Espero que estas palavras te encontrem em
paz. É com um misto de arrependimento e esperança que te escrevo esta carta,
depois de tantos anos de silêncio. Faz trinta anos que deixei a tua vida de
forma abrupta e inexplicável, e tenho carregado o peso dessa decisão comigo,
desde então. Hoje, volto para pedir o teu perdão, sabendo que as palavras
talvez nunca sejam suficientes para reparar a dor que te causei.
Há três décadas, eu era uma pessoa absorvida
pelo trabalho e pelo sucesso, incapaz de lidar com os desafios que a vida me
impunha. Naquela época, perante as tentações, pensei que a única solução era
partir, acreditando erroneamente que a minha ausência seria menos dolorosa do
que minha presença fragmentada. Fui covarde, e ao fugir, deixei-te com feridas
profundas que sei que cicatrizaram de maneira difícil e dolorosa.
O tempo passou, e com ele veio a sabedoria
que me faltava. Entendi que a fuga não resolve problemas, só os agrava, e que
as pessoas que nos amam merecem mais do que a nossa ausência inexplicada. O meu
coração pesa com o arrependimento por não ter sido forte o suficiente para
enfrentar os desafios ao teu lado.
Sei que pedir perdão agora, depois de tanto
tempo, é uma tarefa árdua. Não espero que esta carta apague as mágoas do
passado, mas espero que ela seja um primeiro passo para uma possível
reconciliação. A vida ensinou-me a valorizar as pessoas e os momentos, e
gostaria de ter a oportunidade de te mostrar que mudei, que aprendi com os meus
erros e que desejo reparar, tanto quanto possível, o mal que causei.
Quero que saibas que sempre te carreguei no
coração, mesmo nos momentos mais sombrios da minha jornada. O que fiz não tem
justificação, mas gostaria de abrir um diálogo, se a ele estiveres disposta,
para que possamos encontrar um caminho de paz e compreensão.
Peço humildemente o teu perdão, na esperança de que possamos, de alguma forma, reconstruir uma ponte que foi destruída há tantos anos. Estou à tua disposição para te ouvir, para aceitar a tua raiva e tristeza, e para te oferecer, se permitires, a minha sinceridade e mágoa.
Espero que o destinatário receba a missiva, leia e compreenda.
ResponderEliminarQuerida Helena
ResponderEliminarEu perdoo tudo ao Paulo.
Ele não me levava a sério.
Achou me muito nova, mas não é assim tanta diferença de idade
Ele tem me feito muito bem, eu reconheço e por isso, ainda gosto mais dele.
Fátima
ResponderEliminarCara Fátima
Amores infelizes não é a minha especialidade. Deixe de pensar no Paulo e vá em busca do verdadeiro amor!