dedo a Petraeus, que criticavam por parecer
distraído e distante e ter mesmo informado mal a Casa Branca nos primeiros dias
após o ataque.
Este não
é caso único. Na Inglaterra, o caso Profumo deu, no seu tempo que falar. E
Clinton ainda não foi esquecido.
As
paixões e, sobretudo, o “objecto” delas levam, muitas vezes, ao fim de
carreiras promissoras. Há profissões onde se sabe, à partida, que elas são
totalmente proibidas, mas que neste caso o objecto é de peso, lá isso é!...
HSC
Querida Drª Helena, não lhe parece que tudo isto foi o pretexto mais conveniente e não a autêntica razão?
ResponderEliminarOs falhanços na CIA pagam-se muito caro, mas como mandar um General Petraeus embora com uma nódoa tamanha no curriculum? A mim, confesso, parece-me mais um modo airoso de "se dispensar" do que a mofienta moral americana a funcionar verdadeiramente.
Maria Helena
A tentação é uma coisa danada...
ResponderEliminarCara Maria Helena
ResponderEliminarA senhora escreveu um livro sobre ele com um título muito expressivo "ALL IN" The Education of David Petraeus, pelo que creio que o General pode ter-se confessado demasiado...
Subscrevo os três comentários , acho que nenhum deles se exclui e todos são prováveis...
ResponderEliminarCara Drª HSC
ResponderEliminarObrigado, fez-me sorrir com o seu jogo de palavras.
O que Petraeus fez, dizem as más linguas" (no pun intended), depois do "ALL IN" foi um "HIT AND RUN" castrense.
Recordo-me do seu post sobre as biografias autorizadas e delaro num estilo marialva, que a "broad-well" (pun intended) passou a ter, por ora, todos os direitos da minha biografia.
Nuno 371111
Ó meu caro Nuno371111, o que eu me ri com o seu comentário.
ResponderEliminarIsto do "pega e foge" parece ser, afinal, costume universal.
Mas, de facto, o aspecto da moçoila e o título ALL IN levam a que o sexo oposto se deixe, no mínimo... biografar!
Cara Helena,
ResponderEliminar"Públicas Virtudes, Vícios Privados", nos idos de 1967 também houve um "Ballet Rose" no nosso burgo.
na América actual, ao político e ao Director da CIA exigi-se uma moral irrepreensível. Quem aceita estes cargos já sabe que "Noblesse Oblige".
No tempo de JFK e JEH, o caso de Clinton nunca viria a público e não se perderia nada.
Sempre com amizade.