Encontramo-nos numa época em que tudo apontaria para uma Leonor bem diferente daquela que depois viemos a conhecer. Era uma mulher muito bonita, casada com o bem sucedido Alberto Xavier - de quem conservou o nome - e fazia parte, no Brasil, de uma elite, cuja vida misturava muito bem a cultura e o bem estar.
Alguns anos passados, venho a encontrá-la, já em Portugal e bem diferente. Divorciada, mãe de filhos, muito interessada pela politica e pela cultura portuguesas. A vida dá muitas voltas e eu que era amiga do Antonio Alçada viria a conhecer, por seu intermédio, Raul Solnado, o companheiro de muitos anos da Leonor.
Mais tarde viria encontra-la de novo, na Capela do Rato, onde o então Padre Tolentino era amigo de ambas. Em todo este caminho de vida, rimo-nos e conversámos. Mas na ultima fase da sua vida, já o cancro que a vitimou, fazia estragos, tivemos, talvez, a mais importante conversa das nossas vidas comuns. Ela sabia o que tinha, o que podia esperar e eu soube, então, a importância e a forma que tomava a sua vida religiosa.
Morreu uma Mulher cuja existência podia ter sido o oposto daquela que foi. Felizmente para ela e para os seus amigos, a rota que escolheu foi a que lhe permitiu brilhar em vários campos da nossa cultura, ampliar a sua vida espiritual e ser uma congregadora de gente que. se não fosse ela, provavelmente nunca se teria encontrado.
Adeus Leonor. Um dia, voltaremos a conversar. Até lá descansa em paz!
Parou de sofrer. Que descanse em paz.
ResponderEliminarSim, um dia,(que desejo demore)irão
encontrar-se.
Os meus cumprimentos.
Irene Alves
Colaboradora do movimento Nós Somos Igreja que acompanho com regularidade.
ResponderEliminarQue repouse em paz.
🌷
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