Hoje, relembro aqueles que amei e já perdi: os avós, os pais e um filho. A perda deles transformaria muito a minha vida, sobretudo a do último. Devo-lhes o que sou como ser humano, através do legado que, todos e cada um, me deixaram.
Neste dia, o silêncio parece ganhar uma presença, uma companhia que nos conduz para o encontro íntimo com as lembranças dos que já se foram. Não é uma data de celebração, mas de um reencontro calado com a saudade. É um dia em que se revive o abraço, o olhar e as conversas que ficaram gravadas na nossa memória e que, de alguma forma, continuam a ecoar dentro de nós.
E se visitarmos o cemitério, sentimos o peso da ausência e, ao mesmo tempo, a leveza das lembranças. Cada lápide conta histórias que nunca serão esquecidas, cada flor deixada é um tributo de amor, um pequeno gesto que eterniza aqueles que um dia compartilharam o mesmo mundo que nós. Mas para além das lápides, o Dia de Finados também acontece nos pequenos detalhes da nossa rotina, em cada memória que se acende e se faz presente, seja numa foto amarelada, num cheiro familiar ou numa música antiga que volta a tocar.
Este dia lembra-nos de como cada pessoa que passou na nossa vida deixou marcas profundas, como se tivessem esculpido com cuidado o nosso próprio ser. Mesmo que a saudade às vezes doa, ela também ilumina o quanto esses momentos e essas pessoas foram e sempre serão especiais.
Assim, nesta data permitimo-nos sentir tudo: a saudade que aperta, o amor que aquece, e a gratidão por termos compartilhado um pedaço de nossa caminhada com esses amores que se tornaram eternos.
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Dez anos depois muito tenho lido e aprendido. Aqui, neste exemplarmente vertical Fio de Prumo.
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