quarta-feira, 31 de março de 2010

A propósito de saltos...

A propósito de sapatos de salto altíssimo lembrei-me de Rachida Dati, que foi Ministra da Justiça da França no governo Sarkozy, cuja imagem de marca eram os seus elevadíssimos tacões e também as justíssimas calças de cabedal preto, com as quais ia trabalhar sem qualquer complexo, carregando a função de uma elevadíssima taxa de sensualidade.
Claro que o facto de ter motorista às ordens, a depositá-la à porta dos locais para onde se dirigia, lhe terá facilitado o uso dos ditos saltos. E também o facto de, em Paris, não haver a lindíssima calçada portuguesa, que tanto favorece os sapateiros de vão de escada e prejudica a Segurança Social, com as sinistradas que para lá envia...
Rachida, filha de um marroquino e de uma argelina analfabetos, foi a primeira mulher de ascendência árabe a ocupar um posto ministerial chave no conselho de ministros daquele país. E também terá sido a primeira mãe solteira naquelas condições.
De facto, aos 41 anos, Dati, a segunda de doze irmãos, resolveu ter uma criança e não revelar quem era o pai. O que deu origem a especulações de paternidade, que foram de Aznar ao próprio Sarkozy.
Figura polémica, de quem se diz Carla Bruni não ter grande simpatia, acabou por ser afastada em condições pouco claras e, hoje, com quarenta e quatro anos e uma filha de pouco mais de um ano, é membro do Parlamento Europeu e governa o Sétimo distrito de Paris.
Embora tenha trabalhado desde os dezasseis anos para ajudar a família, onde até há um irmão traficante de droga, com condenação judicial, a verdade é que o seu currículo profissional não foi suficiente para conservar a sua pasta, quando esta foi posta em causa.
Se houve, ou não, razões válidas para a afastar, só ela e Sarkozy saberão. E talvez, quem sabe, Carla Bruni. Mas que o facto de ser mulher não a ajudou, isso parece evidente...

HSC

6 comentários:

  1. A sensualidade dela tão em evidência, seria um perigo para a Carla...

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  2. Cara Helena: vou subir dos sapatos para a cabeça e por uma razão muito simples. Hoje lembrei-me, enquanto andava a palmilhar Lisboa, da expressão francesa: "Chaussures à semelles compensées"! Plataformas é tão evidente como Platform Shoes, mas "compensadas"..., não me diga que não tem graça! Eu sei que a Helena conhece a expressão, mas eu lembrei-me dela hoje...

    Subamos. Rachida é uma mulher bonita, elegante e, "compensada" ou não, merece muita admiração. Discreta no seu silêncio, deu uma lição de carácter "maghrébin" a muitas europeias e europeus. Quanto ao facto de ser por ela ser uma mulher, isso é que não sei, não sei, de verdade, sei que é uma Pessoa, qualificação que muita gente, como a Helena sabe, só merece do ponto de vista teo/antropológico! Cáustico, realista, não sei! Abreijo do Raúl.

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  3. Cara Helena,

    As razões do afastamento de Mme. Dati são conhecidas: uma contestação muito forte da parte dos magistrados, dúvidas sobre a sua formação académica, um carácter difícil que provocou tensão no ministério. As histórias de sapatos e jóias alimentaram as revistas mas não foram esses os principais motivos.

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  4. DL
    Como calcula eu sei que não terão sido os saltos - dos sapatos, entenda-se - que a afastaram do poder. Mas conhecendo o seu percurso, não estou tão segura como o DL que tenham sido "só" essas as razões. A política é um terreno pantanoso onde se passa com muita facilidade de estrela ao total anonimato. Desde que seja conveniente a quem manda.
    As dúvidas e os motivos que refere também são válidos para o Parlamento Europeu e para a mairie do VII éme. E ela continua em ambos!
    CM
    Não pretendendo fazer comentário cor de rosa sempre lhe digo, como na mina terra, que "cautelas e caldos de galinha nunca fizeram mal a ninguém"...

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  5. Parlamento Europeu é o Parlamento Europeu e o VIIème, bon ben...é o VIIème, não pode ser melhor! Raúl.

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  6. Coitada da Rachida Dati que alguém anda a tentar partir-lhe os saltos...

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