Margarida Rebelo Pinto quando lançou, há já uns largos
anos, o seu primeiro livro, que causou algum "frisson" nas capelinhas
mais conservadoras da época. Porquê? Porque ela abordava, com alguma liberdade,
os problemas dos relacionamentos amorosos. Nova, bonita, elegante, licenciada,
não se esperava que se ocupasse, à época, nem do tema nem do conteúdo,
considerados muito liberais para a moralidade de então. E, claro, vendeu,
vendeu, vendeu muito.
Outros
livros se seguiriam, muitos, onde o nó górdio era sempre o amor, ou talvez
melhor, essa dificuldade maior que ele representa. Sobretudo a dificuldade de
"comunicar", que se torna mais dolorosa, quando os afetos são tema
central.
Margarida
criou, deste modo, uma legião de fãs cuja vida sentimental foi evoluindo com
ela e com aquilo que ela publicava. Sempre teve admiradores e detratores,
mas conviveu generosamente com isso, continuando a escrever sobre o que ela
sentia e sobre a forma como via a sua vida e a dos outros.
Tive
sempre por ela uma certa ternura que advinha de saber não só do que ela
era realmente capaz de escrever, mas também por ter sido colega e amiga da sua
mãe, desde o liceu. Pode gostar-se ou não do que ela escreve - isso acontece
com todos aqueles que se expõem ao grande publico - mas não se pode negar a sua
capacidade de trabalho e o viver apenas da escrita. É respeitável que o faça!
Contudo, o
seu último livro marca, talvez, um virar da página. Pegando numa lenda do tempo
de Viriato, que, como sabemos era um pastor nos
montes Hermínios, e se torna o grande chefe da revolta lusitana, anterior
à fundação de Portugal, ela vai recriar a história de amor que a mesma encerra.
A
coragem e criatividade deste homem eram tão grandes que, com um efetivo muito
inferior ao poderoso exército de Roma, conseguiu derrota-lo várias vezes. Com o
tempo, o seu exército cresceu, chegando a formar-se um corpo
especial de guarda a Viriato, constituído apenas por voluntários dispostos a
morrer por ele.
Ora é a
história de um desses voluntários que Margarida vai buscar para lhe dar a
inesperada cor e vida que ela merecia. E fê-lo, com bastante originalidade!
HSC
Fiquei curioso.
ResponderEliminarVou procurar aqui na Livraria Portuguesa.
Gosto muito da escrita da Margarida. Falta-me este 😊
ResponderEliminarDra Helena bom dia
ResponderEliminarParabens! Que tenha um dia(s) grande e um grande dia, por muitos anos com saúde, família e amigos.
Ana Maria
Hoje, dia 7 de dezembro, um grande abraço de parabéns. Tenha um dia muito feliz apesar da chuva.
ResponderEliminarE amanhã dia de festa também
Beijos e abraços amigos, dra. Helena
Maria Isabel
ResponderEliminarDevo dizer-lhe que aprecio a sua atitude de escrever sobre colegas suas, dando-lhes visibilidade, que pode afinal, até ser-lhe prejudicial. Isso revela uma grandeza de alma que nem todos têm. Considero-a uma mulher, a muitos títulos exemplar!
Fausto
🌷
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