Respiro, finalmente, o ar da normalidade, após duas semanas em que uma das minhas ocupações foi arranjar menus festivos – recusei-me a ter um Natal triste, por a morte da minha mãe ter ocorrido neste dia – a outra foi descobrir missas a horas de as poder frequentar sem correr grandes riscos e, finalmente, encontrar presentes para dar, sem sair de casa. Com uma ou outra pequena falha lá atingi os objectivos.
E para passagem do ano recusei igualmente pensar em coisas pouco alegres e aí ainda me apurei mais. A mesa estava lindíssima, a casa quentinha – bela conta de eletricidade vou ter – e arranjei-me como se fosse a uma festa das antigas.
Ainda bem que fiz assim, porque os que me rodeiam estavam felizes e eu mais ainda porque tinha conseguido dar um abraço apertado ao meu neto André, que é a pessoa mais doce e terna que eu conheço e que amo profundamente. Deus deu-lhe o melhor do pai e da mãe e eu, quando o olho, vejo nele o Miguel que tão parecido fisicamente era comigo. Logo, o André traz-me sempre um pouco do filho que continua presente no meio de nós!
Acabei a noite tarde e a pensar com que almoço os iria presentear no dia seguinte porque desapareceu tudo o que fiz. Comeram com tanto gosto este ano, que não sei como, até agora desapareceram um bolo rainha, 3 Panetones e não sei quantos sonhos com calda.
E afianço-vos que as comidas principais estavam ótimas e eram de grande variedade.
Estes repastos significaram muito para mim e fico feliz por ter tido a oportunidade de festejar com alegria esta época, esquecendo por uma semana o Covid e cumprindo estritamente aquilo que nos foi imposto, ao contrário do que aconteceu aqui na rua, onde um grupo de jovens, sem máscara batiam com as tampas das panelas, fazendo um barulho ensurdecedor.
Ah! Já esquecia que, claro, os meus maluquinhos das uvas comidas ao toque das badaladas, lá foram para o terraço invocar os seus doze desejos, enquanto eu, sem uvas, assistia ao fogo de artificio!
HSC
A família junto a nós, esse é o essencial, o segredo da felicidade.
ResponderEliminarHappy Queen Day
ResponderEliminarhttps://youtu.be/nOqg-qlNEVc
Ghost
ResponderEliminarDra Helena nada lhe tira essa alegria e vontade de viver à sua maneira. Sabe o que chamo a isso: a verdadeira liberdade!
Quem me dera ter metade da sua resiliência. Já me dava por feliz.
Alvaro Raposo
ResponderEliminarCara amiga concorde absoluto com o comentário anterior. A Dra não verga com facilidade. Os seus pés esto bem assentes na terra, mas a sua espiritualidade permite-lhe ver sempre o lado positivo da vida , apesar de um divorcio e da morte de um filho.
Conheço seu neto Anfrá que tem um orgulhoenormen em ser seu neto!
ResponderEliminarMesmo no meio desta pandemia conseguiu fazer do Natal e do Ano Novo, uma festa! É preciso coragem e amor por si própria. Bravo!
🌷
ResponderEliminarQuando alguém morre, não vai sozinho, leva uma pequena parte de sua alma para fazer suas asas, assim consegue voar com ele.
ResponderEliminar.
Quando alguém morre, não vai sozinho, leva a sua voz como memória e assim consegue orientar-se no caminho.
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Quando alguém morre, não sai sozinho, leva consigo todas as memórias, desta forma ri ao longo do caminho para não aborrecer-se.
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Quando alguém morre não sai sozinho, deixa uma parte de sua alma, assim você saberá que ele está bem e que lhe dará vida.
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Quando alguém morre não sai sozinho, deixa para você a lembrança de sua voz, desta forma sua consciência estará em sua caminhada pela vida.
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Quando alguém morre não lhe deixa só, deixa as lembranças, assim você pode continuar vivendo e honrando sua memória.
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Quando alguém morre, só transforma-se e muda suas asas para com elas voar mais perto de si.
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Quando a visão fica turva, é aquele ente querido passa na sua frente; quando lhe dão calafrios, é aquele ente querido a abraça; quando faz frio à noite, é aquele ente querido que cobre com cobertor; quando voce ri do nada, é aquele ente querido que lhe susurra uma piada e voce nem se apercebe.
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Esse ente querido está sempre do seu lado! ��
Não pare de viver, só você poder dar vida a esse ente querido por toda vida no seu coracao. ������
Viva o seu duelo ... mas viva!����
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PS.- Eu te abraço com muito carinho. Um abraço cheio de esperança e amor.
MorgadinhadosCanaviais