Não sou muito dada a essa nova moda de petições via net, que para serem validadas carecem, julgo, daquilo que nas mesmas não vem referido. Gosto de assumir a responsabilidade do que digo e do que escrevo e por isso são muito escassas as petições que apanharam até agora a minha assinatura.
Hoje fazem-se petições sobre o pastel de bacalhau do mesmo modo que se fazem sobre as reivindicações mais meritórias. O resultado é a desvalorização deste modo de actuar.
Há dias recebi um telefonema afobado de alguém que eu não conhecia mas que queria saber se eu tinha aderido a uma determinada petição. A criatura estava tão alarmada, que dispensei dizer-lhe não tinha que lhe dar quaisquer satisfações sobre o que assinava ou não e respondi rotundamente que o meu nome nada tinha a ver com o assunto em causa.
A senhora acalmou e contou-me onde o vira chapado e pude confirmar que, de facto, ele estava lá. Só que o número do Bilhete de Identidade era falso.
A um dos meus filhos já havia acontecido o mesmo. Por isso não me surpreendi, habituada que estou, a que se contem sobre nós as histórias mais hilariantes.
Muitas destas petições destinam-se, apenas, a obter uma identificação que depois será usada para outros fins. Exactamente como acontece com certos pedidos de ajuda para crianças ou idosos doentes, cujo único objectivo é a obtenção de um mailing list.
Estejam, pois, atentos os que me lêem, quando assinarem algo deste tipo sem indagar da veracidade do objectivo. Por mim, depois desta aventura, de que só por mero acaso tive conhecimento, as petições estão, no futuro, totalmente fora do meu interesse. Só não tenho a certeza daquilo a que antes possa, sem saber, ter aderido...
HSC
obrigado por este aviso e despertaa tão oportuno.
ResponderEliminarhá que ter o máximo cuidado, ao darmos dados pessoais seja a quem for, e na internet ainda mais.
abraço forte e uma semana feliz,
lb/zia
Cara Helena,
ResponderEliminarPor falar em petições que não assína e nas "histórias mais hilariantes" onde não participa, deixo-lhe aqui mais uma para, tal como deverá fazer com as outras, rir-se um pouco. Há poucos dias, estava eu (que sou jovem e só falo do que sei) numa paragem de autocarro e mais quatro idosos, três sentados no banco, e outra não tão idosa como eles, em pé, mas metendo conversa com os mesmos, que talvez por ter apenas 5/6 anos a menos que eles, tentava mostrar que era mais informada e culta. E então, após os clássicos temas de conversa como o frío, a chuva, as dores no corpo, a vizinha que faz barulho, a vida dificil que teve, com que os outros concordavam sempre, passamos para o primeiro lugar do Top 10 do momento (e já é disco de ouro): a crise e a austeridade. E eis que após "tricotar" casacos aos governantes todos da actualidade, como é óbvio, o seu "infante" mais novo, não íria ficar sem nenhum este inverno, o que não a surpreende de certeza. Curiosamente, e porque se falava também em reformas, passamos para a mãe do infante, que segunda a "entendida" do assunto, "tem uma reforma 'choruda', aí não! a trabalhar toda a vida no Banco de Portugal, deve ser pequena deve! É ela e a Manuela Ferreira Leite!" Buuummmm! Caíu o Carmo e a Trindade!. Bem imaginá-la no grupo das reformas "chorudas" do país, e de quem só trabalhou no Banco de Portugal "toda a vida", já foi bom, mas deu para conter o riso, agora quando chega á parte onde misturam Helena Sacadura Cabral e deputados no mesmo "plantel", tenham paciência, não dá para conter, e desmancheí-me a rir. Entretanto chegou o autocarro, mas o tema seguinte sería a juventude e as faltas de respeito (rir) para com os idosos.
Boa Semana!
HC
Nunca assinei nenhuma petição porque não as considero fiáveis!
ResponderEliminarA internet é isto mesmo um mundo incrível mas muitas vezes mal utilizado e perigoso....
FL
Também não sou nada dada a esta moda nova das petições online. Acho que banalizam a coisa e caem no ridículo mas essa de lá meterem nomes de incautos e inocentes cidadãos é uma afronta que não me passaria pela cabeça!
ResponderEliminarCara HC
ResponderEliminarEssa já é velha. Tanto como a Quinta que tenho no Alentejo onde, dizem, passo os fins de semana.
Ainda bem que pensam assim, porque isso alivia a raiva.
Trabalho desde os 13 anos e estudei com bolsa de estudos, factos de que aliás muito me orgulho.
A minha reforma líquida do B. Portugal - pertenço a um escasso grupo de empregados que determinado governador entendeu não reclassificar - e que, por isso, tem a sua reforma reduzida a um valor que é publico e não constitui segredo para ninguém. Em termos líquidos ronda os 1500 euros, para uma carreira de mais de 40 anos de trabalho.
Acresce que entrego ao BdP tudo aquilo que recebo de 18 anos de Estado.
Se em lugar de ter ido para o BdP, tivesse continuado no Estado, receberia, como directora de serviço, perto do dobro daquele valor.
A minha colega Manuela recebe, felizmente, muito mais, porque a sua reforma é actualizada.
O meu nível de vida deve-se ao trabalho que desenvolvo como escrevinhadora
E, muito possivelmente, no futuro, terei de viver apenas com o que recebo do BdP, porque se continuar a escrever, dois terços do que os livros me dão, irá direitinho para o Estado...
Por isto vê como seria difícil ter ou manter uma Quinta...
Mesmo assim sinto-me privilegiada, porque tenho saúde e trabalho. Mas este, fique claro, devo-o exclusivamente a mim!
Por acaso, fins-de-semana no Alentejo não era capaz de ser má ideia!
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