Há algo de intemporal nos sorrisos e nas memórias. Enquanto o
tempo passa, enquanto os rostos mudam e os cabelos ficam prateados, há momentos
que permanecem intactos dentro de nós, como se o calendário nunca os tivesse
tocado.
Um sorriso capturado numa fotografia ou guardado na lembrança
não carrega rugas. Ele não perde o brilho, não fica opaco. Ele é a essência de
um instante, uma alegria pura, um afeto sincero, uma emoção que transcendeu as
limitações do tempo.
As memórias, por sua vez, têm o poder de nos transportar.
Basta um cheiro, uma música, ou uma palavra, e lá estamos nós, revivendo um
momento que parecia esquecido. Não importa quanto tempo tenha passado, o
coração sabe reconhecer aquilo que foi verdadeiro.
Sorrisos e memórias são o antídoto contra o efémero. São como
âncoras que nos mantêm conectados ao que importa, mesmo quando o mundo insiste
em avançar sem pausa. Eles são lembranças de que vivemos, amamos e fomos
amados.
Então, cuide das suas memórias. Deixe que os sorrisos sejam
eternos. Porque, no fim, são essas relíquias do coração que nos tornam
imortais.
( A propósito de um texto de Alda Prado com o mesmo nome )
OLHOS NOS
OLHOS uma estrela nos Top.
Disponível nas livrarias e hipermercados.
De volta um mês (terrível) depois.
ResponderEliminarEspero que o seu Pai tenha melhorado com a sua presença e que tenha regressado mais tranquilo!
ResponderEliminarPerdi o meu pai.
ResponderEliminarSem surpresa, sem dramas.
Tive a oportunidade de conviver com ele nos seus últimos dias, de o mimar como ele merecia.
O espalha brasas cansou-se de lutar contra o maldito cancro.
Agora as cinzas dele repousam no jardim de casa onde irão nascer duas roseiras.
O meu abraço de condolências. Fez bem em amenizar os seus últimos dias. As cinzas do Miguel foram lançadas na Praia das Maçãs. Mas se eu tivesse um bocadinho de terra, era nela que as plantaria!
ResponderEliminarO meu pai adorava aquela casa e aquele jardim.
ResponderEliminarEra lá que tinha que repousar.
Levá-lo aos Cuidados Paliativos, onde ambos sabíamos ia morrer (fomos a ouvir fado de Coimbra, que ele adorava, pelo caminho) e reconhecer e beijar o cadáver dele, foram os momentos mais difíceis da minha vida.