domingo, 19 de junho de 2011

Aperto


Há algo que me espartilha. Sinto-o mas não sei onde ele me aperta. É um sentimento, mais do que uma realidade. Nem chego a perceber se me incomoda.
Quando estas coisas me acontecem preciso de estar só e de escrever. Ou de me meter no carro e parar num qualquer sítio, perto do mar.E ficar ali, parada, a olhar. Sem sequer pensar, porque é de ausência de pensamento que preciso.
Foi exactamente isto o meu Domingo. Um dia sem pensar. Quando retornei o espartilho tinha naturalmente deixado de me apertar. Há Domingos assim...

HSC

14 comentários:

  1. "Ele" que lhe aperte em quase todo o sítio, menos no coração. Nós, amigos, faremos tudo para que isso não aconteça.
    Miminhos meus,
    Paulo

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  2. Amanhã é outro dia...
    Vai correr tudo bem. Às vezes apetece-nos ser pequeninas e frágeis não é?
    E porque não???

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  3. Infelizmente há dias asssim... Espero, sinceramente, que a senhora já se sinta bem melhor!Beijinho

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  4. Helena

    Que posso eu dizer, senao, que o espirito as vezes entristece-nos para que saibamos viver a alegria. A sua gargalhada ee tao bonita e contagiosa! Que volte depressa.

    Um grande abraco

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  5. Acredito cada vez mais que somos de facto mais parecidos do que nos julgamos, e que o Mundo é feito de repetições, nas nossas vidas e nas dos outros. Àa vezes também tenho esses acessos de melancolia, e procuro exactamente o mesmo- normalmente vou para os lados da Linha, páro o carro, e esvazio aquilo que me atormenta e muitas vezes não sei o que é. Mas parece-me um bom exercício para começar a semana. Espero que lhe tenha ajudado! "Limpar a chaminé" de vez em quando é um bom exercício!

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  6. Exactamente!! sem duvida nenhuma que foi uma descrição completa daquilo q sinto e faço muitas vezes.
    Obrigada

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  7. Ia dizer tal e qual, mas é um espartilho feito chavão...

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  8. Por coincidência senti o mesmo ontem.
    Quando esta sensação de solidão me aparece, tento rodear-me pela natureza.
    É uma resposta do meu instinto.
    Bem sei que não lhe fará sentir melhor, mas por vezes o melhor mesmo é abstrairmo-nos do mundo, nem que seja um pouco.
    São as experiências da vida acumuladas que nos tornam assim como somos.
    Um grande sorriso para si...
    Beijo

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  9. Olá Helena
    Às vezes sentimos um desconforto, essa espéce de aperto que não sabemos onde é. Costumamos dizer que não sabemos porque estamos assim 'não, não aconteceu nada' 'não, esta tudo bem...mas não sei o que tenho'.
    Mas eu acho que nós sabemos sempre o que temos, nós sabemos sempre o que nos perturba e o que nos tira da zona de conforto, mas não queremos falar disso. Se eu fosse a Helena, neste momento era capaz de me sentir assim. Não me admiro desses momentos. Mas, sabe o que lhe digo? Tudo correrá bem, vai ver e, ja sabe, este mundo não é dos fracos.
    Um abraço
    Lurdes

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  10. Caríssima Helena,

    De vez em quando é preciso abstrairmo-nos de tudo para desaparecerem os "apertos" e "espartilhos".

    No meu caso, ando na fase do "Estou bem aonde não estou".

    Isabel BP

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  11. Cara Isabel BP
    Nada definiria melhor o meu estado de alma ontem que o seu comentário de hoje.
    Hei-de escrever sobre isso de só estar bem onde não estou...

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  12. Cara Helena,
    Já Antonio Variações o cantava em Estou Além ..Só estou bem, aonde eu não estou.

    Consigo, desejo apenas que tenha sido a antevisão de uma manhã de luta pelo justo valor do seu trabalho/talento.

    Acontece-me muito aos Domingos sentir esse" não sei quê".

    Não sei se poderá fazer algo, mas aproveito para lhe dizer que na FNAC de Alfragide não consigo encontrar os seus livros

    Um abraço cheio de força e fé no futuro

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  13. Querida Helena,
    Também me acontece o mesmo. Em Lisboa ia ver o mar e passava-me. Aqui fico a espera que passe.
    O comentário do Paulo é uma ternura:)!
    As cinco palavras da frase da Isabel BP dizem mais que um manual de psicologia!

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  14. Cara Por do Sol
    Reclamei para a minha editora e informaram-me que há na FNAC de Alfragide 69 livros. O que podem é estar mal expostos.
    Insista e se voltarem a dizer o mesmo peça o nome da pessoa que a informou, para depois a editora entrar em contacto com eles.
    A FNAC é das livrarias onde mais vendo!

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