Gosto muito de cozinhar e já conto com cinco livros sobre o assunto no mercado editorial. Julgo, por esse facto, ter alguma experiência na matéria. A minha iniciadora nestas lides foi Maria de Lurdes Modesto e nem ela avalia o quanto lhe devo nesta matéria. Com efeito, se me visse, um dia, sem trabalho na economia ou na escrita, poderia sempre deitar mão à cozinha e ganhar a minha vida. Como tantos estão agora a fazer, sem nunca terem pensado que tal podia acontecer.
O certo é que, nos dias de hoje, a aptidão gastronómica entrou na comunicação e os programas sobre culinária pululam no pequeno ecrã, onde há muito para escolher a nivel nacional e internacional. Vou limitar-me ao primeiro e nesse, às mulheres que estão à sua frente, destacando uma que acaba de publicar o seu segundo livro e que é, de longe, a que mais aprecio. Trata-se de Cátia Goarmon, de quem sou seguidora fiel e que me encanta pela qualidade do que faz e pela simpatia e gosto que nos transmite. Sigo-a desde que se estreou e como tal acompanhei a bela transformação pela qual passou. No inicio, com o avental e aquela candura de quem partilha o que sabe na cozinha e nos trabalhos de carpintaria.
Depois, aos poucos, com a concorrência que se desenvolveu, ela aprendeu a tirar partido de tudo o que vale. Largou o avental, maquilhou-se e passou a usar tudo o que a podia valorizar. Unhas sempre muito cuidadas e nunca de cor, para se ter a noção da higiene do seu trabalho, cabelo trabalhado com penteados que deixavam ver um rosto lindo com uns olhos de uma cor que umas vezes parece azul e outras parece verde. A juntar a tudo isto passou a vestir roupa mais adequada à sua figura e tornou-se, sem dúvida das mais bonitas caras da nossa tv.
Tudo isto com uma simpatia permanente, um gosto de mostrar a importância da familia, levando ao ecrã a mãe que a ensinou e os filhos que ela terá iniciado, bem como algumas amigas do ramo, com quem se diverte e nos diverte. Muito diferente de alguns programas que não sabemos se são de culinária ou de moda. Aqui em casa, ela tem um grupo fiel de fãs!
Pois bem, feita a descrição do quanto gosto da Cátia - não lhe chamo tia porque podia ser minha filha - quero chamar a atenção dos leitores para o seu ultimo livro, escrito a meias com a nutricionista Rita Rocha de Macedo, que também é sua prima e que dá gosto ver com atenção. Eu, que me "pelo" por livros de receitas, agarrei-me a este no fim de semana passado e não o larguei até hoje, data em que escrevo estas linhas e em que, no fundo, se celebra o dia especial de S. Martinho!
HSC
Tem razão Dra Helena no seu post.
ResponderEliminarEu que sou homem vejo com muita frequência os programas de Cátia Goarmon e é muito interessante a descrição que faz da evolução da única a quem chamo "Chef". Evolução em que não perdeu nada da simpatia e nos deu a conhecer uma mulher bem bonita!
Pedro Vaz de Carvalho
Praticam uma culinária muito diferente, mas as duas juntas poderão agradar a um conjunto mais vasto de pessoas. A Tia Cátia tem uma presença muito agradável e cuidada, mas carrega muito nas calorias, natas, açúcares, etc., por isso tem excesso de peso. A prima tem receitas mais saudáveis, mas saborosas e práticas, algumas das quais já experimentei. Da tia Cátia fujo a sete pés, porque acaba por não ser nem tradicional nem moderna, nem básica nem gourmet, às vezes pseudo-saudável, e acabamos por engordar, no matter what. Mas as duas juntas acho uma excelente ideia, porque a Tia Cátia é mais prática e a prima mais teórica. Com a Tia Cátia temos o estilo «comidinhas», as «quiches» a que o Miguel Sousa Tavares chamou, com bastante graça, comida das tias, que também não é a minha preferência.
ResponderEliminarCutchi Cutchi
ResponderEliminarEu, ao contrário julgo que a tia Cátia promove a cozinha portuguesa e a dieta mediterranica. Ela é uma mulher roliça e bonita, que gosta daquilo que está a fazer. A junção com a prima doseando o que é mais saudável prova bem o que a dra Helena diz dela e da sua capacidade de se juntar a quem tem preparação para tornar as reseitas da nossa Cátia mais leve!
ResponderEliminarEstou consigo, vão ser ambas beneficiadas com este livro e Catia foi, uma vez mais, inteligente ao fazê-lo. Como a dra Helena gosto dela!
Caras leitoras/es
ResponderEliminarO Miguel Sousa Tavares, ao que me dizem, cozinha bem. Mas tem um "pó" às tias que dá dó. É que ele usa o termo em tom depreciativo e é pena. Significa que só conhece um certo tipo de "tias". Eu não pertenço a esse grupo mas sou tia e, quem sabe, talvez fosse capaz de fazer melhor algum dos seus pratos preferidos, passe a falta de modéstia,
Claro que quando ele começou a cozinhar eu já o fazia há muitos anos para ...os meus sobrinhos e filhos. A Cátia também é tia e das minhas. Essa é que é essa! -:)))
A tia Cátia e a Filipa Gomes,fazem comida muito calórica,os bolos então..Basta olhar para as 2! São simpáticas,bonitas, vestem bem,mas são programas de culinária e não de beleza.
ResponderEliminarOra aqui está um par de primas, em que cada uma faz bem à outra.
ResponderEliminarA Cátia G é demasiado rebuscada, faz malabarismos atrás de malabarismos para inventar programas a metro.
Algumas coisas não me fazem nenhum sentido.
E a prima talvez seja demasiado flat.
Das duas espera-se um livro e peras!
Com as peras a Cátia G faria faria pastéis de nata com pera, rissóis com pera, croquetes de pera, caixinhas de pera, peras em castelo, rebuçados de pera, a prima fatiava a pera deitava-lhe umas amêndoas laminadas, ia ao forno e já está.
(continuação)
ResponderEliminarE eu ainda sou mais flat do que a prima, porque gosto de uma boa pera, bem lavada e comida à dentada ou, quando muito, cortada em fatias, umas vezes mais fininhas, outras vezes mais grossas!
A Tia Cátia devia convidá-la para ir ao programa dela. Uma pessoa multifacetada como a HSC devia estar na Tv. As suas receitas já me ajudaram a equilibrar-me, sem ter de ir para pratos sem graça, e agradeço-lhe por isso.
ResponderEliminarOs gostos culinários mudam muito de pessoa para pessoa, são muito pessoais.
A Tia Cátia faz tudo com muita alegria, muita dedicação, muita atenção a todos os pormenores, apesar do seu ar despreocupado. Transmite que cozinhar é uma aventura, e tem passado isso a jovens que conheço, para quem cozinhar ou era uma grande maçada, ou era um bicho de sete cabeças.
ResponderEliminarA Tia Cátia é uma mulher radiosa que dá gosto ver a cozinhar, mas percebo que possa ser uma culinária confusa para quem não se dedica à cozinha, porque ela vai a todas, não tem um fio condutor como a prima Rita tem, que tem umas receitas excelentes. Gosto duma alimentação muito simples com bons ingredientes, prefiro os legumes crus ou quase crus, só com um ligeiro vapor, assim como o peixe, que se for demasiado cozinhado fica seco, cá em casa não comemos carne, fazemos muitos pratos vegetarianos. Mas a Tia Cátia como pessoa é uma inspiração e já me tem dado ideias.
ResponderEliminarOs meus pais eram pessoas tradicionais, nasci nos anos 70, mas foi na cozinha que desde cedo novos horizontes se abriram perante os meus olhos.
ResponderEliminarA minha mãe não sabia, não tinha jeito, não gostava de cozinhar, vivia para os livros, de estudo e de literatura. O meu pai a certa altura da sua vida, antes ainda de eu nascer, decidiu ser vegetariano (a avó dele era vegetariana, sem que se designasse como tal, e morreu com 102 anos).
Então lá em casa só existia a cozinha «experimental» e espontânea (às vezes desajeitada, por vezes mesmo desastrosa) do meu pai, um pouco ao estilo do Jamie, que umas vezes dava ótimos resultados e outras vezes nhac!
Mas lembro-me que foi na cozinha a ver o meu pai cozinhar que vi os produtos alimentares, como se os visse pela primeira vez- a fruta, os legumes, o azeite, o pão, as cores, as formas.
Quando hoje está na moda falar das receitas inatingíveis da mãe e da avó, eu gosto de dizer:
«Ninguém no mundo se embrenhava nos livros como a minha mãe, ninguém dava a ver os alimentos como o meu pai!»
Lindos!
A mensagem que o Dr Pinto Coelho passa nas suas entrevistas e livros é que se conseguirmos cortar (o que não é fácil) o açúcar, laticínios e glúten, vamo-nos sentir com muito mais saúde e bem-estar.
ResponderEliminarComo desta vez, só quis falar da Cátia, limitei-me a ela e à prima. Não abordei nenhuma das outras portuguesas que fazem programas de cozinha porque ja aqui falei de Sandra Nobre e também de Felipa Gomes, que deve ter posto toda a familia e amigos a defende-la, como se eu a tivesse atacado. Limitei-me, na altura, a sugerir alguma moderação no vestuário e nos penteados, porque me pareceu que o programa e ela própria, ganhariam com isso... Ui! Ia-me caindo o mundo dos seus fãs em cima!
ResponderEliminarPorque, do meu ponto de vista, há uma enorme diferença entre a forma como Cátia Goarmon e Felipa Gomes apresentam os seus programas.
O que o livro acima referido faz, é tentar conciliar o sabor e o saber dos alimentos. E fá-lo de uma forma original.
A Cátia é uma mulher feita, que sabe o que quer e que percebeu que a simplicidade é a primeira arma para conquistar o seu publico.E ganhou. Só cá em casa somos quatro...
O humor é sempre a melhor receita
ResponderEliminarPORTA DOS FUNDOS:
- Nutricionista
youtube.com/watch?v=sNHlZvk09tI
- Restaurante Moderno
youtube.com/watch?v=4mS5jXANB78
Helena SC o Miguel Sousa Tavares ia pedir licença para entrar na sua cozinha. Segundo ele disse numa entrevista, não permite a entrada a ninguém na cozinha, quando está a cozinhar, a não ser a uma mulher com mais de sessenta que saiba cozinhar. E se for uma mulher (que sabe cozinhar, com mais de sessenta) a cozinhar, ele só entra na cozinha se ela autorizar. Voilà!
ResponderEliminarEu acho o chef Kiko genial. Partiu com a mulher, ambos de mochila, para viajar à volta do mundo e aprender em 20/30 países, à mesa com as famílias locais. Esteve em Moçambique tb com a mulher, num projeto de voluntariado e solidariedade. Tem um grande conhecimento das culturas gastronómicas mundiais, mas tb estudou no cordon Bleu, por isso é muito abrangente e conhecedor de receitas, produtos e técnicas muito diversificados. Mas mantém uma grande simplicidade que só o verdadeiro conhecimento permite. Foi num vídeo do chef Kiko que aprendi a fazer o magret de pato, sem aquela sensação de engordorado que acontece na maior parte dos casos, e que se tornou a minha «assinatura gastronómica» (ahh ahhh!) para a família e amigos.
ResponderEliminarMas estou, estamos, em stand by. Venha a vacina!
ResponderEliminarAnónimo das 16:09
Veja coincidencia: o Chef Kiko foi meu aluno em culinária, num tempo em que dei aulas dessa numa Escola excelente, que abriu nessa época em Oeiras. Também gosto muito dele.
Mas eu não chamo Chef a algumas das nossas cozinheiras televisivas.
Aí é outra história!