segunda-feira, 2 de abril de 2012

Voltou a Pide


Algo esquisito se está a passar. O meu Mac, de repente, passou a sublinhar a vermelho o que escrevo. Ou seja, adoptou sem meu consentimento, e sem que eu tenha tomado alguma iniciativa nesse sentido, o novo Acordo.
Não estou a brincar e gostaria de saber como tal foi possível ou se isto já aconteceu a outros. Eu sou contra o (Des)Acordo e considero este tipo de actuação inadmissível. Se se trata de hackers favoráveis ao dito, podem seguir para outra freguesia.
Não será jamais pela força que me obrigarão, nesta idade, a fazer o que quer que seja.

HSC

Em tempo: depois de muito insistir, experimentar, pedir ajuda, consegui. O meu iMac já está, novamente, a escrever em português. Um muito obrigada a todos aqueles que me ajudaram a livrar-me desta nova Pide. Na minha freguesia não assentou arraiais. Salvé!

19 comentários:

  1. BOM POST!
    Uma coisa é certos individuos serem fanáticos do dito A.O (um herança do anterior Governo, de má memória), outra os computadores privados não poderem optar pelo português correcto, aquele que se escrevia antes do tal A.O. Aparentemente, ao que vejo – tenho esse problema no meu computador – só existe um determinado “português”, esta aberração segundo o A.O. Um perito em computadores vai tentar obter um “corrector” do português “como deve ser” (e ainda acredito que voltará a ser. É uma questão de tempo). Aguardo ansiosamente!
    Isto está a ficar lamentável. Patético. Ridículo. Já não há pachorra para esta gente pró-A.O! E muito menos para o A.O em si.
    P.Rufino

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  2. Ao que parece, tal como noutros tempos, nós não os vemos mas eles estão em todo o lado.Eu não tenho um Mac e também estou,desde anteontem, a ser censurada!*

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  3. Voltou a PIDE e de que maneira!
    .
    Nós que usamos a modernice dos computadores estamos ao léu de quem quer que seja.... A nossa vidinha está de careca descoberta...
    .
    Assim deveremos ter muito cuidadinho de não abrir e-mails duvidosos e nunca darmos informações, privadas, que só a nós nos diz respeito...
    .
    E o maior veneno, presente, da sociedade a nível mundial é o Facebook!
    .
    Já fui vítima que além de me fazerem desaparecer um blogue fui dado como preso no Reino Unido e um pedido aos que enviava e-mails a solicitação de mil euros para ser sacado da grelha!

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  4. O meu, senhora Doutora, está mais adiantado, tem um corrector ortográfico de Inglês, sai-me tudo riscadinho a vermelho. Mas é o futuro!

    a) Feliciano da Mata

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  5. Caro Feliciano da Mata
    Sempre fui dura de roer e não desisto com facilidade.
    Passei uma noite em claro, quase desesperei...mas consegui.
    Já estou a escrever, de novo, em português daquele que o meu caro amigo e o seu Mestre nada gostam...
    :)))

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  6. Os meus computadores (tanto de casa como do trabalho), infelizmente, também adoptaram o novo acordo ortográfico sem o meu consentimento. Quando me apercebi disso tive exactamente a mesma reacção. Não era suposto o novo acordo ser opcional enquanto não é obrigatório? Eu, que sou jornalista e escrevo artigos todos os dias, recuso-me a escrever com este (des)acordo como tão bem lhe chama e, felizmente, a minha revista também. É irritante estar a escrever e ver o que está bem escrito sublinhado a vermelho (já para não falar quando corrige automaticamente, o que me deixa fula). Mas ainda bem que já resolveu o problema. Vou tentar fazer o mesmo.:)

    Marta

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  7. Tomo como liberdade 'poética' a comparação à PIDE. Só com muitas aspas e sorrisos poder-se-ia comparar o incomparável.
    Suponho que não publicará este meu comentário que é anónimo. Cada um faz em sua casa (±) o que quer. Não será isso que me afastará deste blog. Mas, desculpe esta da PIDE foi demais para mim. "Modus in rebus", quand même! :-)
    xg

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  8. Caro Anónimo das 23:15
    Até hoje, e já lá vão dois anos e meio, só censurei dois comentários. E o último, apenas há dias.
    Deixo ao seu humor o post. Antes, a Pide entrava na nossa casa a partir das 7 da manhã e fazia o que queria.
    Agora, entraram-me no computador e mudaram-me todos os textos que lá tinha e obrigaram-me a escrever com a nova grafia. Nem sequer bateram à porta ou pediram licença.
    Que lhe parece?!

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  9. Pois parece-me que tem toda a razão, excepto na comparação à sinistra PIDE. Para mim, tal comparação apenas serve para minimizar o que na realidade foi essa polícia torcionária durante tanto tempo e mostra também, acho, falta de respeito pelas suas vítimas. Não sou, senão por efeitos colaterais, uma das vítimas, mas indigna-me a comparação. Por exemplo, o VGM não se arrisca a, pelo menos, levar uma sova por ter resolvido retirar o corrector do CCB. Apenas deixou o Sec. de Estado da Cultura a tentar explicar, desajeitamente, o inexplicável. Não consigo imaginar António Ferro ou César Moreira Batista (teria p?) a proceder tão brandamente...

    O meu corrector é em inglês como o do sr. das parabólicas. Escrevo livremente como me apetece e até gosto do vermelhinho debaixo das palavras.
    Os meus desejos de Happy Easter sem risquinhos vermelhuscos mas cheio de amêndoas e coelhinhos gordinhos e felizes!
    xg

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  10. A velha senhora continua a acompanhar, divertida, a gesta do AO90. Riu muito com o comentário de P.Rufino, que hoje lhe li, e rimalhou sonetilho com duas notas de roda-pé:

    paulinho meu bem
    não sei porque é que há de
    faltar à verdade
    da forma que nem

    toda a liberdade
    permite a ninguém
    o a.o. já tem
    doze anos de idade

    e foi assinado
    plo sec santana
    e ratificado

    plo outro sacana (1)
    agora calados
    plo moura abafados(2)

    ----

    1.
    desculpe-me helena
    'sacana' é exagero
    rima tudo empena
    diz mais do que eu quero

    2.
    rufininho amor
    não me quer dizer
    que tem isto a ver
    com isso de herança do governo de má memória (sai rima!) anterior?
    a a.r. em dois mil
    e nove só vota
    depois do brasil
    qual seria a rota
    da entrada em vigor (rimalhou!)
    desta vez de vez
    ou talvez pra vocês (mais rima!)

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  11. Parece que temos um apoiante socrático (e do A.O) amofinado!
    Com pretensões poéticas!
    P.Rufino

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  12. Ó meu caro Rufino, não desconfia de quem seja? Vá puxe lá um bocadinho pela cabeça que é capaz de o conhecer e quem sabe até já o ter lido...

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  13. Estimada Helena,

    Topei o "bicho" (como dizem os brasileiros. "falou bicho!")! Um apoiante socrático, poeta, rechonchudo e de sorriso tímido, que costuma comentar certo Blogue (que deixei de visitar, porque perdeu parte do seu interesse), com um nome "convencional".
    Ou?
    Mantenho, relativamente ao tal "Sócrates" tudo, sem retirar virgula, do que penso dele: uma execrável criatura - política e pessoal.
    P.Rufino

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  14. A velha senhora minha amiga fica-se-me sempre um tanto vaidosa com certas confusões. Não se considera - nem admite que lhe chamem - poeta, insiste, mas os olhos riem-se-lhe e a gargalhada explode - e não é (só) dos copos. Rimalhou ligeira:

    minino rufino não é delicado
    assim ofender a figura cimeira
    de poeta que ele é pra alguns consagrado
    e achar que ele sou eu a rimalhadeira

    'pretensões poéticas' que diz o paulinho
    confusões patéticas eu lhe diria
    sessenta e um anos? pois beba-lhe vinho
    do bom parabéns foi ontem o seu dia.

    Nota: Ninguém se admire dos conhecimentos biográfico-diplomáticos da velha senhora. Foi sempre muito 'dada' à Carreira. Além de ter amigos (e familiares e clientes) diplomatas, 'conheceu' muitos aquando de congressos médicos a que ia no estrangeiro (e ainda vai, apesar de já reformada). No seu último 'caso', surripiou um Anuário, confessou-me, que lhe serve de álbum de recordações.

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  15. Meu primo agradece os parabéns, á poeta Senhora!
    Pedro A. Rufino

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  16. A velha senhora enganou-se. Está afinal bem menos dentro da Carreira do que me fez acreditar. Pois fui-lhe pedir contas da confusão de primos (serão mesmo?) Rufinos e ela, descarada, riu-se:

    ora inda bem que você pedro não é paulo,
    o primo diplomata (eu creio até lembrá-lo),
    que qualquer diplomata, quando disparata,
    pois fá-lo com mais lata e tudo ata e desata
    pra tudo dizer sem ter que ofender ninguém.
    'ridículo' 'fanático' alguém porque tem
    diversa opinião da que tem o pedrinho!?
    dê beijos meus ao primo, filho, e viva o vinho!

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  17. Isto há cada poeta mais tolo!
    Deve ser do vinho de Estraburgo, quer-me parecer, ao que me dizem!
    Pedro A.Rufino

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  18. Cara Helena,

    sou leitora assídua dos seus blogs. À semelhança do que acontece com outros blogs dos quais sou seguidora, não costumo, por princípio, comentar o que os seus autores escrevem. No entanto, este tema é um dos que me indignam profundamente e, como tal, não consigo reprimir a minha opinião.
    Somos, cada vez mais, o Portugal dos pequeninos, um país de “Maria vai com as outras”, uma cultura imensa diminuída a cada ideia das mentes brilhantes que habitam o nosso país e que têm nas mãos o poder de tomar decisões por todos nós.

    Um país que, em termos de ensino, pouco fez para evitar a forma como a nossa língua é desconsiderada em cada linha nas redes sociais, em cada conversa de café e, até mesmo, tantas e tantas vezes, em cada exame escolar, preocupa-se, agora, e a todo o custo, em admitir um português que não é o nosso. Um português que não faz justiça à nossa história. Um português vazio de sentido e desprovido de factos que o justifiquem.
    Não consigo compreender. E não entrego o meu português assim. Não abdico da riqueza da minha língua nem da forma como aprendi a escrevê-la. E, até que me cortem as mãos ou me aspirem o cérebro, continuarei a escrever o português de Portugal.

    Obrigada, Helena, por ter denunciado e resistido a tamanho atentado.

    Susana Costa

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  19. Só hoje vi e li à velha senhora o último comentário de Pedro A.Rufino. Bebendo e rindo, a senhora diz que não o quer ofender e que por isso se dirige ao diplomata Paulo, o 'primo', (ah! e que aprecia alguns rieslings mas prefere o verde nacional):

    mas o seu primo pedro, ó paulo, é mesmo burro?
    isto de me chamar poeta e de estrasburgo 
    é só pura tolice, e grande, de casmurro
    ou burg(u)esice tonta de não sei não que burgo?

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