O cheiro do café tem algo de mágico. Ele acorda a casa, antes
mesmo que os olhos se abram. Espalha-se pelos quartos como um anúncio
silencioso de que o dia começou. É aroma de aconchego, de lembrança, de rotina
com afeto. Há quem diga que o café só é bom mesmo quente e forte — mas, para
muitos, o verdadeiro prazer está no cheiro que vem antes do primeiro gole.
Esse cheiro tem memória. Lembra manhãs na casa da avó, a
chaleira apitando no fogão e o coador de pano pendurado como se fosse parte da
decoração. Lembra conversas de domingo, tardes de chuva, pausas no trabalho,
reencontros e despedidas. Lembra silêncio e companhia. É como se cada pessoa
tivesse o seu próprio café, guardado na memória — com um aroma que não se
esquece.
O cheiro do café tem o poder de confortar e de recomeçar. É
convite e promessa. Promessa de que o dia pode ser melhor, de que há tempo para
um respiro e de que entre um gole e outro, há espaço para viver.
Café é tudo de bom, né?
ResponderEliminarBoa semana, Helena.
E lembra longas noites de estudo com os amigos.
ResponderEliminarCafé e pão caseiro quentinho acabado de fazer pela mãe de um dos convivas que passavam as noites a estudar.
Verdade! Tenho uma destas máquinas de cápsulas( para as netas),mas o café na cafeteira italiana ou coado, tem tudo o que a Sr.D.Helena descreve.Tao bom.
ResponderEliminarQue bonito texto, Helena. E tão verdadeiro. Há de facto, cheiros e sons que nos marcam, que nos levam a outros tempos, que nos aconchegam...
ResponderEliminarBeijinho