Não gosto de jantares encomendados, jantares de "parecer bem", jantares ditos sociais, enfim, jantares de retribuição, em que tudo é comprado e o menu se repete à mesma velocidade com que desaparecem aquelas que antes os manipulavam.
Ficaram-me de criança e da minha avó Joana, tais prazeres. Foi com ela que aprendi quase tudo o que permite este convívio caloroso. Tive muita sorte e tenho consciência disso.
À sua mesa e, posteriormente, à mesa dos meus sogros - os melhores do mundo - a norma era uma refeição com muita gente e uma mesa sempre posta. As festas, a caça, as efemérides familiares era assim que as viviamos. E, quando nada havia a celebrar... nunca deixámos de arranjar motivos que justificassem tão alegres repastos.
Ontem fiquei horas na cozinha. A preparar o cabrito e a ouvir a Paixão segundo S. Mateus. Deitei-me de bem com a vida. Talvez por gostar tanto desta aleluia que está para chegar!
H.S.C
acabei de fazer uma tarte de maçã :-) ando a meter-me pela cozinha adentro, a aprender, a misturar, a saborear, ensaios e provas, de que tenho gostado! vou fazendo e divertindo-me :-)
ResponderEliminar(e obrigado pelos comentários à luz, sorrisos, às palavras, às vezes chamo-lhes sons, obrigado, sabem bem :-)
Também gosto muito de cozinhar e em especial para a família e gosto de passar por aqui, hoje especialmente para lhe desejar uma excelente Páscoa.
ResponderEliminarE eu às vezes guio-me por uma «agenda de sabores»,
ResponderEliminartão saborosa, como estas linhas :)
Tão lindo, este singelo relato pejadinho de riquezas...
ResponderEliminarMarejaram-se-me os olhos e senti, a par de uma pequeníssima inveja por essas mesas tão rodeadas de convivas, uma alegria por 'visualizar' esse calor e, de alguma forma, o partilhar...
Família minimal e dispersa, sonhos aguados pelos anos estéreis, realidades tão distintas.
Assim, a Páscoa encheu-se de aromas e de risos, e de vozes, tanto do passado como do futuro...
Adoçou-ma, Milady.
Creia...