Hoje mereço o apreço de todos. Explico-me.
O infante adora praia. Eu nem tanto, porque se o mar me encanta, a areia, atrevida, e a viajar por onde não deve, irrita-me profundamente. Logo, casamento difícil. Acresce que detesto por-me ao sol como os lagartos.
Todos os dias, democraticamente, o meu filho pergunta se eu quero praia ou piscina e depois decide ele. Já seu pai era assim...
Sendo domingo julguei que a escolha nem se poria. Enganei-me. Pôs-se. E a simpática opção filial não foi pela piscina para qual, mentalmente me preparara. Não. Foi pela praia.
Todos os dias, democraticamente, o meu filho pergunta se eu quero praia ou piscina e depois decide ele. Já seu pai era assim...
Sendo domingo julguei que a escolha nem se poria. Enganei-me. Pôs-se. E a simpática opção filial não foi pela piscina para qual, mentalmente me preparara. Não. Foi pela praia.
Com diplomacia e tentando pôr um ar natural ainda avancei:
- mas, ao domingo, não estará muita gente?!
- ó mãe esta praia - dos Moinhos - é longe e estamos em férias... Além disso tem, com certeza, um barzinho e tu podes intervalar e ficar à sombra
Perante este escasso diálogo, que fazer? Encomendar o corpo ao Criador e seguir o infante, pensando com os meus botões que era mais um passo para o céu ou um desconto para os meus múltiplos pecados. Fomos.
O dia estava esplendoroso e havia, de facto, um simpático bar restaurante cujo dono me fez boa companhia enquanto, na areia, o descendente despachava papéis. Sim senhora, mesmo ao domingo, havia os fatídicos papelitos...
A água cheia de força era demasiado quente para quem, como eu, gosta dos banhos de água muito fria. Mas era de uma transparência que já não existe e de um azul verde que parecia uma esmeralda.
Porém, de um momento para o outro, pelas três da tarde, o pessoal cresceu em espiral. E dei comigo num mar humano como já quase me havia esquecido.
À saída, vinguei-me. Ele pode ser muito conhecido, mas eu ganhei-lhe em abraços. E ainda ouvi um "olha é muito mais magra e bonita ao natural do que parece na televisão". Eles não sabem que o pequeno ecrã nos põe em cima, cerca de seis quilos mais...
Como é evidente, cheguei ao hotel com o ego no zénite. Bom não sei se seria exactamente no dito, mas que fiquei toda ufana, lá isso fiquei. E também com uma cor bem avermelhada. Logo eu que sou do Sporting e não milito no PC!
HSC
Nota: A foto que ilustra este post é justamente da Praia dos Moinhos. Linda, como vêem!
O dia estava esplendoroso e havia, de facto, um simpático bar restaurante cujo dono me fez boa companhia enquanto, na areia, o descendente despachava papéis. Sim senhora, mesmo ao domingo, havia os fatídicos papelitos...
A água cheia de força era demasiado quente para quem, como eu, gosta dos banhos de água muito fria. Mas era de uma transparência que já não existe e de um azul verde que parecia uma esmeralda.
Porém, de um momento para o outro, pelas três da tarde, o pessoal cresceu em espiral. E dei comigo num mar humano como já quase me havia esquecido.
À saída, vinguei-me. Ele pode ser muito conhecido, mas eu ganhei-lhe em abraços. E ainda ouvi um "olha é muito mais magra e bonita ao natural do que parece na televisão". Eles não sabem que o pequeno ecrã nos põe em cima, cerca de seis quilos mais...
Como é evidente, cheguei ao hotel com o ego no zénite. Bom não sei se seria exactamente no dito, mas que fiquei toda ufana, lá isso fiquei. E também com uma cor bem avermelhada. Logo eu que sou do Sporting e não milito no PC!
HSC
Nota: A foto que ilustra este post é justamente da Praia dos Moinhos. Linda, como vêem!
Querida Helena,
ResponderEliminarMas estava à espera de quê? Aquela gente é encantadora e, principalmente, exigente nos afectos - não é qualquer um que lhes abre o coração. Ainda bem que não aporta no Corvo: seria sequestrada :-)
Estes seus posts estam a abrir-me o apetite para a minha chegada à Atlântida. Felizmente falta pouco.
Beijinhos, continuação de boas férias.
Mas onde é que alguém tem dúvidas de que todos adoram dar-lhe abraços e mimá-la com bonitas palavras? É mesmo só para quem merece.
ResponderEliminarPois estava a ler o que escreveu e estava a ver-me na mesma situação com o meu filho. Perguntam-nos como e decidem eles. Deve ser receita do manual das mães e filhos.
Quanto ao tom coradinho vai ver que depois escurece e quando voltar está ainda mais guapa (se é que mais é possível).
Beijinho
Sim, a praia é esplendorosa!
ResponderEliminarPois a praia é linda, de facto, o infante tem o seu feitio e quanto a ser bonita e simpática, ninguém lhe ganha (a descendência tem a quem sair...), o que explica o excesso de abraços! Olhe, aqui vai outro, bem apertado e continue estas suas maravilhosas crónicas das férias, que os seus leitores estão a adorar! :)) (falo por mim, mas não duvido que este sentimento seja comum a todos os que a lêem. Beijinho
ResponderEliminarIsabel Mouzinho
O povo açoriano sao pessoas muito simpaticas, dizem bom dia, bom tarde e boa noite a pessoas que não conhecem. Chegam ao ponto de deixar as portas e janelas abertas e irem trabalhar,se fosse cá quando chegassem casa tinham so as paredes. Espero que não tenha sido atacada por nenhum cagarro,prima da gaivota mas faz um barulho desgraçado =) e so atacam quando sentem os seus ninhos ameaçados.
ResponderEliminarBoa ferias
ResponderEliminarConcluindo:
Mais um dia de férias maravilhoso !!
O infante satisfeito, os pecados perdoados a natureza como palco e os afectos saciados.
Terra perfeita... Onde, na verdade, "se colhe aquilo que se semeia".
Um grande Abraço
Teresa Peralta
Ai, ai, ..., ai... se eu estivesse por ai dava-lhe um Luxo de um abraço.
ResponderEliminarBjinho
Cara D. Helena. Sendo açoriana, e vivendo aqui mesmo (no Faial) ando num orgulho total com as suas crónicas.. uma delicia... vistas deste lado, é de "inchar". Pena que não venha para estes lados desta vez. Fica o convite: o Faial e o Pico vão saber recebe-la como merece. Beijinhos. Margarida Pereira
ResponderEliminarmãe como é... e lá vamos contentes pois o filho até fica feliz, e fica mesmo que nada diga!
ResponderEliminarbeijinhos,
lb
Lara, deixe-me corrigi-la: infelizmente já não podemos ser assim. A segurança por aqui já não é o que era. Portas abertas, nas cidades, já não é possível. Mas continuamos simpáticos e gostamos de receber quem gosta de nós e entende o nosso ar recatado e ao mesmo tempo aberto... apareça...
ResponderEliminarTambém eu, me apetecia mimar a senhora!Parabéns pela sua força, pela sua garra, pelo seu otimismo. Não sou, de todo, uma pessoa de mal com a vida, mas gostava de ser como a senhora! Obrigada pelos seus maravilhosos testemunhos.Vou continuando por aqui... a segui-la! Um bjo
ResponderEliminarMaria Vitória
Gostei de saber como foi esse seu
ResponderEliminardia. Já tem muito material, quem
sabem para escrever um novo
livro.Bj.
Irene Alves