segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

Villepin, l'élégant


" Dominique de Villepin a annoncé au journal du soir de TF1, dimanche 11 décembre, qu'il avait "décidé d'être candidat à l'élection présidentielle de 2012". "J'entends défendre une certaine idée de la France", a déclaré l'ancien premier ministre, ajoutant :"J'ai une conviction : le rendez-vous de 2012 sera le rendez-vous de la vérité, du courage et de la volonté."
(in Le Monde de 11/12/11)

Velho rival de Sarkozy e militante do mesmo partido, o UMP, o novo candidato tem uma carreira política de topo, pese embora o caso Clearstream lhe ter deixado algumas marcas. Em 2010 fundou o partido República Solidária, sem no entanto se desligar do primeiro, à semelhança do que se passa com vários militantes que não só continuam no UMP, como se mantêm na qualidade de deputados deste último, o que torna ambígua a relação entre as duas forças políticas.
Sendo conhecida a rivalidade entre os dois homens e não tendo Sarkozy ainda anunciado a sua recandidatura, Villepin entendeu não dever coibir-se de entrar na corrida presidencial, mesmo aceitando o risco de o ter como mais que provável adversário. Ou, quem sabe, até mesmo por isso.
O seu programa de governo deverá ser hoje apresentado e certamente irá reflectir a sua inquietação por ver "a França humilhada pela lei dos mercados que impõe cada vez mais austeridade". Mas esclareceu igualmente que "a França também é humilhada", quando se fazem acordos como o que o PS fez com os Verdes, no que se refere à energia nuclear e ao lugar da França no Conselho de Segurança da ONU.
Esta não deverá ter sido uma boa notícia para o actual presidente francês. Mas também admito que o não seja para Hollande, nomeadamente porque este pode perder o voto dos indecisos, que, não querendo votar Sarkozy nem Le Pen, se poderiam refugiar no seu regaço.
Novela a seguir nos próximos capítulos...

HSC

15 comentários:

  1. O Dominique de Villepin tem muito mais sentido de Estado que Sarkozy.

    Isabel BP

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  2. Por tudo o que a Helena disse, por tudo o que eu ontem também disse, por algumas razões políticas, racionais e lógicas mas, sobretudo, pelo que fica bem patente nas fotografias, eu cá já sei por quem é que vou torcer. E até acho que, já que somos todos da UE, quem quisesse deveria poder votar mesmo que fosse noutro país, para eu poder votar num homem com tanta pinta.

    E, agora a sério, dou-lhe razão Helena, a coisa ainda está a arrancar. Acho que se está a desenhar uma mudança na Europa.

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  3. Maggie
    Embora seja uo personagem controversa- o caso Clairestream deixou marcas - adoraria ter como Presidente um homem...bom como dizer... bom, tão completo!
    Mas aquela tirada de "uma certa ideia da França", plagiada de De Gaulle deu-lhe um enorme charme.
    Começo a perceber que os políticos charmosos têm algum impacto em mim.
    Apenas acrescento que é um dos amigos do François e que "au naturel, il est encore plus ravissant".
    Lembra-se de quando lhe disse que NY poderia ser só até Fevereiro? Era disto que se tratava!
    E esta hein?!

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  4. parece me que sarkosy está em boa posição para voltar a ganhar, o unico perigo para ele era dsk mas esse foi eliminado devido a outros combates a que se dedicava.
    o resto, candidatos grises, divididos, desorientados, partidos com lideres pouco fortes, etc.
    dominique villepin fez um pouco a travessia do deserto, teve processos em cima, e se sarkosy for generoso dá lhe o min estrangeiros, afinal obama não o deu a h clinton?
    Talvez d de v tenha sim votos do eleitorado feminino mas sarkosy tambem os terá, apesar dos sapatos especiais consegue atrair mulheres bonitas e elegantes, veja se c b.

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  5. Ah-ha! Les beaux esprits e etc e tal...
    Isso é que devem ser umas soirées interessantérrimas!
    ;)
    Pode ir desenhando a toilette para a tomada de posse que, depois desta golpada genial, bye Sarkozy maquiavélico, ciao Hollande candide.
    E então, apresenta a MRP à nossa Helena-de-Paris e o candidato em causa a mim.
    Merci bien.
    :))

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  6. Sarkozy e Merkel são os líderes desta Europa de hoje, sem ambição, sem rasgo, nas mãos de manipuladores financeiros, sem dirigentes carismáticos (como se exgia face à dimensão da Crise), sem capacidade de se afirmar em Política Externa, incapaz de se afirmar globalmente - politica e economicamente - , reagindo tarde a situações que exigiriam resposta rápida como sucedeu com o início da crise economico-financeiro, e por aí. Mas atenção, esta Europa, sem dirigentes nacionais com rasgo e carisma, é a Europa que os europeus têm vindo a escolher há já algumas décadas a esta parte.
    Villepin poderia ser diferente, mas como diz Patrício Branco, será, muito possivelmente, uma vez mais, Sarkozy a vencer as próximas eleições. Que Europa esta, com líderes destes! Uma Europa de cor cinzenta, a cor dos seus dirigentes.
    P.Rufino

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  7. Maggie querida
    Eu pertenço à geração pés na terra. A todos, teria preferido DSK. Mas a pulsão vital deste homem brilhante, acabou por o perder.
    Enquanto era só affaire Sofitel, ainda admiti que pudesse haver uma reviravolta. Depois, com tudo o que se começou a espalhar - ainda não provado -, a coisa tornou-se um vaudeville de péssimo gosto.
    Mas, se for necessário, lá porei uma toillette que não deixe ficar mal Portugal, embora em França julguem que sou francesa...
    :))

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  8. Milady tem uma certa tendência para ser tolerante para com os prevaricadores.
    Ai tem, tem.
    Bem sei que é autora desse manual que dá pelo nome "Porque é que as mulheres gostam dos homens", mas onde fica a solidariedade feminina quando eles são, digamos, 'rasteiros'?
    DSK nunca pareceu flor que se cheirasse nesse capítulo, pois não?
    E tantas outras historietas que demonstram sucessivamente que os protagonistas 'metem tanta água', que perto deles só de galochas.
    Et pourtant, vous êtes toujours si gentille avec.

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  9. Tem uma certa razao. Mas aqui referia-me a qualidades de inteligencia e de visão do mundo que inegavelmente tem. Outra coisa será o seu comportamento moral e esse parece perdido.
    Mas não tivemos já outros casos em Franca? O próprio Miterrand estava longe de ser puro.

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  10. Maggie
    O comentário anterior foi escrito no iPad e ainda estou a namorar com ele. Os avanços são lentos e por isso os acentos e cedilhas foram ao ar.
    Mas acabando a resposta, digo-lhe tolero mais facilmente um prevaricador sexual - não estou a falar de proxenetismo, nem de pedófilos ou violadores, entenda-se - , um amante de mulheres do que um sonso, ao lado de quem se têm todas as certezas de quietude e algumas posteriores surpresas.
    Sei lá porquê? Deve ser por Jesus ter gostado de Madalena.
    Veja Hillary Clinton e o que ela passou. Gostar é uma coisa complexa e que nem sempre tem contrapartidas.
    Se me pergunta se eu era capaz de fazer de Anne Sinclair digo-lhe já que não abandonaria o homem que amasse enquanto não estivesse segura do que se havia realmente passado. Mesmo que, depois, me viesse a separar dele. Como não abandonaria um filho, um pai ou um irmão que fossem condenados!

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  11. De Villepin não deixa de ser um político hábil, além das qualidades que aparenta e que parecem ser o cerne da questão no debate dos comentários. Mas a França tem sérios problemas que duvido possam ser resolvidos com aparências. Não acredito que os franceses vão atrás de discursos grandiloquentes, enquanto de tempos a tempos lá acontece mais um ataque a um revisor dos comboios, há problemas graves nos subúrbios, insegurança generalizada, desemprego e pobreza a aumentarem.

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  12. Não terá sido uma boa notícia para Sarkozy, mas poderá ser uma boa notícia para os europeus, que tão necessitados andam delas.

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  13. Queridas Helena e Margarida,
    Não creio que o charme, a elegância e a "pulsão" lírica de Monsieur de Villepin o levem "au sommet de l'Etat". A sua espectacular performance nas NU deu-lhe projecção international e um brilho que se tem vindo a desvanecer nos "affairs" em que o seu nome insiste em aparecer.

    A verdade, aqui confirmada, é que Dominique Marie François René Galouzeau de Villepin "plait aux femmes". Verdade, também,é que o ex primeiro e ministro é odiado pela direita francesa pelo que fez e não fez enquanto governou e duvido que ele consiga as 500 assinaturas necessárias aos candidatos à presidência da Republica francesa.

    O que me apraz é saber que, à cause de ce bel homme, vou ter a minha elegante homónima mais perto de mim. O resto é politica!

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  14. Minha querida Helena O.
    Não aprecio Sarkozy. Nada mesmo. É visceral. Como com Sampaio. Não me inspiram confiança.
    Por isso me a ideia de Villepin se candidatar contra o primeiro me fez sorrir.
    Admito que Hollande possa ganhar. Mas não me convence.
    Por isso, NY bye bye está longe de ser uma certeza. É antes um suponhamos... talvez mais fácil com Hollande!
    Mas havemos de falar em Janeiro.
    Bjo

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