O indefeso coração é como uma flor frágil no campo vasto da existência,
sujeito aos ventos imprevisíveis da vida. Cada batida é um testemunho da sua
vulnerabilidade e, ao mesmo tempo, da sua resiliência. No seu pulsar
incessante, ele guarda os segredos mais profundos, as esperanças mais íntimas e
as dores mais agudas.
Esse coração, muitas vezes exposto e desprotegido, é um baú de sentimentos
puros e intensos. Ele é a origem dos amores mais arrebatadores e das tristezas
mais profundas. O seu compasso, por vezes irregular, revela a batalha constante
entre o medo e a coragem, entre a dúvida e a fé.
Quando o indefeso coração se abre, ele se entrega por completo, despido de
defesas, esperando apenas ser acolhido. É nessa entrega que reside sua maior
beleza e seu maior risco, pois a mesma abertura que permite o amor também
permite a dor. No entanto, é justamente essa capacidade de sentir profundamente,
que faz dele a essência da humanidade.
Em cada descompasso, o coração aprende a se refazer, a se reconstruir das
ruínas das desilusões e a florescer novamente, como uma fênix que renasce das
cinzas. Sua fragilidade é também a sua força, pois, apesar das adversidades,
ele insiste em pulsar, em amar, em esperar.
O indefeso coração é um eterno sonhador, que acredita na bondade, na beleza
e na possibilidade de um amor verdadeiro. Ele é um guardião de sonhos, mesmo
quando as cicatrizes lhe lembram as batalhas perdidas. Ele é a prova viva de
que, apesar de todas as quedas, a capacidade de amar é o que nos torna
verdadeiramente humanos.
E assim, esse coração segue sua jornada, um batimento de cada vez, sempre esperançoso, sempre vulnerável, sempre disposto a amar novamente. Porque, no fim das contas, é na sua fragilidade que reside sua maior força e a razão de sua existência.
Se é para entregar, é para entregar sem defesas.
ResponderEliminarCom defesas não tem piada nenhuma.