Eu sei que não há coincidências, mas ontem o meu neto André telefonou-me para me dizer que morria de saudades de me dar um abraço. Fiquei com o coração partido, logo agora que o operei para ele ficar mais bonito. Mas após o telefonema, curiosamente, e de forma um poco inesperada, um amigo enviou-me um texto lindíssimo de Tolentino de Mendonça sobre a importância desse gesto e dos diferentes significados que ele podia ter. Com efeito o abraço tem tanta força, que só agora que os não podemos dar, é que percebemos a falta que eles nos fazem na dor, na alegria, no apoio, na despedida ou no acolhimento, no luto, na congratulação pelos sucessos, ou na reconciliação.
Sou uma mulher de afectos e quem me conhece sabe disso. Eles são a arquitetura da minha vida e a saudade que mais sinto, neste longo confinamento a que fui submetida, é deles. De apertar entre os meus braços todos aqueles que amo. Curiosamente não sinto tanto a ausência de beijos, talvez porque neles, eu fosse mais resguardada. Os beijos são distribuidos com mais parcimónia, ficam mais para dentro de casa.
Por isso o texto do Cardeal Tolentino me tenha tocado tanto. É que foi no seu abraço onde me anichei quando perdi o meu filho. E, ainda hoje tenho bem presente a força que ele me transmitiu!
HSC
A ausência do abraço é um dos castigos mais pesados desta pandemia.
ResponderEliminarSobretudo do abraço que só podemos sentir muito poucas vezes no ano.
Tolentino Mendonça, Anselmo Borges, Frei Bento Domingues, são leituras obrigatórias.
Abraços virtuais que não dispenso.
Conheço bem esse texto maravilhoso!! Eu também tenho muitas saudades dos abraços e dos afectos. Desde Janeiro que não vou a Portugal, desde Janeiro que não vejo e não abraço os meus... Queremos muito ir no Natal se a situação o permitir e não sei como irei conseguir resistir aos abraços... a parte emocional cega-nos o pensamento, mas a parte racional pede proteção aos que mais queremos... que tempos estes...
ResponderEliminarUm belíssimo texto.
ResponderEliminarPois também gosto imenso de um abraço,
mas já não sei quando foi o último.
Que momento duro que vivemos!!!
Os meus cumprimentos.
Irene Alves
Olá Helena, identifiquei-me tanto com este seu texto que não pude deixar de comentar. É também do que sinto mais falta, dos abraços... De abraçar a família, os amigos. Gostaria de lhe pedir, se não se importasse, que partilhe o texto do "nosso" Cardeal, para dele tirar alguma esperança para os tempo que aí virão. Muito obrigada
ResponderEliminarDetesto os beijos “fictícios” que se davam e... só apanhada desprevenida os dava! Espero que um dos aspectos “positivos” da pandemia seja desabituar-nos desse ritual pouco higiénico!
ResponderEliminarJá agora que os abraços fortes, sinceros, meigos... venham quanto antes!
Até as células ficam todas contentes.
ResponderEliminarSenhora,na barulhenta confusão da vida,tem a virtude de não deixar de ser feliz.
ResponderEliminarDe um coração com um sopro para outro coração com sopro deixo esta Desiderata.
https://youtu.be/CaVaF6TkSUU
Ambrósio
Apaixonei-me perdidamente até hoje não no primeiro beijo mas no primeiro abraço. Que texto Dra Helena.
ResponderEliminarFique bem e cuide-se.
Um sorriso e um abraço sincero dizem mais que mil palavras. Terá sempre o meu sorriso, e receba agora o meu abraço querida Helena.��
ResponderEliminarSim, também sinto muita falta de abraços. Mais do que de beijos. Para mim um bom abraço sincero é tudo. Já tive momentos da minha vida em que recebi abraços que nunca mais esqueci, ainda hoje quando penso neles me confortam. Neste mau momento que atravessamos, e que não o devemos fazer é quando nos dá a saudade, principalmente, de familiares com quem não podemos estar à muito tempo. Estou cheia de saudades daquele verdadeiro abraço que, como a Drª Helena diz tem a força que necessitamos. Não sabemos quando, nem como isto acaba. Nem quando podemos deixar o virtual e passar à realidade de abraçar aqueles que amamos.
ResponderEliminarObrigada Drª Helena pelas suas palavras. Tenha um bom fim de semana
Maria
Menina Lenina
ResponderEliminarDepois de muito procurar, aqui vai o meu abraço ( perdoe-me a veleidade ), em forma de dança.
https://youtu.be/6Zw0Jfl5_bE
Na é preciso o esforço de um Demi ou Grand Plié,nem Jeté ou Adágio etc, etc
Só é preciso um Rond de jambe e Frappé.
Zé
Também gosto de dar uma abraço quando me encontro com as pessoas de coração. Os beijos já os dispenso, são mais traiçoeiros, mais frios. Estes tempos estão difíceis mas irão passar. Venham, depois, os abraços.
ResponderEliminarForte abraço cheio de luz.
ResponderEliminarFátima
Abraços ?
ResponderEliminarAos três filhos, noras e sete netos, quando muito é cotovelada...
Agora, nesta 2ª vaga epidémica, já nem isso e mantemos a distância aconselhável !
Que tristeza...
Nem quero pensar no Natal...
Melhores cumprimentos.
Concurso Árvore Europeia do Ano /Teve início em 2011
ResponderEliminar(Porque abraços e árvores tb ficam bem juntos!)
É um concurso espantoso que dá a conhecer árvores impressionantes, na Europa, algumas com milhares de anos.
Em Novembro está em votação A Árvore do Ano em Portugal
(Já votei na Oliveira de Mouchão com 3.354 anos!!!)
Site:
portugal.treeoftheyear.eu/vote.aspx
Tenho todo o prazer de enviar-lhe um abraço.
ResponderEliminarUm abraço vale mais que um beijo ou palavras