Análise séria e acutilante, humorada ou entristecida, do Portugal dos nossos dias, da cidadania nacional e do modo como somos governados e conduzidos. Mas também, um local onde se faz o retrato do mundo em que vivemos e que muitos bem gostariam que fosse melhor!
terça-feira, 24 de maio de 2011
Preocupante?
Retomei o exílio das televisões. Permiti-me por uns dias o dos jornais. Se não aguentar silencio-os de imediato.
Para já detenho-me numa noticia que informa que "o portal europeu da mobilidade profissional (EURES, em eures.europa.eu) dispunha ontem, segunda-feira, de 1178691 ofertas de emprego em 31 países europeus, validadas pelos respectivos institutos do emprego e disponíveis para qualquer cidadão europeu. O objectivo é aproximar os empregadores da mão-de-obra, promovendo a livre circulação de trabalhadores na Europa".
Se a este apelo juntarmos o número impressionante de gente que já deixou de procurar emprego em Portugal, poderemos estar face a uma nova e estranha situação demográfica que é a da saída dos nossos mais qualificados em certas áreas, ser compensada pela entrada de estrangeiros com menos habilitações.
E como a taxa de natalidade éntre os nacionais desce e a dos estrangeiros residentes sobe, parece-me que se devia olhar para esta questão com o maior detalhe, antes que o multiculturalismo tão em voga não nos pregue uma partida.
Ou seja o Estado investe em portugueses que saem e em estrangeiros que, um dia, voltam ao seu país de origem...
HSC
Não posso precisar onde li, mas foi num blogue que considero sério, a previsão para a emigração nestes próximos 3 a 4 anos, será de 4 milhões de portugueses. Se esse estudo estiver correcto, o País vai "esvaziar". Algo que não me surpreende, pois cá vive-se para sustentar uma Máfia. Chegou a um ponto, que os portugueses não estão pelos ajustes e chegará a outro ponto, em que terão de sobreviver. Se eclodir a violência, o que não me surpreende, se os políticos continuam a gerir um País para meia dúzia e para si próprios, sem Justiça, então acredito que os estrangeiros, como tailandeses e outros que estão habituados às duras condições de vida, acabarão por ficar por cá. Isto não importunará estes gatunos de colarinho branco... eles alimentam-se do trabalho escravo, como as sanguessugas do sangue...
ResponderEliminarresumindo , o nosso 1º ministro de aqui a uns anos será descendente de brasileiros ou " kosovares ". vai ser bonito vai . ehehe
ResponderEliminarHoje, penso que na RTP, vai passar uma reportagem, precisamente sobre este assunto. Sobre a saída da mão-de-obra qualificada e jovens com um grau de escolaridade superior e a entrada de mão-de-obra barata. O estado está e investir na formação de quadros superiores para os mandar para o estrangeiro e está a importar os mesmos quadros mas a preços mais baixos e provavelmente com menos competência, digo eu.
ResponderEliminarTenho 42 anos, sou secretária, o meu marido tem 43 e é professor, temos um filho com 3 anos e estamos seriamente a pensar ir para o estrangeiro, pela simples razão de garantir um futuro ao nosso filho, porque este país é padrasto. Ficar cá para garantir a reforma já não faz sentido, ao que parece não vai haver, portanto de futuro garantido só temos a educação do filho a tratar, porque nem no ensino já podemos confiar…não sei se me entendem?
Será que procura saber porque lá fora é aparentemente melhor do que cá? Já pensaram que um sistema de seg social injustamente redistributivo como nosso afasta qualquer mente racional? Como o filho de alguém diz (e muito bem): Não podemos andar a trabalhar para sustentar alguns que não o querem fazer!!! Isto lá fora provavelmente não acontece. O que me parece é que empregos (das 9 às 17 com salário limpo, pode não haver) mas trabalho há muito...
ResponderEliminarAndré
P.S.: Helena, gosto do seu blogue!