Basicamente refere que "as grandes inteligências espanholas estão na Universidade, nas empresas, no jornalismo, na investigação científica, nos gabinetes dos advogados, nos hospitais, nas profissões liberais... não na política. As pessoas de valor ficam no seu próprio meio. A res publica não lhes interessa, mesmo que por vezes digam o contrário. À política, salvo excepções, dedicam-se as segundas e terceiras filas da vida espanhola. Aqui não se verifica o mesmo que na Inglaterra ou nos Estados Unidos onde as famílias se esforçam por encaminhar para a res publica os indivíduos mais capazes".
E conta, ainda, que um gande jornalista lhe terá dito que não quereria ter, nem como auxiliares de redação, a maioria dos actuais ministros de Zapatero...
Quando li este excerto pensei que estavam a fazer um retrato de Portugal. A mediocridade pessoal de uma boa parte dos políticos nacionais é, de facto, insondável. Os que não têm profissão nem lucros, quando saem da actividade pública não têm onde cair mortos.
Talvez esta seja uma explicação para uma parte da corrupção de que, entre nós, tanto se fala. É que para compreender um fenómeno é sempre necessário descobrir-lhe as suas causas...
HSC
Que grande Post, Helena! Eh, eh!
ResponderEliminarRealmente...E aquilo que se diz no El Mundo bem se podia aplicar por cá, julgo eu, na minha profunda ignorância do que aqui se passa. Há por cá muita qualidade, só que...noutros Lugares. Porque será? Interrogo-me!
P.Rufino
Hear Hear!
ResponderEliminarP. Rufino
ResponderEliminarJustamente, por causa da fama que a política tem.
Já aqui o tenho dito, a grande mágoa que tenho na vida - ia ousar dizer a única, mas a perda de pais é maior - é a de ter os meus filhos na política.
Porque, mesmo sendo pessoas que já provaram noutras profissões, que sempre trabalharam, não se livram de rumores, boatos, insídias.
É preciso gostar-se muito do que se faz para aguentar tal tipo de calúnias.
Eu sofro imenso por uma opção que, como calcula, só posso lamentar!Mas que infelizmente, não pude nem posso impedir.
Cara Helena,
ResponderEliminarCompreendo o seu comentário. E, nesse sentido, para sermos justos, não se deve, nem se pode, generalisar. Os "casos" que refere são dois bons exemplos, no meio político. Estão, claramente, acima da média, da vulgaridade actual. E há outros mais, mas, infelizmente, em minoria. Estivessem em maioria e vingasse a ponderação, princípios e valores que vão escasseando, e a preocupação pela "res publica", bem como pelo interesse social e estaríamos bem melhor.
Platão dizia que "a Humanidade só poderia prosperar quando os filósofos se tornassem dirigentes e os dirigentes filósofos". Nos dias de hoje, por cá, esperemos que as tais "grandes inteligências" de que fala o El Mundo cheguem à Política e que os políticos aprendam, uma vez fora do Poder, a ser inteligentes (e mais humildes e ponderados). Não me parece que seja pedir muito.
P.Rufino
O mais lindo é serem de polos opostos. Sério..., isso é fascinante. :) E o mais incrível é que são 'gostados' transversalmente. São compreendidos e respeitados, embora um seja 'verde' e o outro 'encarnado'. eu creio, até, que existe uma ampla ternura face a essa particularidade 'dos Portas'.
ResponderEliminarE há, sem sombra de dúvida, um carinho todo especial por essa excepcional Mãe que aguenta com tanta peripécia desde o berço. Ou antes. Aliás, já sei que desde antes!!
:)
Dedicações assim à causa pública, sob tantas formas e desfios, por mais que esbracejem, nunca caem na banalidade.
Concorde-se, discorde-se ou assim-assim, reconhece-se dedicação e honra.
Quantos podem reclamar semelhante coroa?
Querida Helena,mais uma vez concordo consigo 100%!Sem mais demoras quero só dizer-lhe que vi a intervenção das "donzelas"como sempre o faço todas as 2as.feiras no programa "Vida Nova" e novamente foi um momento de eleição!Como eu me rio consigo...por muito maldisposta que eu esteja, a Helena tem a capacidade de melhorar o meu dia,além de ja me ter ensinado muita coisa!como sua seguidora que sou permita-me que lhe diga que cada vez gosto mais de si!recorda-se que um dia lhe disse que a Helena me faz lembrar muito a minha Mãe?Pois é,talvez aí esteja a explicação para tão grande empatia!!!mtos bjinhos
ResponderEliminarPercebo as suas mágoas, Helena, como percebo que nada pode fazer quanto ao facto das escolhas dos seus filhos. Poderia ter tentado, como Mãe, mas creio que assim os respeitou mais na sua Liberdade.
ResponderEliminarSendo de Filosofia e um grande admirador dos pré-socrárticos e de Platão, P. Rufino, concordo em absoluto consigo. Platão foi três vezes a Siracusa para tentar, a convite do Rei Diónisos, pôr em prática a sua República. Fracassou. É uma constante da Humanidade, infelizmente: os "greedy" impediram que os Filósofos governassem... então e os lucros ilícitos? Parece-me que já disse o suficiente.
Raúl.
Obrigada Florbela pelas suas palavras!
ResponderEliminarSomos um grupo de trabalho da escola Secundaria de Tomaz Pelayo, em Santo Tirso, e no ambito da disciplina de história, estamos a realizar um trabalho sobre a evolução da condição da mulher, desde o periodo da 1ª republica.
ResponderEliminarComo é uma das grandes figuras femininas da nossa época, gostariamos de lhe puder fazer uma entrevista. Seria óptimo puder realizá-la pessoalmente, contudo, se não for possível, por e-mail já seria muito útil.
Agradeciamos que nos respondesse, via e-mail, para ac.alves@hotmail.com
Os melhores cumprimentos Ana Carolina, Joana, Sara e Susana.
Ah...!Ah...!Ah...!
ResponderEliminarSerá possível, será verdade!?
Alto, caí mim: são alunas... Fair enough! They mean well. Raúl.
P.S. Hoje gosto de Lisboa e não é para magoar ninguém; é porque está silenciosa.