Já se sabia que o objectivo do défice para 2012 não seria atingido sem medidas extraordinárias. Talvez por isso, o cândido Governo que temos, prepara um novo assalto ao bolso dos cidadãos, à semelhança do que já fez em 2011. A estratégia é a mesma. Um qualquer comentador ou perito encartado sugere a necessidade da medida e depois o Governo adopta-a por se tratar de uma "válida" ideia alheia.
O ano passado foi Marcelo com os subsídios de férias e Natal, apiedado que estava com o estado das contas do Estado.
O ano passado foi Marcelo com os subsídios de férias e Natal, apiedado que estava com o estado das contas do Estado.
Este ano é Cadilhe que vem, de mansinho, recomendar um - só um, vejam que imensa simpatia - imposto, taxa, dádiva, o que se lhe queira chamar, "extraordinário" ( para mim bastante ordinário, na dupla acepção da palavra ) sobre a riqueza líquida do portuga. A sugestão foi dada, claro, com laivos de "by the way", numa conferência denominada “Um ano do programa de assistência financeira – balanço e perspectivas”, onde pululam grandes cabeças, promovida pela Comissão Eventual para Acompanhamento das Medidas do Programa de Assistência Financeira a Portugal, que hoje decorre na Assembleia da República.
A voracidade fiscal deste governo é surpreendente, com a redução da despesa pública a ser feita, sobretudo, com os cortes de salários, que não passam de um imposto disfarçado, a subida do IMI sobre os prédios, o IVA a atingir 23% e o IRS a alcançar os 49%.
E, já agora, como vai ser calculado o dito património líquido? São as casas das pessoas, os seus automóveis, as suas jóias de família, os seus quadros, enfim, talvez, também o que está no frigorífico?
E, se não é querer saber demais, qual o destino a dar ao novo impostozinho de solidariedade, ora proposto? Simples, parece que vai direitinho para pagar a dívida pública, mas sem passar pelo orçamento do Estado.
Para quem? Talvez para as parcerias público-privadas, que pagaremos até ao último cêntimo ou, quem sabe, para qualquer outro BPN ou empresa pública, que venhamos a descobrir, possa estar em "sérias" dificuldades...
Para quem? Talvez para as parcerias público-privadas, que pagaremos até ao último cêntimo ou, quem sabe, para qualquer outro BPN ou empresa pública, que venhamos a descobrir, possa estar em "sérias" dificuldades...
Terei percebido mal? Não? Mas quando é que isto acaba?!
HSC
HSC
Mais um 'pensador'.
ResponderEliminarCuriosamente ou talvez não, o homem fala de mais um esforçozito -percebi bem? - que 'tirará a pele' a mais uns quantos milhares.
Confesso que não percebo, nem mal nem bem, o que Cadilhe quer dizer com «...a criação de um imposto "one shot" de 4% sobre a riqueza líquida de toda a economia».
Ah! A D. Helena também admite ter percebido mal...
Não estou sozinho. O que não cura mas atenua.
Resta saber, se é que alguma vez lá chegaremos, quando isto acaba.
Cumprimentos
É, no mínimo, revoltante... :(
ResponderEliminarCara Helena
ResponderEliminarInfelizmente para muitos de nós, muitos dos quais não se acham propriamente desqualificados, já só falta penhorarem a casa e os móveis e começas a esgravatar nos caixotes.
E quando isso acontecer é bom que se perceba que a democracia ficará brevemente interrompida para repor a ordem na plutocracia a que muitos chamaram de piolheira.
BOA TARDE
ResponderEliminarCOMEÇO A DESISTIR DE PENSAR QUE ISTO SEQUER VAI ACABAR ... ESTOU TÃO DESAPONTADA COM O NÍVEL A QUE CHEGAMOS .. TALVEZ SEJA MELHOR DEIXAREM AS DONAS DE CASA COMEÇAREM A GOVERNAR ESTE PAÍS, POR MAIS INCULTAS QUE ALGUMAS POSSAM SER EM TERMOS DE POLÍTICA ECONÓMICA E FINANCEIRA, COMO EU POR EXEMPLO, CERTAMENTE, COM BASE NA SUA EXPERIÊNCIA DO DIA A DIA, CONSEGUIRÃO FAZER MELHOR QUE TODOS ESTES ESPECIALISTAS ...
Só posso aplaudir. E aplaudo.
ResponderEliminarE eis que dois dias depois.. temos de novo a nossa querida Drª Helena Sacadura Cabral a publicar artigos que nos fazem pensar!
ResponderEliminar"Só um"... só mais um (este ano) para o ano logo se vê, mas todos se habituam a ganhar mais... quando as entradas de dividendos decrescem é que o cenário se acinzenta.
No ano passado, a sobretaxa era um imposto extraordinário e agora.
Extraordinário significa para além do que é ordinário (para além do que está na ordem, nos projectos)mas talvez quem apelidou o referido imposto de "extraordinário" fosse do Norte onde extraordinário assume o carácter de fantástico, maravilhoso, (extraordinárias).
Ai Português, Português! Tens duplo significado e depois, poupando nas palavras podem ter-se duas mensagens distintas.... Vê lá! És tão rico e fascinante e querem deixar-te mais pobre, mas fica descansado que eu não deixarei e continuarei a escrever com a riqueza que te é característica.
Vânia Batista
Boa tarde Drª Helena.Gostei da forma como abordou um tema tão delicado para todos nós.Eu digo delicado,porque ao longo dos tempos,todos tiram do saco agora ele está roto e pouco resta dentro e lamento muito.Falo por mim que vim a pouco tempo com reforma,ao qual dei o meu melhor a sociedade em voluntariado e ainda me tiram,é uma injustiça e não só a mim claro.Como vai ser daqui para diante,a maioria ir pedir para a beira da estrada?
ResponderEliminarUma boa tarde para si.
Subscrevo inteiramente o que escreveu e vamos de mal a pior...e sinceramente não vejo FIM à vista...e já há milhares de frigoríficos desligados por não terem NADA de NADA!
ResponderEliminarEntão ele M.C. é a lebre? mas porquê
ResponderEliminarque esta gente não se cala?!!!
O Presidente da República em
descrédito cada dia que passa...
o Governo já nem vale a pena
dizermos algo(como lamento ver o
seu filho Dr. Paulo Portas metido
com tais pessoas...)
Enfim, Democracia? Mas alguém já
quer saber da Democracia? Veja-se
na Grécia, eleições no domingo e
já queriam que o Governo tomasse
posse na 2ª. feira. Tomou hoje
passados 3 dias. Os votos não tiveram que ser conferidos?Publicados? E o Primeiro-Ministro
tem que ir de imediato falar com a
Srª. Markel?
E em Portugal alguém se preocupa
com a constituição? Tudo é legal,
desde que seja contra os trabalha-
dores.Estou a caminhar para o fim
da vida, só tenho pena das crianças
e dos jovens do meu país.Os meus
partiram para a Irlanda, onde já
lá estavam alguns, e apesar de
intervencionada, há respeito pelas
pessoas e regras.
Desculpe tanta conversa.Um beijinho.
Irene
Infelizmente, não acabará tão cedo... Se calhar já não é para nós.
ResponderEliminarO que eu percebi, foi a sugestão da criação de um imposto extraordinário sobre os mais ricos. O problema que antevejo desde já, é que em Portugal são considerados os mais ricos todos os que declaram rendimentos acima do salário mínimo nacional. Não são os Belmiros, Amorins ou Soares dos Santos...
ResponderEliminarAinda se lembram como o dito Drº se livrou de pagar impostos da sua casa/apartamento nas Amoreiras, "fez" uma lei que durou um dia e logicamente aproveitou para deixar de pagar impostos. No dia seguinte quem queria fazer o mesmo já não foi possível.
ResponderEliminarTenha bom senso...............
O Dr Jaime Gama diz que só quer ser motorista dos netos...
ResponderEliminarporqê este e tantos, tantos outros que por aí escrevem nos jornais e cantam de galo nas televisões não vão fazer a mesma coisa???
Motoristas... dos netos ou de qualquer outra coisa!!!
Não chega ainda!? Oh meu Deus,eu não QUERO acreditar...
ResponderEliminarE cá temos mais um “iluminado” (do PSD) – apoiante desta “Comissão Liquidatária” (o actual Governo, PSD/CDS), já não nos chegavam outros (como o Dr. Borges das Privatizações, que, como se pode ler no “Expresso On-Line”, achava que um Secretário de Estado ganhava pouco, mas que se deveria reduzir ainda mais os salários dos Funcionários do Estado – vulgo Públicos - e dos restantes Trabalhadores e por aí – sem uma palavra, sequer, até, para com os Empresários, que se debatem com grandes problemas de sobrevivência financeira e económica!) a opinar como salvar a Crise! Com um toque de magia saloia, o Dr. Cadilhe deu-se ao trabalho de vir sugerir (para quem o quiser ouvir – leia-se o “Governo de Passos e Cª”) um patusquíssimo imposto virginal sobre a “riqueza líquida do portuga”, como aqui é dito no Post. Poderia, se fosse – realmente – bem intencionado, propôr outras soluções, como um IRC mais elevado para a Banca, taxar os “offShores” e as operações da Bolsa, mas, por outro lado, baixar o IRC das empresas, juros bonificados para as empresas/empresários em geral, baixar o IVA com vista a estimular a procura/consumo (só assim se revitaliza uma economia de mercado), aliviar a prestação do empréstimo da casa para quem está desempregado, ou com uma situação financeira difícil, etc, etc. Soluções e ideias não faltam, para dar uma volta à coisa, ou seja, combater este caminho para o desastre (graças a outro extra-terrestre, o Dr. Gaspar Gato), a que temos vindo a assistir, mas que não ocorrem, por falta de “querer”, por quem nos “conduz”. Outro dia, li, com algum espanto, que o Fisco do Dr. Gaspar teria solicitado aos nossos combatentes contra o crime (GNR e PSP) que começassem a perseguir alguns condutores com vista a vislumbrarem “sinais perigosíssimos de riqueza exterior” e desse modo poder obter informação relevante sobre se o “malvado” condutor devia, ou ao dito Fisco e etc e tal, seguir-se-iam as “necessárias represalias ficais”. Ao que se chegou! Agora, com o plano da pólvora do seu compincha de Partido, o Dr. Cadilhe, poderemos vir a ter um imposto extra (não bastasse o IMI!) sobre...casa, jóias de família, quadros, tapeçarias, umas boas peças de cerâmica, quem sabe até roupa (mesmo usada - se for de marca), sapatos, perfumes, um caniche chique, frigorífico, máquinas de lavar, carros extra, etc e tal (onde se inclui uma casita mais estimadinha e num localzinho aprazível). Um contribuinte ouve estas coisas e exclama: “não é possível! Estamos aqui, ou em Marte?”. Isto há cada figurão mais sonso! Mas, atenção, ás vezes, estas ideias, por muito exóticas e bizarras que possam parecer, são “devidamente registadas” (se calhar, porque foram...devidamente encomendadas. Quem sabe!).
ResponderEliminarP.Rufino
Cara Helena:
ResponderEliminarCom toda a admiração que tenho por si porque justamente é justa (redundância propositada), venho fazer-lhe um pedido. Não, não é para mim. É para Portugal. Ninguém concorda mais com as suas justas e revoltadas queixas para com "the state of the art", do que eu, quero crer e, por isso, vai o pedido. O seu filho Paulo tem a pasta dos Negócios Estrangeiros, mas está no Governo! Não poderá atenuar nada, nem um "puquinho", no Gabinete, Helena?
Pedido feito. Consciência tranquila.
Abraço,
Raúl.
Dos seus melhores textos! Aplaudo!
ResponderEliminarO Dr Jaime Gama declarou, um dia destes, que agora só quer ser motorista dos netos..só agora, valho-nos Deus
ResponderEliminarPorquê, este e outros opinadores de jornais e televisão, não fazem o mesmo??Vão ser motoristas dos netos, ou de qualquer outra coisa, não nos importa o quê, mas por favor CALEM-SE!!!
o que digo é o seguinte, o estado devia meter a mão no bolso de quem assim nos deixou, os governantes e ex governantes deveriam ser responsabilizados judicialmente pelo estado em q deixaram o país e deveriam pagar por isso, não só com prisão como com o dinheiro que possuem.haja esperança
ResponderEliminarQuando é que acaba?
ResponderEliminarUm ano antes das próximas elecções legislativas!
Vai uma aposta?
PERFEITO
ResponderEliminar