sexta-feira, 8 de março de 2024

ESTRADA SEM FIM

Era uma vez um homem chamado Daniel, que vivia numa pequena cidade cercada por campos de trigo dourados. Daniel sentiu-se sempre como se estivesse enclausurado ali, como se as paredes invisíveis da cidade o sufocassem lentamente. Ele olhava para o horizonte distante todas as manhãs, desejando escapar, mas nunca teve a coragem de fazê-lo.

Um dia, uma reviravolta do destino mudou tudo. Daniel descobriu uma carta antiga na sua caixa de correio, que lhe endereçada por um parente distante. A carta revelava um segredo de família, há muito tempo esquecido. Um tesouro escondido numa cidade do outro lado do país, e que lhe era desconhecida.

Aquela carta foi o impulso que Daniel precisava para fugir da monotonia da sua vida. Embalou algumas roupas, pegou o pouco de dinheiro que tinha economizado e partiu, silenciosamente, na calada da noite, deixando para trás tudo o que lhe era familiar.

Durante a sua jornada, Daniel enfrentou desafios que nunca imaginara. Conheceu pessoas de diferentes origens e culturas, cada uma com a sua própria história de fuga. Aprendeu a confiar em estranhos e a confiar em si mesmo, enquanto percorria estradas empoeiradas e atravessava florestas escuras.

No caminho, Daniel descobriu mais do que o tesouro material que buscava. Ele descobriu a liberdade de ser quem era, longe das expectativas da sociedade e das amarras do passado. E descobriu a beleza da jornada em si, onde cada passo era uma conquista e cada desafio uma oportunidade para crescer.

Finalmente, após muitos dias de viagem, Daniel chegou à cidade onde o tesouro estava escondido. Mas, quando finalmente encontrou o baú enterrado, ele percebeu que o verdadeiro tesouro estava, o tempo todo, dentro dele: a coragem de fugir da vida que não o satisfazia e buscar a sua própria felicidade.

E assim, Daniel continuou a sua caminhada, sem olhar para trás. Ele sabia que a estrada nunca terminaria, mas isso não o assustava mais. Porque, agora, tinha aprendido o verdadeiro significado da fuga: não fugir de algo, mas sim correr em direção ao desconhecido, abraçando cada momento como uma oportunidade para viver plenamente.

1 comentário:

  1. Era uma vez um rapaz chamado Pedro.
    Que vivia perto de Coimbra.
    Triste, apagado.
    Um dia, porque os primos que viviam do outro lado do Mundo se divorciaram, foi desafiado a ir à aventura.
    Sem nunca imaginar o que o esperava.

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