Eu compreendo o Henrique Monteiro. Há um Acordo Ortográfico, que embora não tenha merecido o acordo de muita gente, tem de ser cumprido dentro de certos prazos. Assim, ele tinha - não sei se teria - de o pôr em marcha.
Logo, foi neste belo sábado que fomos mimoseados com a prenda. Por aqui vai continuar a escrever-se como se escrevia antes do dito desacordo. Quem não gostar, abandona-me. Quem não se importar ou até compreender continuará. Eu apenas estou a exercer o meu direito à indignação... Se o Dr Soares podia e pode, eu não poderei?!
HSC
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ResponderEliminarEste acordo repugna-me! E irrita-me o faCto de termos de escrever como os brasileiros, povo a quem os portugueses ensinaram a falar e a escrever. Não digo que eles tenham de escrever como nós, mas, já que os países têm raízes idênticas mas culturas distintas, porque não deixar como estava e cada um escrevia como cada qual!
Há mudanças que valem esforço... esta não é uma dessas!!! Eu continuo...
ResponderEliminarHelena,
ResponderEliminarÉ por estas e outras que hoje fui comprar o seu último livro!!!
Abraço,
Nucha
Portugal tem, por vezes (se fosse só por vezes!), as suas bizarrias. Não conheço nenhum outro país, detentor da sua língua, preocupado com este tipo de coisas. Nunca, quer os ingleses, quer os franceses, ou mesmo os espanhóis, se diganaram “avançar” com um Acordo Ortográfico (mas se estiver errado, digam-me). A língua evolui por si mesma e cada povo que a utiliza acaba por lhe dar o uso que melhor entende, que melhor se adapta ao seu próprio país, ás sua próprias gentes. Daí que sempre me fez uma enorme confusão o porquê da necessidade deste Acordo. Legislar sobre uma Língua, como deve – doravante – ser escrita, é algo surreal. Sem querer fazer de arauto sobre alguém que muito respeito – Vasco Graça Moura – como intelectual e homem de cultura, subscrevo na totalidade as suas reservas (e indignação) a este Acordo. Por mim, continuarei a escrever como aqui, neste Post, se diz, ou seja: “como aprendi (ou como aprendemos)”. Isto não quer dizer que me vá adaptando, ao longo dos anos que me restam e ainda são bastantes, assumindo que só cheguei a metada da vida que pretendo viver, ao tal evoluir da nossa extraordinária língua, o Português. Mas – naturalmente - nunca por decreto!
ResponderEliminarP.Rufino
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ResponderEliminarMas é claro que pode, e nós agradecemos.
ResponderEliminarO que me preocupa é por vezes - também eu - ficar vidrado com certos encontros "atrazados"...
Abraço
A partir deste momento, penso que muitos vão começar a dar erros ortográficos.
ResponderEliminarVão ser erros atrás de erros....
Resto de bom dia.
Ainda que em desacordo com o citado acordo, acredito que esta nossa resistência inicial vai acabar por ser ultrapassada. Em situações análogas anteriores deixámos caír, por exemplo, o acento grave dos advérbios de modo e hoje já não há quem os use; depois, há ainda quem dê uma ajuda a filhos e netos nas suas obrigações escolares... Então, é só uma questão de dar tempo ao tempo e acabaremos todos por escrever terno em vez de fato, ainda que o dito cujo só tenha duas peças - não será antes um duque?
ResponderEliminarSrª Dona Helena.Adoro seus post ,passo por ca de vez enquando ,e fico admirada com esta capacidade lindissima de ser e estar da senhora .Uma verdade sempre presente.Estou ca a alguns longos anos e somente agora a pouco tempo escrevo( com muitas dificuldades) o portugues de Portugal, e agora o que aprendi, tenho que desaprender.Não concordo nada com este novo acordo ortografico.Confesso que quando vi e comecei a ler alguns artigos que apareceram na imprensa, também me confundi,senti me uma burra.Faltava algo....o portugues que tanto me esforcei para aprender correctamente ,que não cheguei a perfeição..Mas que estava a me deliciar com as expressões , seus significados e sua linda gramatica .Que me sinto desiludida .Mesmo chateada.Em ter que voltar ao meu portugues do Brasil.....
ResponderEliminarLina
Eu também continuo a escrever como aprendi. A língua é feita pelo povo e está em constante mutação, mas um a mutação natural. Não imposta. Faz-me lembrar os transgénicos...
ResponderEliminarOlá Pessoal, muita calma nessa hora!
ResponderEliminarAdmiro muito a cultura portuguesa e indiscutivelmente a lingua "herdada" faz parte integrante e base para a nossa. Esse acordo na verdade, a"c"to de uma jogada política, visa a tentar unificar uma língua entre povos de etnias diferentes cujos laços já não existem mais. O Brasil teve a língua portuguesa imposta(não ensinada) pelos seus colonizadores de intuito extrativista, que só depois com a "vinda" da coroa portuguesa para cá em épocas napoleônicas, nos trouxeram investimentos culturais. A partir de então criou-se uma nova e totalmente diferente com influências de culturas escravizadas afro - americanas, dizimadas indígenas e outros povos que por aqui se estabeleceram como espanhóis, italianos,japoneses, holandeses e norte-americanos que ajudaram a construir nossa língua; nosso país. Amo e tenho orgulho da nossa língua portuguesa, pois em qualquer outra não conseguiríamos descrever nossos sentimentos, paisagens e amores com tanta maestria e emoção.
Aceito sua indignação, e também não concordo com a unificação e creio que o desuso nos fará esquecê-la em pouco tempo.
Mas nem tanto a Saramago, nem tanto a Machado de Assis.
Abbracci!
Bombas
ResponderEliminarDe facto o meu erro é de se ficar vidrado nele. Tem toda a razão, a moleirinha foi à vida.
Vou escrever "atrasado" cem vezes, para me redimir!
Atençao não julguem que fiz censura ao eliminar um comentário. É que o meu querido P.Rufino postou duas vezes o mesmo comentário. Eliminei a repetição!
ResponderEliminarOra bem
ResponderEliminarDo ponto de vista dos discensos promotores de debate...
De alguém vestido de bode expiatório que nos permita fazer catarse com assobios em esgares ou arremesso de tomates coração...
Eu concordo ...
E acho lógico...
Menos enigmático e menos insidioso
Mais democrático
Sensível à mudança e proximidade intercultural efetiva...
Mas compreendo
Normalizar os lutos começa na fase de negação...
Abraço
Isabel Seixas
Este espaço é mesmo interativo?!...
Ó Isabel Seixas então tem alguma dúvida da interactividade deste espaço?!
ResponderEliminarO acordo lá na Alemanha já foi implementado há uns bons quase vinte anos e eu continuo a escrever sem acordo. Porém, nem os alemães se meteram num acordo desta envergadura. Eles mantiveram a língua, nós... bem, nós não sei bem o que estamos a fazer. (que é basicamente o costume).
ResponderEliminarOh! Doutora Helena
ResponderEliminarClaro que não...
É só a minha dimensão espírito de contradição...Aquele prazer único feminino Algo provocador algo mórbido de meter o bedelho ... Sabe tão Bem...
Mas a Senhora quando Quer não dá luta.
Que Pena...
Pois Mas eu acho que o léxico é dinâmico... E francamente gosto mesmo até me rendo a alguns acordos, outros acho que podem coabitar e permanecer desacordos naturalmente sem esgrimir consensos de que são o que são desacordos...
Abraço
Isabel Seixas
Cara Isabel
ResponderEliminarDe fato quando a convição é grande fico um pouco estupefata. O coração pede ação, mas a razão, num ato de rebeldia, não permite aos que me leem descortiná-la. É que só creem no que veem quando me leem...
Então minha querida gostou deste meu batismo de português acordado?!
:))
Olá Srª Dr*Helena,
ResponderEliminarSinceramente ao ler o último parágrafo de resposta à D. Isabel parece tudo menos escrita na nossa Língua Mãe eu continuarei escrevendo como aprendi nos anos 50 e sempre fui
uma aluna que muito pouco erros dava ou nenhuns também tive uma Professora que muito contribuiu para que isso acontecesse.
O problema será quando ao fim do dia estiver a ajuda a minha Neta Inês nos TPC como a irei ajudar à nossa moda ou à moda de Lula.
As m/desculpas.
Um abraço
São
Não deixa de me fazer alguma confusão ler a escrita no "novo" português, embora, de uma maneira geral, concorde com o acordo.
ResponderEliminarSe a língua escrita - como muitos defendem - fosse estática, ainda estávamos a escrever como o D. Dinis nas suas cantigas de amigo e aquilo não tem jeito nenhum...ou então em latim.
Sou professora do 1.º ciclo e sei o que custa explicar aos garotos para que servem algumas letras que estão para ali e nem se lêem.
(eu digo sempre que a culpa é dos romanos!)
Cara Saltapocinhas, o problema é que só se ocuparam do acordo escrito. E para a linguagem oral é de "facto" no armário que se guardam os "fatos". Que fazemos neste caso?
ResponderEliminarAinda não me dediquei a "estudar" o acordo, embora até tenha para aí um livrinho sobre isso.
ResponderEliminarO que eu penso é que as consoantes que se lêem ficarão e só saem as mudas.
Exatamente...
ResponderEliminarFacto continua facto contra o qual não há argumentos...Ortográficos...
Fato continua a ser:
Saia/casaco/calça
Convicções mantêm-se...Confesso que
tendentes neste contexto para o acordo.
Obviamente que sou sensível e respeito quem está em desacordo.
Ou seja não me regozijo...
Isabel Seixas
Estou totalmente contra o acordo ortográfico. Aliás, já assinei uma petição nesse sentido.
ResponderEliminarTenho 65 anos de idade, e desde os bancos de escola que aprendi a escrever » acto, facto, estupefacto, etc etc. Continuarei a escrever da mesma forma.
António Carvalho