Ainda estamos longe de conhecer qual será o valor total da factura de nacionalização do BPN. Para já, o que está mesmo certinho, serão os 2,4 milhões de euros a que se somarão os 550 milhões de injeção para o aumento de capital, a ser feito antes de corporizada a operação de venda.
A este deprimente quadro financeiro, irão juntar-se as indemnizações e subsídios a cerca de 800 bancários que vão ser dispensados - embora se admita que, depois, alguns possam retornar, mas ignorando-se se, nesse caso, devolverão Estado alguma coisa do que já terão recebido.
Todas as contas feitas, calcula-se que o total desta "estória muito mal contada", ronde os 2% do PIB nacional. Peanuts, como se poderá deduzir, mesmo não sendo economista. Nem político, claro. Sendo apenas gente de mau senso...
Bagão Felix tem razão quando considera que, em termos relativos, Madoff custou mais barato à economia americana, dado que as suas operações "só" representaram 0,5% do PIB dos Estados Unidos.
Por mim, continuo a não admitir que se fique sem saber para onde foi o dinheiro que desapareceu e qual a responsabilidade dos supervisores. Já é mais que tempo!
Constâncio foi premiado e exportado para um lugar cimeiro. Da CMVM alguem sabe alguma coisa? Eu não...
HSC
"O BPN É O BANCO COM LUGAR PARA TODOS"... principalmente, para quem ganhou uns bons euros a fazer publicidade.
ResponderEliminarIsabel BP
Este ee um assunto vergonhoso. Como ee possivel o compadrio silencioso que rodeia este mafioso caso. Onde esta o dinheiro? Quem sao os ladroes? Quem manda calar quem?
ResponderEliminarAntigamente ainda se utilizava a cicuta para a desonra, hoje em dia pouca gente ainda tem honra e gabam-se disso.
Ah! Portugal para onde vais! Nao quero acompanhar-te mais, e no entanto portuguesa sou, cada vez mais triste e desiludida.
qual é a verdade que quer saber? só se for aquela que eles querem que nós saibamos ? A verdade verdadinha só você é que não sabe !
ResponderEliminarMas eu explico :
1- Os Administradores pegavam no dinheiro dos depositantes e no dinheiro que recebiam do Banco eurupeu , via BdP , pelos creditos que faziam ( sistema fraccionado ) e adquiriam através do fundo Imobiliário do BPN, imóveis sobre avaliados para poderem comer avultadas comissões que eram divididas por todos.
2- Os accionistas e amigos optinham excelentes e avultados emprestimos sem garantias reais sobre os mesmos . Dai entravam logo em incumprimetnos logo na primeira renda!!!
3- A administração "investia" balurdios em empresas fantasmas de determinados "amigos" que eram vendidas novamente a outros amigos depois de financiadas , por quantias irrisórias. Houve uma até que foi vendida por 1 dollar .E o contrato foi assinado pelo Diaas Loureiro, administrador do banco .
4-~Diz não saber para onde foi o dinheiro!!! Pois o dinheiro foi parar a sociedade offshorre que por sua vez desataram a comprar herdades no Alentejo, cujos donos são do conhecimento publico!!
Também serviu para comprar passes de Jogadores de Futebol e entrou muito dinheiro nas campanhas eleitorais dos partidos e em outras organizações de interesse politico-religioso !!!!
Também foi muito dinheiro parar em Angola e diz-se que uma infima parte desse dinheiro serviu para comprar novamente o banco!
Em moçambique também entrou algum dinheiro desse para comprar plantações de Algodão e muitas pequenas coisas!!
O BdP, tinha ordens "superiores" para fechar os olhos e deixar andar!!
A nacionalização do banco foi um processo que nasceu muito antes de estar pensado, já trazia uma predestinação genética!!
Eu também gostava de bancar ingénuo , mas já não tenho paciência para isso!
Um bem haja!
Segundo o Negócios, os créditos de risco do BPN ficam para o Estado. Assim se confirma a essência do Estado predador de que temos falado, a tradução nacional de um capitalismo de pilhagem internacional que ganha cada vez mais espaço com as políticas de austeridade desigual: trata-se de promover a nacionalização dos prejuízos, sobrecarregando a maioria dos cidadãos, e a privatização dos lucros, tudo no valor de muitos mil milhões, fazendo as alegrias de investidores estrangeiros, dos seus testas de ferro portugueses e de grupos rentistas nacionais, que esperam ainda arrebanhar algumas infra-estruturas públicas. Por exemplo, o grupo Mello, o das lucrativas auto-estradas privatizadas e das parcerias público-privadas na saúde, anda a ver se consegue uns aeroportos a preço de saldo. Por sua vez, a pergunta que São José Almeida fez há quase um ano – “Houve uma coisa que saltou aos olhos e provocou uma clara sensação de mal estar: por que razão sorria Mira Amaral?” – tem agora novas respostas. A sordidez desta economia política, o tal sorriso dos Donos de Portugal, é proporcional à passividade de cidadãos subalternizados.
ResponderEliminarfonte: http://ladroesdebicicletas.blogspot.com/
Cara Helena:
ResponderEliminarSou um homem de letras e gosto de pensar que sou um humanista. A Helena também o é. Isto para dizer que não percebo de economia, mas que, na minha laicidade acerca do assunto, isto me pareceu muito "fishy", ah isso pareceu. Estamos muito mal governados, stricto sensu.
Raúl.
"O mais que isto
ResponderEliminarEe Jesus Cristo
Que nao sabia nada de financas
Nem consta que tivesse biblioteca"
Fernando Pessoa
Abraco Fraterno querida Helena.
Estimada Helena,
ResponderEliminarEsta verdade, adicionada a muitas outras, vão-nos distraindo de certas realidades; são formas ardilosas, de se encapotar outras verdades!
Cumprimentos
Marcolino
Ora recapitulemos então. O BPN, um banco que desde sempre fora associado a um círculo próximo do ex-primeiro ministro e então Presidente da República Cavaco Silva, correu o risco de entrar em falência nos finais de 2008. Com a crise económica em curso e seguindo o (mau) exemplo de outros países, o Estado Português partiu às cegas para a sua imediata nacionalização, deixando de fora a sociedade que gere o grupo – a SLN – que até tinha activos preciosos. Muito rapidamente o país apercebe-se então que o banco era pessimamente gerido e que, para além dos inúmeros crimes cometidos pelos seus administradores, o buraco financeiro que possuia vislumbrava-se enorme. Ou seja, nacionalizou-se um prejuízo que estava então longe de poder ser estimado.
ResponderEliminarE como se tal já não fosse em si mesmo muito grave, aos poucos foi-se percebendo que a proximidade do Presidente da República ao BPN não era assim tão pouca. Um dos ex-adminstradores do Banco e principais suspeitos – Dias Loureiro – foi um dos membros do Conselho de Estado nomeados por Cavaco Silva, o que demonstra bem a proximidade e as relações de confiança existentes. Por outro lado, a casa de férias do Presidente da República fica nem mais nem menos naquela que é conhecida como a aldeia BPN. E por último, questão não menos importante, o então ex-primeiro-ministro comprara em 2001 acções do Banco a preço de saldo, garantindo com a sua venda dois anos depois um lucro de 140% (147 mil euros). Um negócio da China, portanto. O BPN é assim um caso que circunda Cavaco Silva e cujas explicações dadas até hoje não permitiram ainda uma descolagem política total perante o sucedido.
Passados poucos anos da polémica ter estalado, o responsável máximo do banco está detido, mas todos os restantes membros da sua administração estão em liberdade. Descobriu-se entretanto (pasme-se) que Dias Loureiro, que consta estar em Cabo Verde, não tem mais do que 5000 € nas suas contas para penhorar. Comentários para quê?
E agora, fruto do compromisso com a troika de privatizar imediatamente o BPN, o banco foi ruinosamente vendido por 40 milhões ao BIC, tendo o Estado Português perdido com esta operação um total de 2400 milhões de euros. Repito: 2400 milhões pagos por todos nós. Curiosamente ou não, o banco é adquirido por um grupo angolano liderado por Mira Amaral, outro ex-ministro de Cavaco Silva.
Embora este seja o maior rombo económico de sempre de que foi alvo o Estado e os contribuintes portugueses, o caso está longe de merecer a devida atenção e dele se retirarem as devidas ilacções. Por um lado temos um partido do Governo e um Presidente da República altamente desconfortáveis devido à proximidade com alguns dos principais suspeitos. Por outro lado, temos um PS que receia que a exploração excessiva do assunto também lhe seja prejudicial. Afinal de contas, goste-se ou não, foi o anterior Executivo que avançou para a desastrosa nacionalização.
E é no meio deste cenário que os Portugueses vão a banhos, tão extenuados pela crise e pelo cenário negro em que se encontram que quase se esquecem de exigir responsabilidades. Existindo 2400 milhões de razões para estarem furiosos, o mínimo que se pede é que este caso BPN não caia no esquecimento. Como referência sobre a dimensão do problema, o polémico imposto extraordinário sobre os subsídios de Natal apenas renderá aos cofres do Estado cerca de 1025 milhões de euros. Representa portanto menos de metade do necessário para pagar o prejuízo do negócio BPN. Que este caso sirva para reflectir a impunidade que se vive nos altos círculos do país e o seu peso no bolso de cada um de nós.
Artigo hoje publicado no Açoriano Oriental