A vaidade é um conceito que
possui aspetos interessantes tanto do ponto de vista filosófico quanto
psicológico. Ela refere-se a um sentimento de orgulho excessivo em relação a si
mesmo, acompanhado, muitas vezes, pela preocupação exagerada com a aparência
física, status social, conquistas pessoais e reconhecimento dos outros. Tanto
na filosofia quanto na psicologia, a vaidade é frequentemente analisada pelos
seus efeitos e implicações nas ações e na vida das pessoas.
Na filosofia, a vaidade tem
sido frequentemente abordada relativamente a questões de ética, virtude e
valores. Muitas tradições filosóficas, como o estoicismo e o budismo,
consideram a vaidade como um obstáculo para a realização da sabedoria e da
virtude. Ela é vista como uma preocupação excessiva, com coisas superficiais e
passageiras, em detrimento do cultivo de qualidades mais nobres e duradouras.
O filósofo francês Blaise Pascal,
na sua obra “Pensamentos”, explorou a vaidade argumentando que a busca
constante por elogios e reconhecimento externo, é uma forma de distração, que
nos impede de enfrentar as questões mais profundas e significativas da vida. Considerou,
até, que a vaidade nos leva, frequentemente, a buscar a aprovação dos outros,
em vez de nos concentrarmos no nosso próprio crescimento moral e intelectual.
Do ponto de vista psicológico,
a vaidade é, muitas vezes, relacionada com questões de autoestima, autoimagem e
motivação. Algumas formas de vaidade podem ser saudáveis, quando impulsionam a
busca do autoaperfeiçoamento e realização pessoal. No entanto, quando a vaidade
se torna excessiva e dependente da validação externa, pode conduzir a problemas
psicológicos, como ansiedade, depressão e baixa autoestima.
A vaidade também está ligada à
necessidade de pertença e aceitação social. As pessoas podem se envolver em
comportamentos vaidosos para se destacar e ganhar reconhecimento, dentro de seu
grupo social, buscando a validação e aprovação de seus pares.
Em resumo, tanto filosoficamente como psicologicamente, a vaidade é um fenómeno complexo que envolve várias nuances e interpretações. Pode ser vista como uma expressão do ego humano, impulsionando tanto aspirações nobres, quanto comportamentos prejudiciais. O equilíbrio entre a busca saudável de realização pessoal / reconhecimento externo, e a consciencialização sobre os efeitos destrutivos da vaidade excessiva, são temas importantes quer na reflexão filosófica quer na compreensão psicológica desse fator humano. E fundamentais, se quisermos conhecer o nosso “eu” verdadeiro!
Querida Helenamiga
ResponderEliminarHá anos que aqui não vinha (porque o COVID mais a recaída da bipolar foram um verdadeiro pesadelo!) Mas, agora; que estou bastante melhor (da bipolar só ainda tenho tremuras; por isso uso bengalas) aqui estou para te dar conta de que concordo a 24.839 % contigo... Espero agora, passado o meu mau momento, vás visitar «A Nossa Travessa» e lá deixes um comentário, como eu o faço aqui.
Beijos 💋💋💋 & queijos da Serra
Henrique
Sorri ao ler o título.
ResponderEliminarPorque quando começámos a namorar, eu e a minha mulher, ouvimos uma colega dizer alto e bom som - "vão dar-se muito bem, são os dois muito vaidosos".
E somos.
🌹
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