As celebrações do género feminino, como, aliás, a imposição das quotas respectivas, estão longe de me causarem qualquer espécie de gáudio. Sempre gostei de ser mulher e de ser diferente do homem.
Sei, é evidente, que muito daquilo de que hoje disfruto, em termos de liberdade pessoal, se ficou a dever ao esforço de muitas irmãs antes de mim. Mas também reconheço que uma parte das dificuldades que enfrentámos, se terá ficado a dever ao tipo de educação que ministrámos aos nossos filhos.
Ao longo da história, as mães sempre detiveram o poder de fazer dos seus filhos os homens e as mulheres de amanhã. É, afinal, nessa atribuição que reside a nossa principal força. Que, diga-se, está longe de ser pequena!
Se a mensagem que passarmos aos descendentes for a de uma sociedade inevitavelmente feita por ambos os sexos, com tudo o que isso implica de igualdade de oportunidades e respeito pela diferença, nem as quotas obrigatórias são necessárias, nem o 8 de Março representa mais do que um mero símbolo do passado.
Sei do que falo. Criei dois filhos homens. Tenho dois netos rapazes. Em nenhuma ocasião terei permitido que algum deles me olhasse senão como uma igual ao pai ou ao avô. E não creio ter feito nada de especial. Só nunca consenti ser vista como alguém dum género menor.
H.S.C
Exactamente! Um símbolo do passado, é exactamente o que eu acho destas comemorações. Já fizeram o seu trabalho, agora fazem-no ao contrário.
ResponderEliminarBjs.
Exacto. Não me ofende a existência deste dia, nem me sinto "protegida" ou indefesa por haver um dia da mulher. É um símbolo da evolução conquistada pelas mulheres que, efectivamente, fizeram a diferença, ao lutar pela igualdade de oportunidades.
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