quarta-feira, 4 de novembro de 2009

O eterno problema

O estado das finanças públicas foi, desde Salazar, um problema de delicada abordagem. E, claro, o defice, outro tanto. Temas quase tabús.
A Comissão Europeia deu uma forte bolada nas nossas perspectivas, ao revelar, ontém, que havemos de sair da crise. Mas apenas lá para 2011. Todavia, com o endividamento que temos - mais de 90% do PIB -, o desemprego que temos - mais de 9% -, e o défice que tranquilamente temos - próximo dos 9% -, quem é que acredita que sairemos? Donde? Do quê?
Já aqui disse que 2010 vai ser o nosso ano mais duro. Mas é em 2011 que vamos começar a pagar uma factura muito alta.
E ninguém parece verdadeiramente interessado em rever posições. O governo apresenta um programa igual ao que já tinha em maioria absoluta. Perdeu-a. Fez alguma alteração? Não. Espera o quê? Que a oposição apoie o mártir? Porquê? Pelo amor à pátria? Mas acaso governo e oposição têm o mesmo conceito de pátria? É que, o mesmo modelo, não têm com certeza.
Eu, ignara cidadã, estou alarmada. Em muitos anos de economista já me não recordava do que "era crescer com base no endividamento". Lembrei-me agora. Claro, que associado, também me veio à memória, o tempo em que o FMI por aqui andava e mandava...
Porque terá sido?

H.S.C

3 comentários:

  1. Sem querer ser alarmista, o futuro não augura nada de bom.
    E que o FMI faz falta, isso faz!

    Abraço.

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  2. preocupante, sem duvida ... a sustentabilidade a muito curto prazo é , reconhecidamente, algo que não teremos
    muito duro reconhecer ...

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  3. É Querida Amiga... tão eterno que se transformou num buraco negro!
    E queriam os do CERNE, "criar" a antimatéria... está bem aqui ao nosso lado. :))

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