segunda-feira, 3 de setembro de 2012

Um belo dia

O fim de semana passou-se em intenso convívio. Sexta jantei com amigos, sábado a minha cunhada Paula fez um lauto lanche de aniversário e eu, ingrata, fui mas esqueci-me da comemoração e o Domingo passou-se entre gente de quem gosto muito mas não via há meses. 
O dia e o almoço, óptimos, decorreram na piscina e foram muito agradável. Acabamos por ir ficando à conversa e eis senão quando, ao jantar rebenta - nem sei bem como -, uma enorme discussão sobre matéria que, a nenhum título, eu deveria permitir que fosse abordada na minha presença.
Resultado, os efeitos do belo Domingo terminaram numa enxaqueca seguida de  expressiva subida de tensão. 
Hoje acordei - se é que consegui dormir -, numa espécie de ressaca e com um mau feitio terrível. Como conheço muito bem estes meus raros estados - para alguma coisa fiz análise -, não hesitei dois minutos. Peguei no carro e fui para a praia sozinha. Escolhi uma que tinha, felizmente, pouca gente. E ali me deixei ficar quieta. Cinco horas. Como se o mundo à minha volta não existisse.
Três fabulosos banhos num mar gelado, retemperaram-me e até tornaram tolerável a areia que detesto.
Saí da praia perto das oito da noite. Tomei um duche, petisquei, vim aqui dizer olá e fazer esta espécie de catarse. Amanhã falar-vos-ei das partidas que a amizade também nos prega.

HSC

12 comentários:

  1. Uma boa noite Drª. Helena, de facto é verdade, ás vezes deixamos acontecer, coisas que não devemos, mas paciência!

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  2. volte e meia, dou por mim a navegar pelo seu blog.Apeteceu-me comentar este porque diz que foram os anos de análise que a levaram até à praia nessa manhã e a tomar uns quantos banhos frios no mar. Acho que agora percebo porque é que volto e meia faço o mesmo, só me falta fazer análise para perceber o que me leva a ter tais atitudes "tão estranhas" aos olhos de uns e umas..A partir de agora vou dizer-lhes que é resultado de um processo de análise que um dia início..ou então, digo-lhes o de semopre: apeteceu-me, so what? Tudo de bom pra si!

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  3. boa!!!! e assim arrumou com o "a ressaca de um jantar indigesto..." tenha cuidado consigo!?
    todo o carinho,
    lb/z

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  4. Bem!
    Foi, com efeito, aborrecido o resvalo de Domingo... e eu sei bem o que conversas assim carregam de insónias.

    Eu já ando assim desde quarta-feira, que não consegui escapar ao malfadado encontro. Talvez melhor assim: não abri a boca, mas não demovi um segundo sequer... limitei-me a olhar com um ar desprezível e mostrar o meu desprazer em recebê-la.

    Sei que até posso parecer mal-educada, ao revelar isto, mas eu só ajo assim com pessoas que não merecem nenhum tipo de respeito.

    Mas é curioso, também tenho sentido falta do mar. Talvez as ondas levem as mágoas que trazemos escondidas e as desvaneçam lá, bem longe, junto à linha do Horizonte.

    Acaba por ser sugestivo, o título deste post "Um belo dia", com a sua sabedoria não deixou que um "pequeno" acidente de percurso manchasse o dia.

    E agora, depois da "catarse" de parte a parte.
    É hora de dizer boa noite.
    Tenha sonhos maravilhosos...

    Olhe sonhe que está à beira mar, numa praia deserta.

    Bons Sonhos,
    Vânia Batista

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  5. Mesmo na catarse o fio de prumo caminha-se de uma forma surpreendente. Assim aguardo pelas partidas da amizade. :)

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  6. As "surpresas" normalmente surgem de onde menos se espera...

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  7. Bom dia,
    Por vezes, sermos (demasiado) bem educadas traz-nos dissabores q.b., as pessoas pensam que somos imunes a estados emocionais mais elementares de qualquer ser humano, infelizmente, não conseguem perceber que por sermos (demasiado) sensíveis a estados emocionais elementares é que procuramos ser regularmente educadas nas nossas opiniões e, principalmente, nos momentos que escolhemos para debater determinados temas.
    Cláudia

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  8. Helena:
    Pois é! Às vezes precisamos de ficar assim, a sós connosco. O mar também exerce sobre mim esse fascínio e tem esse efeito catártico. Às vezes também preciso de ficar sozinho diante dele,imóvel, saboreando apenas o prazer do momento, sem pensar em mais nada. Como naquele poema de Sophia, que certamente conhece:
    "Mar sonoro, mar sem fundo, mar sem fim./ A tua beleza aumenta quando estamos sós./ E tão fundo intimamente a tua voz/ segue o mais secreto bailar do meu sonho/
    Que momentos há em que suponho/ Seres u milagre criado só para mim."
    Um beijinho enorme para si!
    Isabel Mouzinho

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  9. Bom dia!!!

    :)

    Um sorriso para eliminar os efeitos colaterais do jantar de Domingo.

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  10. E com uma discussão desagradável terminou um dia que tinha tudo para ser totalmente agradável.
    Perdoe-me mas os seus amigos deviam ter tido a percepção de que o assunto a estava a incomodar.....


    FL

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  11. Cara Dra. Helena Sacadura Cabral: ponha "para trás" essas coisas. Uma nova semana começa amanhã. E uma boa coisa deste 2012, como alguém disse, é que mais de metade do ano já passou. E 2013 é outro ano!

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