segunda-feira, 7 de fevereiro de 2022

 Aqui fica a entrevista que concedi à revista Pontos de Vista

QUESTIONÁRIO DA REVISTA PONTOS DE VISTA

 1-Personalidade conhecida, a Helena Sacadura Cabral é um caso claro que sucesso e de credibilidade na praça pública, sendo uma Mulher que ao longo do seu trajeto foi sempre ultrapassando todos os desafios. Para os mais distraídos, quem é Helena Sacadura Cabral?

Uma pessoa normal, com as preocupações e as alegrias toda a gente. Mas que teve a sorte de tirar um curso superior, e de obter uma bolsa pelas altas classificações obtidas.

 2-Licenciada em Economia, ocupou diversas posições de liderança na Administração Pública, sendo ainda jornalista e escritora. De que forma é que avalia o seu percurso e quais são aqueles momentos que considera fundamentais para ter singrado como Mulher, Líder e Profissional?

Foi um caminho de muito trabalho e também de muita satisfação pessoal. Não distingo momentos especiais. Tudo o que fiz teve como base fundamental o trabalho e a ousadia de arriscar.

 3-Que análise perpetua do papel da Mulher no universo dos negócios e das empresas nos dias que correm? Sente que ainda temos um longo caminho a percorrer para que a igualdade seja cada vez mais uma realidade?

Há ainda um caminho a percorrer. Mas importa ter consciência da diferença que existe entre o meio laboral de hoje e aquele que existia quando comecei a trabalhar.

 4-É legítimo afirmar que as organizações portuguesas estão atrasadas e o papel da mulher na sociedade, em particular no mercado de trabalho, continua a pertencer a um grupo vulnerável? O que temos de fazer para inverter este paradigma?

Não sejamos exagerados. É claro que ainda é o homem que manda na área laboral. Mas as mulheres vão ocupando cada vez mais o seu lugar. Sobretudo, as instruídas, que hoje são em número superior aos homens. Para as outras, é que temos ainda de lutar e criar condições que permitam conciliar profissão e família.

 5-Ao longo da sua carreira e do seu trajeto, sentiu alguma vez que o facto de ser mulher funcionou como um obstáculo à sua progressão e crescimento? Como se deve lidar com tal panorama?

Nunca senti esse problema e trabalhei sempre em meios muito masculinos. Por isso, tenho alguma dificuldade em responder a essa questão.

 6-Muito se fala em igualdade, em diversidade do género e boas práticas de inclusão empresarial. Na sua opinião, temos levado cada um destes segmentos com a seriedade que merecem? Qual deverá ser o papel das Mulheres que pretendem chegar à Liderança de um qualquer projeto?

A inclusão por decreto, só resolve o problema estatístico. A forma de vencer essa batalha é, na minha opinião, ter orgulho em ser mulher e não querer ser igual ao homem. Mas exigir, sim, ser sempre respeitada como mulher, que tem iguais oportunidades.

 7-Acredita que existem diferenças entre as denominadas Lideranças Feminina e Masculina ou, do seu ponto de vista, a liderança positiva, inclusiva e credível não tem género?

Para mim a liderança positiva, inclusiva e credível, não tem nem género nem cor.

 8-Além de diversos blogues, é ainda autora de vários livros. Se tivesse de escolher só um, qual seria e porquê? O que lhe dá motivação e inspiração para escrever um livro?

O facto de ser uma economista que se interessa pelo mundo à sua volta e que continua a estudar para saber mais e melhor.

 9-O que podemos continuar a contar da sua parte para o futuro e que mensagem gostaria de deixar a todas as Mulheres que dia após dia lutam para chegarem mais longe?

Que não desanimem, porque o caminho faz-se caminhando!

NOTA 

A vermelho estão as minhas respostas. Resolvi publicar om questionário para que aqueles que me leem possam ficar a conhecer melhor o meu pensamento sobre algumas questões importantes do mundo em que vivemos. 

Helena Sacadura Cabral                                                                   21-1-22

2 comentários:

  1. Ainda temos a tendência de esquecer que não foi há muito tempo que se dizia que "o lugar da mulher é em casa a coser meias".
    Estou citar um mestre meu na Universidade na década de oitenta.
    E as mentalidades demoram muito tempo a mudar.
    Vamos fazendo o caminho.
    Mas ainda não estamos lá.
    Boa semana, Bom Ano do Tigre

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