segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

Os excluídos!


Não. Não se trata dos excluídos no sentido usual. Ao contrário. São os excluídos do azar. Isso mesmo. São aqueles a quem a sorte bafejou por não cumprirem o que a lei impõe aos outros. Aos mais fracos, claro está.
Cito apenas dois exemplos. Mas tenho mais. Que hei-de ir mencionando. O primeiro refere-se àqueles desgraçados accionistas da PT que, coitados, de tão carenciados, vão receber por antecipação, os dividendos - extraordinários, dizem eles - da venda da Vivo, sem o enquadramento fiscal a que legalmente iriam estar submetidos, sem essa cautela prévia do senhor Zeinal Bava. Alguém faz alguma coisa? Nada!
O segundo respeita aos Açores e ao seu Presidente Regional que, com a maior desfaçatez, ultrapassa a medida de corte salarial tomada pelo Primeiro Ministro, compensando-a de forma a que, aquilo que se perde por um lado, seja reposto por outro. Alguém faz alguma coisa? Nada!
Só pergunto, onde é que está a autoridade - se é que tem alguma -, deste governo?!

HSC

10 comentários:

  1. No 1º caso, da PT, não concordo,porque (i) a PT teve efectivamente uma mais valia extraordinaria este ano e (ii) a lei é para se cumprir, seja para um lado, seja para outro (isto notwithstanding a PT ser um miseravel monopolio).

    No 2º caso, acho que o Estado Central deveria diminuir a dotação (ou seja o que for) dos Açores no mesmo exacto montante que vai o gov. regional vai subsidiar os habitantes (pergunto tb. para que srvirão 37000 funcionarios publicos em 250k habitantes, mas enfim).

    acho que é tudo.
    Só para acabar, a HSC não sei que idade tem ao certo mas é muito sexy. tenho dito.
    grouchomarx

    http://portostreetshooting.blogspot.com/

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  2. Caro G. Marx

    Mas então porque é que se não cumpre a lei em relação a todos?
    A redução de salários só é legal porque o governo assim o determinou.
    Já nem falo da golden share que a Comissão Europeia condena mas que continuará enquanto for útil a quem governa...

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  3. Não são só esses os “excluídos”, se bem que, ao contrário de G.M me faça menos impressão a questão dos Açores (naturalmente, apenas e tão só no que respeita aos funcionários menores, daquela administração regional). Tenho mais solidariedade por quem tem menos e aufere menos do que uns cretinos de outros privilegiados, que nunca saberão, nem querem saber no que consiste a Crise, que lhes passa ao lado, enquanto enchem os bolsos de “prémios de produtividade” e exigem sacrifícios salariais aos funcionários das suas empresas.
    Os outros “excluídos” são pelos vistos os funcionários da CGD mas também e sobretudo do nosso Banco Central…que tem a “protege-lo” o BCE, que se opõe a que haja reduções salariais naquela Instituição financeira.
    Mas ainda há mais. Todos aqueles que se encontram acantonados nas diversas Instituições e Organizações Europeias (como, por exemplo, o próprio BCE, etc, etc) e na sua qualidade de funcionários, ou melhor, de Altos Funcionários das mesmas, não foram, nem vão ser alvo de reduções salariais, ou de representação, ou de benesses, mas que…nos vêm exigir, alto e bom som, com ar sério e engravatado, que façamos sacrifícios, que aceitemos reduções salariais, que aceitemos aumentos de impostos e por aí!
    E depois ainda há a Banca, a mesma que está no estado comatoso que todos sabemos, endividada a congéneres estrangeiras e ao BCE, mas que nos aumentam os juros de empréstimos, os custos dos serviços, para sermos nós, os clientes que os sustentam, a pagar-lhes as dívidas (com a complacência de quem manda) que contrariaram, com o nosso dinheiro, ali depositado. E quem ali e senta, naquelas administrações, não faz ideia do que é sentir a crise na pele. Nem nunca fará. E se falirem, “alguém” engendrará uma solução, como a do BPN.
    Os “Zavas” e quejandos riem-se da crise. Nós, os Incluídos da crise, levamos com ela em cima. Este mundo é assim. Nunca mudará. Muito menos a opinião que tenho desta malandragem!
    P.Rufino

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  4. Não tendo nada a ver com o post,soube que hoje é dia de mais um aniversário da Helena e por isso,se me permite, deixo aqui um beijinho de Parabéns e um bem-haja,por ser a MULHER que é!
    Um dia muito Feliz.

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  5. Ao que já chegamos!
    Agora batemos nos que não defendem a redução de salários... Pois vistas bem as coisas é disto que se está aqui a escrever...
    E se virmos ainda melhor as coisas há muito boa gente que não vai sentir o corte salarial pois ou tem cartão de crédito, ou vive à custa de abonos eventuais/extraordinários, ou vive à custa do orçamento de estado... enfim é escolher... Mas como o Sistema está muito bem montado, chegamos ao ponto em que quem tenta não provocar, indirectamente e sem esconder nada, a redução ilegal de salários, é catalogado como o novo Belzebu...
    Cada vez melhor... esta "Sociedade"

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  6. Cara Helena,
    Também não concordo com a distribuição de dividendos na PT, na Jerónimo Martins e noutras mais este ano e por esse facto defraudam o estado em impostos. No entanto ressalvo o seguinte, a PT já antes de se conhecer o orçamento de Estado para 2010 tinha anunciado que iria distribuir os dividendos, ao contrário da Jerónimo Martins e dos que a seguiram, que o fizeram só depois de saberem que os dividendos vão ser taxados em 2011.
    Eu como a Helena e os portugueses que tem a felicidade de ter trabalho, não podemos fugir aos impostos sobre o nossos dividendos (sejam salários, honorários ou pensões). Quanto há manobra e discurso do governante dos Açores, nem merece comentários. Decididamente os governos nacionais parece que só mandam no continente, nas Ilhas fazem o que querem e ainda lhes sobra tempo. Depois desta manobra já não podem apontar nada ao Alberto João. O Ministro das Finanças ameaçou aqui há tempos usar todos os poderes que todas as leis lhe permitissem para reduzir os gastos na Madeira e a aplicação da Lei das Finanças regionais. Mas agora como é nos Açores...está tudo bem.
    A autoridade e o respeito em Portugal estão quase como o lince ibérico...em vias de extinção.

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  7. Ó deuses, eu faço tantas, mas tantas mais perguntas...

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  8. À maneira do Norte eu chamar-lhes-ia os excluídos FP. (desculpe-me a brejeirice9

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  9. Subescrevo, mot à mot, o comentário de P. Rufino.

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