O livre arbítrio é um conceito filosófico que se refere à capacidade de uma
pessoa tomar decisões independentes e de fazer escolhas livres, sem ser
determinada por fatores externos ou predestinação. Por outras palavras, é a
ideia de que os seres humanos têm a liberdade de escolher entre diferentes caminhos
de ação e que as suas decisões não são totalmente determinadas por influências
externas, como o destino, a natureza ou forças sobrenaturais.
O debate sobre o livre arbítrio tem sido, ao longo da história, uma questão
central na filosofia, na teologia e em várias outras áreas do pensamento
humano. Existem diferentes perspetivas sobre o livre arbítrio, e algumas delas
incluem:
Determinismo: Algumas
correntes filosóficas sustentam que o livre arbítrio é uma ilusão, argumentando
que todas as ações e escolhas humanas são determinadas por causas anteriores,
como causas naturais, genética ou experiências passadas. Nesse contexto, o
livre arbítrio seria apenas uma ilusão.
Compatibilismo: Outras
perspetivas argumentam que o livre arbítrio e o determinismo podem coexistir de
alguma forma. O compatibilismo sugere que, mesmo que nossas ações sejam
influenciadas por fatores deterministas, ainda podemos ter livre-arbítrio na
medida em que somos capazes de agir de acordo com nossas próprias vontades e
desejos, desde que não estejamos coagidos por forças externas.
Liberdade genuína: Alguns
filósofos e teólogos afirmam que os seres humanos têm a capacidade de fazer
escolhas verdadeiramente livres, independentemente das influências
deterministas. Essa visão sustenta que o livre arbítrio é uma característica
essencial da condição humana e é fundamental para a moralidade e a
responsabilidade pessoal.
O debate sobre o livre arbítrio é complexo e está longe de ser resolvido. A compreensão desse conceito varia entre diferentes tradições filosóficas e culturais, e as perspetivas sobre o livre arbítrio também podem estar relacionadas com crenças religiosas e científicas. Portanto, a conceção do livre-arbítrio pode variar significativamente de uma pessoa para outra.
ResponderEliminarMinha querida Helenamiga
Vieste, uma vez mais, agitar as águas, com a questão do livre-arbítrio. Fizeste-me recordar o meu orientador da minha tese de mestrado na Universidade de Cásper Líbero, São Paulo, Brasil, o jornalista e professor Anúplio da Costa Filho que, perante o tema adiantava a sua opinião, que muito mais tarde, curiosamente viria a ser adoptada pelo Google da Wikipédia. Rezava (e reza ainda) assim:
«Livre-arbítrio ou livre-alvedrio são expressões que denotam a vontade livre de escolha, as decisões livres. O livre-arbítrio é a capacidade de escolha autónoma realizada pela vontade humana. O livre-arbítrio também pode estar associado a uma crença religiosa que defende que a pessoa tem o poder de decidir as suas ações e pensamentos segundo o seu próprio desejo, crença e/ou valores da vida depois da morte.
A pessoa que faz uma escolha livre pode se basear numa análise relacionada ao meio ou não, e a escolha que é feita pelo agente pode resultar em ações para beneficiá-lo ou não. As ações resultantes das suas decisões são subordinadas somente à vontade consciente do agente.
A expressão livre-arbítrio costuma ter conotações objetivas, subjetivas ou paradoxais. No primeiro caso, as conotações indicam que a realização de uma ação (física ou mental) por um agente consciente não é completamente condicionada por factores antecedentes. Já no segundo caso, elas indicam o ponto de vista da percepção que o agente tem de que a acção originou-se na sua vontade. Tal percepção é chamada algumas vezes de "experiência da liberdade".»
Muito obrigado, querida Amiga pela oportunidade do teu texto.
Beijos & queijadas da Casa do Preto (Sintra)
Henrique
Acredito na liberdade genuína.
ResponderEliminarO destino, o determinismo, são muitas vezes utilizados apenas para desculpabilizar más decisões, escolhas erradas.
🌹
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