Rumei ao frigorífico para me retemperar da intempérie. Comi tudo o que não devia e me faz mal. Pronto, paciência. Mas acalmei.
Pus-me, de imediato, pronta para a indispensável terapia: Bach e arrumações. O primeiro bem alto. As segundas bem baixas, porque me atirei a tudo quanto eram armários e gavetas junto ao solo.
Decorrida uma hora, terminada a peça musical, voltei-me para o Coltrane e para um passado amontoado em pastas de documentos. Foi-se o divórcio - ufa! que demorei -, foi-se a empresa que já tinha fechado há dez anos, foram-se umas cartas, enfim, foi-se um bocado, desnecessário, de mim! E com tudo isto haviam voado perto de três horas. No lixo estavam três sacos cheios. Confesso que me sinto, desde ontém, mais aliviada...
Acontece a todos. Mas comigo é mais em campanhas eleitorais. Com as duas que se avizinham, talvez deixe, mesmo, de existir!
H.S.C
Quem me dera ser assim...eu fico-me pelo frigorifico!!!
ResponderEliminarUm abraço.
Compreende-se....Não deve ser nada fácil para uma Mãe....
ResponderEliminarCumprimentos e ...muito Bach!
;o)
mhmalhoa
Minha querida Milady, que é uma heroína!...
ResponderEliminarSempre que os vejo lembro-me de si. Sempre. 'Como se sentirá?'; 'Que mal aquilo lhe fará?' e outras interrogações do género...
Como deve viver angustiada, às vezes!...
Esse duro lado da exposição ao mundo compensará as alegrias que tal também proporciona?... Não sei...
E isso vai ser especialmente duro até final do ano!...
A reacção que descreve é que é completamente distinta da que seria a minha; eu cá fechava tudo e hibernava! Nem um pio, nem uma luz! Muito menos arrumar gavetas (até me dói, detesto isso!...), pelo que acumulo memórias até à escola primária...
Dupla heroína, pois!
Xi-coração - estamos consigo!
Adorava encontrar ânimo para fazer as arrumações que também preciso. Coloco Bach a tocar e ou fico perdida a olhar para um quadro,para uma flor, para o vazio ou agarro num livro e esqueço que existe mundo para além do espaço em que me encontro.
ResponderEliminarCara Helena, bons gostos esses do Barroco Bach (em Harpa é maravilhoso de se ouvir!) e do J.Coltrane. Mas isso de arrumar tem riscos. Aqui há uns tempos deitei fora o que não quis e foi uma grande maçada! Também sou um pouco distraído e é o Diabo!
ResponderEliminarP.Rufino
Confesso que estou um pouco como a Margarida: sempre que "os vejo" lembro-me de si. Sao duas fortes razões para sentir orgulho em ser mãe! Cordialíssimo abraço!
ResponderEliminarP.Rufino
Concordo em absoluto com a terapia de deitar fora! Faço isso de vez em quando! Deito fora bocadinhos do passado com a esperança de que a memória fique agarrada aos papéis rasgados.
ResponderEliminarVejamos a coisa pelo lado positivo: esta mãe não se pode queixar de não saber por onde andam os filhos durante o dia :-) é só ligar a televisão!!! Eu vejo-me grega para saber por onde andam os meus... :):)bjs IF
ResponderEliminardas terapias
ResponderEliminar