Depois de ter estado em casa fechada com um daqueles vírus gripais violentos, voltar à normalidade teve as suas dificuldades. A primeira, surgiu logo quando quis tirar o carro da garagem e ele não se mexeu, porque a bateria estava queda e muda. Tentei duas ou três vezes mais e, antes que afogasse o motor, tratei de chamar um amigo para me vir pôr os bornes na dita numa tentativa de a recarregar. Vá lá, ao fim de bastante tempo, pegou!
Depois para ir até ao supermercado, distraí-me e tive que voltar para trás e dar uma volta enorme. As compras, feitas sempre por lista, deram-me conta de que o virus também devia ter atacado os meus neurónios, já que parecia uma barata tonta à procura de produtos, cujo local conheço perfeitamente. Quando cheguei à caixa deu-me um ataque de riso porque estava tudo misturado, quando por norma, já arrumo as compras separadas para, depois em casa, ser mais fácil de arrumar. A rapariga da caixa, que já me conhece disse-me a rir "ó dra isto hoje nem parece seu, está tudo misturado"!
Enfim, quando cheguei a casa estava já mais normalizada e ri com gosto da desafinação que a gripe me provocara. A minha empregada viu-se grega para arrumar tudo, habituada que está ao meu estilo germânico. Ainda me lembrei que todo este desatino fosse, na minha idade, consequência do Dia dos Namorados...
Assim, para compensar tanta taroulhoquice, decidi que hoje me vingaria e iria com os amigos ao cinema ver qualquer coisa leve. Não sei quem teve a triste ideia de sugerir as Mulherzinhas. Eu ainda perguntei se não estavam doidos, que o filme era para adolescentes, mas garantiram-me que a crítica dizia muito bem. E, de facto, às 17h a sala estava cheia.
Bom, foi uma espécie de desastre, porque não entendi patavina do filme que achei "chato" - desculpem a expressão - a valer. Devo ter lido o livro aos 12 anos, mas não me lembrava nada da história. Ora, a quem não se lembre da estorinha, vai acontecer-lhe o mesmo que a mim, ou seja, perguntar-se "mas o que é que eu estou aqui a fazer?"
Bom, foi uma espécie de desastre, porque não entendi patavina do filme que achei "chato" - desculpem a expressão - a valer. Devo ter lido o livro aos 12 anos, mas não me lembrava nada da história. Ora, a quem não se lembre da estorinha, vai acontecer-lhe o mesmo que a mim, ou seja, perguntar-se "mas o que é que eu estou aqui a fazer?"
HSC
E não é que agora perdi a vontade de ver o filme? Também li o livro muito novinha, mas ainda tenho algumas lembranças da história, embora muito leves. Estava curiosa para ver o que tinham feito no cinema e com vontade de reler o livro. Acho que me vou ficar pela leitura!
ResponderEliminarAssunção mas eu não me lembrava nada da história do livro. Se voc~e ainda se lembra talvez goste. O cinema estava cheio. Eu é que sou pouco dada a estórias desta natureza...
ResponderEliminarO «filme» do supermercado é semelhante ao que me acontece hoje em dia, à saída da gripe malvada, que me deixou sem forças, menos meia dúzia de quilos e os neurónios avariados... Mas nos supermercados também mudam os lugares das coisas que procuramos, para encherem as prateleiras de produtos vegan e afins (que dispenso). Gosto é da nossa comida simples e bem feitinha.
ResponderEliminarNestes dias de parvoíces sobre a eutanásia, revigorante a explicação do seu filho, sem abdicar das suas convicções, ontem na tvi. Ando tudo aos gritos e nem sequer se referem ao testamento vital, que já existe há uma série de anos e que permite a cada um, sejam quais forem as suas convicções, religiosas ou não, com toda a lucidez, impedir por escrito que lhe prolonguem a vida artificialmente. Estudar dá muito trabalho... Intelectuais como ele merecem todo o respeito.
Só por Saoirse Ronan e Timothée Chalamet vale a pena.
ResponderEliminarum livro do século XIX feito para um público feminino não deve dizer grande coisa hoje
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ResponderEliminarHoje não posso concordar em nada consigo. Refiro-me ao filme que foi ver. As Mulherzinhas e os que lhe sucederam - Boas Esposas e Jo's Boys foram dos livros que mais amei na minha juventude. Livros feministas, sim, mas no bom sentido. Os filmes e séries que se fizeram a partir daí foram devoradas por mim, que adorava aquelas personagens tão reais. Quando este estreou fui ver com a minha filha e comoveu-me. O meu neto Daniel, de 16 anos, foi ve-lo com a namorada e disse que tinha adorado e que até tinham chorado ( benditos sejam!). Finalmente o meu filho foi com o resto da família e também adorou o filme. É para as famílias, interessa aos mais novos e aos mais velhos. É uma história actual. E as interpretações são óptimas. Lamento e admira-me que não tenha apreciado tudo isso.
Há livros do seculo XIX que nos dizem mais do que muitos do sec. XX, Eleitorado.
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