O destacado responsável da OCDE que esteve hoje entre nós para apresentar o seu relatório sobre a economia portuguesa, falou às televisões. Em português, para todos entendermos. As medidas deste organismo internacional para resolver a crise que estamos a atravessar, para variar, passam todas pela mesma solução. Ou seja, curiosamente, o aumento da receita. Quanto à necessária diminuição da despesa, nada. Niet. Kaput.
Para quê se, afinal, o aumento de impostos é sempre o caminho mais imediato para pôr dinheiro nos cofres do Estado?
Mas o senhor quiz dizer mais. E para finalizar outorgou-se, até, o direito de vir meter o bedelho nos asuntos de política interna, aconselhando o PSD a entender-se com o PS. Qualquer coisa como chegar a França e dizer que o Senhor Sarkozy se devia entender com o PS. Ou vice versa, se preferirem...
HSC
O Sr é socialista também. Veio pregar um sermão que lhe enviaram por E-Mail. O cerco está montado!
ResponderEliminarO “senhor” em questão não passa (ou passou) de uma “grande encomenda”! Para lá (bem longe) com a figura!
ResponderEliminarP.Rufino
É um verdadeiro ultraje. Um ultraje a nós cidadãos comuns. E o pior é que somos enxovalhados, enganados e trapaceados pelos nossos governantes, coniventes com o ultraje. Neste momento, só me ocorre parafrasear o Prof. António Telmo, "Simplesmente esta coisa em que nós vivemos, a que chamamos Portugal, para mim, não é nada, Portugal não é nada".
ResponderEliminarPelos vistos, outros são filhos e nós é que somos os enteados.
"Por muito menos crimes rolou a cabeça de Luís XVI". Citei, pensando no aumento de impostos, que de mais verborreia estou cansado. Raúl.
ResponderEliminarO QUEIJO GRUYÈRE DA ÉTICA GOVERNAMENTAL: VENDER GRUYÈRE POR LIMIANO!
ResponderEliminarQuando o amigo Mexicano de Teixeira debita sobre os buracos do queijo Gruyère, esqueceu-se do mais importante.
É que se as diferentes taxas do IVA parece uma tentativa de posicionamento de alguns agentes económicos no queijo Gruyère, a falta de vontade de desengordurar o Estado das clientelas é ela própria uma tentativa de adulterar a qualidade do queijo Gruyère, vendendo aos Portugueses queijo Limiano Nacional de pior qualidade!
Há quatro meses, a Amiga Helena concordava com estas medidas, quando então ditas pelo Henrique Medina Carreira no "Plano Inclinado". Na verdade, a curto prazo não há outra solução. Quase 80% da Despesa é massa salarial e, nem de propósito, hoje foram anunciados cortes...
ResponderEliminar(e estou muito longe do mitomaníaco Sócrates...)
Sabe por que razão este entendimento tanto custa (mesmo servindo o superior interesse da Nação)...? Porque é extremamente desagradável e complicado ter de negociar com cata-ventos mitomaníacos como o sr. Sócrates.
ResponderEliminarMas, Helena, lembrei-me agora o quanto a Amiga estava de acordo com o Henrique Medina Carreira, no programa Plano Inclinado, quando este defendia um inevitável aumento das receitas fiscais e uma redução da massa salarial (única forma de reduzir despesa a curto prazo). Por muito que nos custe, a OCDE aconselhou a primeira; o governo avançou com a segunda...
E depois de terem "botado faladura" aí vão eles, os visitantes e os visitados, para um almocinho, pago por quem?? Pelo tal povinho a quem se pede sacrificios... Por isso, como poderiam eles TODOS falar em cortar na despesa???
ResponderEliminarHelena (Lisboa)
Meu caro Paulo
ResponderEliminarJá lhe tespondi noutro comentário seu. Concordo com a necessidade de reduzir a despesa e de aumentar a receita. Tal como Medina Carreira. Mas não concordo com "estas" medidas. Havia como sabe alternativas... O governo enganou-nos. Se tivesse, ao menos, ouvido os "pessimistas", "estas medidas" seriam outras, porque o nivel de endividamento e a taxa que pagamos seriam também diferentes.
Caro Paulo
ResponderEliminarAfinal o meu comentário resposta, por lapso saíu no post errado. Aqui vai o que, então, lhe respondi
Há quatro meses não concordava com "estas" medidas. Concordava, sim, com uma redução da despesa que fosse superior ao aumento das receitas.
Há um ano que muitos economistas chamavam a atenção para a necessidade de tomar medidas destas. Se tivessem sido oportunamente tomadas agora não estaríamos aqui.
Só que houve eleições em que tudo foi prometido e a crise se negou. Mais, o governo até já se rejubilou com o desenvolvimento e se disse que "já tinhamos saído da crise".
O que me indigna é a mentira permanente. E a falta de prestação de contas ao país. Há várias perguntas a fazer
1. O que é que correu mal?
2. Onde correu mal?
3. Porque é que correu mal?
Sabe responder-me, ou viu respodida alguma delas?
O debate de hoje foi uma vergonha. O PM não respondeu a nenhuma das questões postas e Louçã teve toda a razão na pergunta que lhe fez...
Agora até já percebo melhor o negócio da PT!
Caríssima Helena (andamos desencontrados),
ResponderEliminarObviamente que não concordo com o atraso das medidas; que se fossem tomadas na altura certa, não seriam estas (que também não concordo), mas muito provavelmente outras em que a componente Despesa seria muito superior à componente Receita.
Mas quanto às perguntas "o que, onde é que, e porque é que correu mal" por si só, não respondem à necessidade das novas medidas, porque estas, como outras podem padecer do mesmo problema na sua execução, ou seja, não é pelo facto de proporem medidas mais drásticas que garantem no quadro lei da sua execussão mais sucesso. A questão aqui é outra: no PEC III, a diminuição da Despesa era feita através de uma via estrutural, ou seja, só surte efeitos a médio prazo; já nestas medidas anunciadas a descida da despesa é conjuntural (descida de massa salarial, pe), pelo que de mais fácil execussão. Mas sem sustentabilidade...