Durante estes sete longos meses que passaram, não poderei dizer que tive uma vida fácil. Com efeito, após duas pneumonias distanciadas de um mês, com características um pouco estranhas, acabei a fazer duas intervenções ao coração, no escasso periodo de dez dias.
Não me queixo, fui operada e acompanhada por um conjunto de cardiologistas do que há de melhor nesta área. Como sempre a Dra Isabel Galriça Neto foi o meu arcanjo guardião e o Dr Rui Teles foi quem me devolveu a excelência cardíaca a que na minha idade ainda posso aspirar. Ou seja, ter a qualidade de vida de uma jovem de 50 anos. ..
Discreto mas de uma ternura especial, cheio de humor ,esteve o Prof Nuno Cardim, que foi colega do meu filho Paulo desde os bancos da primária. E cumulo dos cúmulos, ainda tive duas conversas com o meu Padre Tolentino que nunca me abandona em qualquer situação mais dificil, dizendo-me sempre que "ainda tenho muito por cá fazer"!
Há bastante tempo que aprendi que é a doença que se combate e não o doente. Talvez por isso, lembro-me bem de ter pensado, antes de ir para as salas de intervenção, que a luta que eu travava era pela minha vida, porque da doença quem tratava eram os médicos.
Foi um período muito interessante para perceber como naquele hospital se trabalha em rede e tudo flui sem problemas. E também ter a consciência do quão esgotante é o trabalho de uma equipa que tem permanentemente de jogar para o mesmo lado!
Fiquei mais magra e mais exigente comigo, porque o custo benefício da intervenção tem que ser amplamente compensador. Assim e dentro dos limites da pandemia em que vivemos, vou esforçar-me por aproveitar muito bem os anos que me faltem! Nem mais...
Já tinha dado pela sua falta, mas longe de pensar que lutava pela vida. Bom regresso, muita saúde e, se me permite, um beijinho :)
ResponderEliminarNem mais...Dra. Helena. Cuide bem de si, mime-se, tente viver com a qualidade que merece. Os anos que restam são os que melhor sabem e devem ser aproveitados. Ter essa noção é meio caminho andado para se ser feliz.
ResponderEliminarDesejo-lhe, de coração, uma vida longa com a alegria que a caracteriza.
Um abraço.
Admiro a sua energia e sempre boa disposição!
ResponderEliminarDesejo-lhe as melhoras e que tenha ainda muitos anos pela frente, com a simpática gargalhada que a caracteriza!
Boas melhoras:))
Não podia concordar mais com o nosso Cardeal.
ResponderEliminarFique bem.
Boa semana
Desejo-lhe uma rápida e completa recuperação. Efectivamente ainda tem muito para dar. É uma alegria tê-la por cá. Força!
ResponderEliminarDesejo rápidas melhoras! Tudo vai ficar bem!
ResponderEliminarDesejo-lhe tudo de bom!
ResponderEliminarEstimo as suas rápidas melhoras!
ResponderEliminarVenho aqui só para lhe desejar rápidas melhoras.
ResponderEliminarBeijinhos.
Inês
Boa noite Dra Helena. Já sentia falta das suas palavras e pensamentos. Muita coragem porque faz muito falta, para encorajar e transmitir a sua força e alegria de viver. Uma óptima recuperação. Vou rezar por si. Um beijinho. Maria Conceição.
ResponderEliminarMuita saúde, porque faz muita falta. Beijinhos e abraços
ResponderEliminarMaria Isabel
ResponderEliminarDesejo à Dra Helena Sacadura Cabral as mais rápidas melhoras.
Que falta tem feito a sua gargalhada única - absolutamente contagiante e de uma jovialidade invejável. Que senhora inspiradora.
Um beijinho.
Ana Cristina Cabrita
As melhoras, querida Helena, faz-nos falta.
ResponderEliminarLuis Filipe Margarida
Querida Helena,
ResponderEliminarFoi com muita alegria que li que está bem e a trabalhar!
Um grande beijinho com muita amizade.
Helena,
ResponderEliminaro padre Tolentino tem razão. Ainda tem muita coisa ,por cá, a fazer . Uma delas , peço-lhe que seja a partilha de métodos de sobrevivência sem perda de lucidez depois da morte de um filho. O seu querido Miguel, por quem eu tinha uma especial admiração, morreu por doença. Imagino a dolorosa tortura quando se vive com a consciência do fim á vista. A minha filha Beatriz foi brutalmente assassinada poucos dias antes de completar os 23 anos. Nunca fui muito de blogues porque associava a influencer's pretensiosos a "pop stars" das futilidades e da má língua. Estava errada. Por necessidade procurei informação sobre a Helena na esperança de encontrar uma dica para meu consolo. Foi quando dei com este seu blogue. Fique boa depressa para quem mais ama e para mim ou outros pais orfãos de filhos e que se sentem perdidos. Na maioria das vezes eu não sei o que sinto porque vai desde a raiva, a negação, a tristeza, a felicidade de algumas recordações tão belas, e até chego a sentir uma ridícula esperança do seu regresso ou aparição. Ou seja , a maior parte das vezes sinto-me mesmo uma pateta. Beijo grande . Obrigada . Paula Bochecha Lebre
Cara Paula
ResponderEliminarA dor da perda de um filho, essa fica guardada na mais intima e profunda celula do nosso coração. E deve ser afastada pensando que todos temos um determinado objectivo par a nossa vida. O do Miguel terminou aos 57 anos, quando tudo parecia estar só a meio do caminho. Não era esse o seu destino. Viveu intensamente a sua vida, cometeu os erros que quiz e as alegrias de quem escolhe sempre o seu caminho. Possivelmente era ali que ele terminava e foi poupado, creio, a muita coisa de que não gostaria...A minha missão como mãe dele terminou com a sua morte. Ele pediu-me antes de exalar o ultimo suspiro "que vivesse todos os dias como se ele cá estivesse.
Foi o que fiz e todas as noites converso com ele sobre a minha vida, olhando as estrelas e sabendo que ele está a ver-me e ouvir-me. Foi assim que sobrevivi, voltando-me para os vivos que ainda precisavam de mim!
Um abraço fraterno da Helena
Doce Helena
ResponderEliminarA sua disponibilidade em responder a uma desconhecida e a resposta ternurenta que me deu, provam que tem razão quando diz que tem de aproveitar muito bem os anos de vida que lhe possam faltar. Porque escrever é um dos seus maiores prazeres , ficarei por aqui á espera das suas palavras porque irão ajudar-me tanto quanto espero que a ajudem também quando as escreve. Pelo que leio ,‘ coragem e força julgo que a Helena já tem. Resta-me desejar-lhe sorte na sua saúde porque essa não está nas suas mãos embora a Helena tenha a sorte de ser crente , já que é essa mesma crença a que chamam fé que me falta. Também são os vivos que me dão a força suficiente para levantar-me do sofá , onde paraliso horas a olhar para a parede onde estão fotos da minha Beatriz com o irmão. Ligo o canal de música da TV só para quebrar o silêncio e ajudar a saída das lágrimas que ficam entaladas na garganta e que parecem causar uma dor indescritível no peito. Entretanto outra dor chega : O meu filho já não tem a irmã , a sua maior cúmplice e sua maior amiga. Pensarei na Helena quando sentir-me a afundar. Tentarei seguir o seu exemplo. Resista querida Helena . Há muitas pessoas a quem pode ajudar e fazer delas melhores pessoas. Boa Sorte!
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🌷
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