Análise séria e acutilante, humorada ou entristecida, do Portugal dos nossos dias, da cidadania nacional e do modo como somos governados e conduzidos. Mas também, um local onde se faz o retrato do mundo em que vivemos e que muitos bem gostariam que fosse melhor!
sábado, 16 de junho de 2012
FMI pede austeridade
O FMI pede ao governo espanhol de Mariano Rajoy que reduza os salários dos funcionários públicos, aumente o IVA e acelere as privatizações.
Onde é que eu já ouvi isto? Ando mesmo muitíssimo desmemoriada...
Boa tarde, No meu ponto de vista eu não acho que outras medidas poderiam ser tomadas a não ser as mesmas de sempre, reduzir os salários e aumentar o IVA. É mau, toda a gente sabe disso, mas tem que haver soluções ou tentar superar um pouco da crise presente agora em Espanha. Que outras medidas poderiam eles tomar?
Espanha preocupa-me imenso... Espero o pior para a zona euro. O que vai ser de todos nós desempregados. No outro dia a comunicação social lembrou-me que não estou no grupo do "desemprego jovem". Caramba, que esta doeu... (por vários motivos). Tenho 39 e afinal sou o quê? Carne ou Peixe? Beijinhos
Desde a 2ªGG que a Europa vive em mediana harmonia porque conheceu mais de 50 anos de prosperidade. Hoje, em franco declínio face a outras potências emergentes, duvido que saiba continuar a viver assim, sem que nada de dramático e dedinitivo aconteça...
Uma receita para o desastre – como se está a assistir por aqui, com este lamentável Governo (PSD/CDS), com falências, atrás de falências, queda do consumo, etc. Convém todavia reparar no seguinte: a Dona Merkel, de acordo com o que foi noticiado, criticou vivamente aquilo que chamou de “irresponsabilidade da Banca Espanhola” (irresponsabilidade em boa verdade semelhante ao que por cá se assistiu igualmente, com a nossa Banca hoje completamente endividada e a viver com “bochechos de oxigénio”, de vários mil milhões de Euros vindos da tal Europa/BCE).Porém, aceitou que a mesma, apesar da sua irresponsabilidade, “precisa”, coitada, de “ajuda financeira” (a juros baixos, naturalmente), a providenciar pelo BCE, etc.Entretanto, quem - na opinião da dita Dona Merkel, do BCE, da Comissão Europeia e, sobretudo, dessa famigerada Instituição, o FMI, tem de arcar com as culpas do que não foi responsável? Os “suspeitos do costume”, que nada contribuiram para que esta Crise (financeiro-económica) tenha eclodido: os Funcionários Públicos e os Consumidores (e por junto, os Contribuintes em geral). É verdadeiramente chocante assistir-se a este tipo de opções políticas. Pior, é obsceno, é uma falta de respeito e criminoso (fazer pagar as irresponsabilidades financeiras quem não é responsável por elas, deveria ser chamado a juizo). Assistimos, com toda a naturalidade, à Banca a afundar-se, a proceder de forma irresponsável (e até fraudulenta!) e no entanto a ser apoiada financeiramente, enquanto que “a espinha dorsal” de uma Economia de Mercado – as Empresas e os Consumidores – são ignoradas/os (quando muito concedendo-lhes uns “paliativos” que não passam de programas para “inglês ver”, como aquilo que foi recentemente anunciado patetiamente por este inacreditável elenco governamental) e penalizadas com impostos.É uma inversão de prioridades e de “focus” que me faz pensar se o Capitalismo deixou de assentar numa Economia de Mercado, para passar a ser uma Economia de risco financeiro. Tudo isto, como dizia um amigo meu, a trabalhar nesse mundo (financeiro) “é uma imundice, uma vigarice, uma pouca vergonha – esta gente mexe mundos e influências e nada os faz parar”. Terá razão, ao que se vê. É certo que este conjunto de decisões são tomadas por Políticos. Ou seja, por gente que em boa verdade não faz a menor ideia do que é a “vida real”. Não sabem o que é estar desempregado (conhecem algum Político a viver de subsídio de desemprego?), ter de andar de transporte público todos os dias, de ir para a fila nos centros de saúde, de andar á procura de emprego, do que é uma carreira profissional e a partir daí ter de progredir e para isso sujeitar-se a avaliações, de não ter dinheiro para pagar uma casa, com falta de dinheiro para se alimentar, de manter uma empresa em dificuldades, enfim, do que é viver com mais ou menos dificuldades, como muitos de nós – consumidores, contribuintes, empresários e trabalhadores. Políticos que apenas sabem rastejar perante as Agências de Rating de quem lhes empresta dinheiro a juros de usura (que, todavia, poupam os tais irresponsáveis, que nos meteram neste buraco) – mas que agradecem, com um sorriso patético e humilde. Tudo isto me repugna. P.Rufino
Bem dizia Margaret Tachter, “O socialismo só resiste enquanto não acaba o dinheiro dos outros”! Não me parecem as medidas mais inteligentes ... a estrutura em si e as suas despesas é que têm de ser reduzidas, como em alguns sectores se está a tentar fazer, agora, não pode é haver excepções ... ou é para todos ou não é para ninguém! Não pode ser como aquele senhor que diz mal de algumas medidas mais exigentes, que incita o povo à luta, mas não abdica de nenhum dos seus direitos luxuosos adquiridos pelas funções públicas que exerceu ... ora isso é que também não pode ser ... além disso, quem gere mal o país ou geriu deveria responder judicialmente e não ir para a Unesco, para Estrasburgo, ir para Paris ou para o Banco Central Europeu ou sei lá para onde ... acho eu que sou apenas um cidadão comum ...
Subscrevo totalmente os comentários de P.Rufino e realço estas suas palavras. " além disso, quem gere mal o país ou geriu deveria responder judicialmente e não ir para a Unesco, para Estrasburgo, ir para Paris ou para o Banco Central Europeu ou sei lá para onde ..."
e eu diria apenas mais uma: e nunca ser Presidente da República...!
Boa tarde,
ResponderEliminarNo meu ponto de vista eu não acho que outras medidas poderiam ser tomadas a não ser as mesmas de sempre, reduzir os salários e aumentar o IVA.
É mau, toda a gente sabe disso, mas tem que haver soluções ou tentar superar um pouco da crise presente agora em Espanha. Que outras medidas poderiam eles tomar?
Espanha preocupa-me imenso... Espero o pior para a zona euro. O que vai ser de todos nós desempregados. No outro dia a comunicação social lembrou-me que não estou no grupo do "desemprego jovem". Caramba, que esta doeu... (por vários motivos). Tenho 39 e afinal sou o quê? Carne ou Peixe?
ResponderEliminarBeijinhos
Cara, Drª Helena
ResponderEliminarDe facto, também julgo ter ouvido isto e creio que não era muito distante de Espanha!
Ah! Já sei: pediram o mesmo ao governo de Portugal, pois foi.
;)
Vânia
Uma receita 'dejà vue'.
ResponderEliminarRedução dos salários dos funcionários públicos, aumento do IVA e celeridade nas privatizações.
Custa alguma coisa trabalhar assim?
Com o dinheiro dos outros...
Pelo visto a receita é igual independentemente do doente e do grau da doença
ResponderEliminarHelena,
ResponderEliminarDesde a 2ªGG que a Europa vive em mediana harmonia porque conheceu mais de 50 anos de prosperidade. Hoje, em franco declínio face a outras potências emergentes, duvido que saiba continuar a viver assim, sem que nada de dramático e dedinitivo aconteça...
Não anda desmemoriada não...mas como
ResponderEliminardiz o Paulo Abreu Lima algo
de dramático pode vir a acontecer.
Bj
Irene
Uma receita para o desastre – como se está a assistir por aqui, com este lamentável Governo (PSD/CDS), com falências, atrás de falências, queda do consumo, etc. Convém todavia reparar no seguinte: a Dona Merkel, de acordo com o que foi noticiado, criticou vivamente aquilo que chamou de “irresponsabilidade da Banca Espanhola” (irresponsabilidade em boa verdade semelhante ao que por cá se assistiu igualmente, com a nossa Banca hoje completamente endividada e a viver com “bochechos de oxigénio”, de vários mil milhões de Euros vindos da tal Europa/BCE).Porém, aceitou que a mesma, apesar da sua irresponsabilidade, “precisa”, coitada, de “ajuda financeira” (a juros baixos, naturalmente), a providenciar pelo BCE, etc.Entretanto, quem - na opinião da dita Dona Merkel, do BCE, da Comissão Europeia e, sobretudo, dessa famigerada Instituição, o FMI, tem de arcar com as culpas do que não foi responsável? Os “suspeitos do costume”, que nada contribuiram para que esta Crise (financeiro-económica) tenha eclodido: os Funcionários Públicos e os Consumidores (e por junto, os Contribuintes em geral). É verdadeiramente chocante assistir-se a este tipo de opções políticas. Pior, é obsceno, é uma falta de respeito e criminoso (fazer pagar as irresponsabilidades financeiras quem não é responsável por elas, deveria ser chamado a juizo). Assistimos, com toda a naturalidade, à Banca a afundar-se, a proceder de forma irresponsável (e até fraudulenta!) e no entanto a ser apoiada financeiramente, enquanto que “a espinha dorsal” de uma Economia de Mercado – as Empresas e os Consumidores – são ignoradas/os (quando muito concedendo-lhes uns “paliativos” que não passam de programas para “inglês ver”, como aquilo que foi recentemente anunciado patetiamente por este inacreditável elenco governamental) e penalizadas com impostos.É uma inversão de prioridades e de “focus” que me faz pensar se o Capitalismo deixou de assentar numa Economia de Mercado, para passar a ser uma Economia de risco financeiro. Tudo isto, como dizia um amigo meu, a trabalhar nesse mundo (financeiro) “é uma imundice, uma vigarice, uma pouca vergonha – esta gente mexe mundos e influências e nada os faz parar”. Terá razão, ao que se vê. É certo que este conjunto de decisões são tomadas por Políticos. Ou seja, por gente que em boa verdade não faz a menor ideia do que é a “vida real”. Não sabem o que é estar desempregado (conhecem algum Político a viver de subsídio de desemprego?), ter de andar de transporte público todos os dias, de ir para a fila nos centros de saúde, de andar á procura de emprego, do que é uma carreira profissional e a partir daí ter de progredir e para isso sujeitar-se a avaliações, de não ter dinheiro para pagar uma casa, com falta de dinheiro para se alimentar, de manter uma empresa em dificuldades, enfim, do que é viver com mais ou menos dificuldades, como muitos de nós – consumidores, contribuintes, empresários e trabalhadores. Políticos que apenas sabem rastejar perante as Agências de Rating de quem lhes empresta dinheiro a juros de usura (que, todavia, poupam os tais irresponsáveis, que nos meteram neste buraco) – mas que agradecem, com um sorriso patético e humilde. Tudo isto me repugna.
ResponderEliminarP.Rufino
Permita-me que o Subscreva caro P. Rufino.
ResponderEliminarBem dizia Margaret Tachter, “O socialismo só resiste enquanto não acaba o dinheiro dos outros”!
ResponderEliminarNão me parecem as medidas mais inteligentes ... a estrutura em si e as suas despesas é que têm de ser reduzidas, como em alguns sectores se está a tentar fazer, agora, não pode é haver excepções ... ou é para todos ou não é para ninguém! Não pode ser como aquele senhor que diz mal de algumas medidas mais exigentes, que incita o povo à luta, mas não abdica de nenhum dos seus direitos luxuosos adquiridos pelas funções públicas que exerceu ... ora isso é que também não pode ser ... além disso, quem gere mal o país ou geriu deveria responder judicialmente e não ir para a Unesco, para Estrasburgo, ir para Paris ou para o Banco Central Europeu ou sei lá para onde ... acho eu que sou apenas um cidadão comum ...
ex
ResponderEliminarGosto de saber de si, Estimada Isabel Seixas!
ResponderEliminarCordial abraço!
P.Rufino
Subscrevo totalmente os comentários de P.Rufino e realço estas suas palavras.
ResponderEliminar"
além disso, quem gere mal o país ou geriu deveria responder judicialmente e não ir para a Unesco, para Estrasburgo, ir para Paris ou para o Banco Central Europeu ou sei lá para onde ..."
e eu diria apenas mais uma: e nunca ser Presidente da República...!