Ouvi o Presidente da República e ouvi o Primeiro Ministro. E li, hoje, como costumo, a crónica de Constança Cunha e Sá. E, confesso - já vai sendo hábito - não percebi muito bem o que se vai passar em matéria de convivência.
Cavaco, face à situação do país, chama particular atenção para o desemprego e o endividamente externo, salientando que quer um quer outro, impõem o aumento da produção de bens transacionáveis e o reforço da competetividade. E termina afirmando: "nunca faltei à palavra dada e aos compromissos em público ou em privado". Não deixa, também, de acentuar que não se afastará um milímetro do compromisso que assumiu perante os portugueses.
Socrates, por seu lado, enfatiza a legitimidade do seu governo e define três prioridades, a saber: combater a crise, modernizar a economia, desenvolver a justiça social. E finaliza dizendo que pretende servir a República, os portugueses e a pátria.
Preferia que a ordem fosse outra, mas quem sou eu, para preferir alguma coisa?!
Claro que ambos os oradores referem algo a que chamo de "lealdade institucional", embora não esteja pessoalmente segura de que qualquer dos responsáveis máximos da ditosa pátria entenda o conceito da mesma forma...
Esclareço: se o PR se quer recandidatar, não vai perder nem mais um centímetro da sua autoridade, que já foi ameaçada com dois ou três episódios passados. Pelo contrário, vai fazer tudo para a reforçar. O que, do meu ponto de vista, significa que se o XVIII governo se quer manter em funções - dadas as limitações que a próxima eleição presidencial impõe -, vai ter de tomar muita cautela e comer bastantes caldos de galinha. Que, como se sabe, se não curam, também não fazem mal a ninguém!
H.S.C
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