Nuns dias são abusos sexuais, noutros abusos de filhos relativamente aos pais ou as diversas formas de que se reveste a violência doméstica, noutros os ordenados chorudos dos gestores - hoje Fernando Gomes e equipa a ganharem 1817 euros por dia - noutros, ainda, os lamentáveis dados do INE sobre o estado da economia. Abstenho-me, por posicionamento pessoal, de mencionar os relatos de vida privada, que não interessando senão aos próprios, acabam por interessar a todo o mundo.
O tempo que se perde com este género de informação faz mal aos portugueses e dá uma triste imagem de Portugal. Eu sei que a palavra de ordem da família política que nos comanda é a "transparência". A qual, pelos vistos e face às reacções a que assisto, ou é demais ou de menos, não sei.
Percebo a intenção, quando aplicada aos actos administrativos de quem elegemos para nos representar. Percebo, até, que ela se estenda aos que escolhem militar na política.
Mas não entendo o vasculhar doentio do que apelido de assuntos de alcova. Quando estes se apoderam da vida do país, o único recurso admissível são os tribunais.
A mim, particularmente, não me interessam absolutamente nada. Mais, não quero, sequer, saber que forma revestem.
H.S.C
Talvez uma das razões da proliferação dos blogues. Ou do alheamento generalizado pela imprensa. Ou, ainda, a saudade de tempos idos, em que jornalismo era sinónimo de tantas coisa positiva. Sã.
ResponderEliminarO mal é de quem publica ou de quem consome?
E onde se inicia a razão de cada uma destas razões?
A falha geral parece-me sempre a mesma: educação e cultura. A falta delas, quero dizer.
Depois, soma-se e segue outros trilhos mais infectos, outras desinências e vilanias.
As pessoas, parece, nutrem um certo gosto pelo esgoto.
Desvios.
Vários, poderosos e crescentes.