Não gosto de escrever sobre política, em particular a alheia, mas quando o ridículo é tanto que menoriza a função, solta-se-me a língua.
Trump pertence a um grupo de indivíduos cuja sanidade mental não está garantida. Por isso, surpreende que se mantenha como Presidente da América. Mas como este país continua a aceita-lo e eu não sou americana, vou assistindo a alguns dislates e a perguntar a mim própria, como é possível que eles aconteçam.
O último fora a proposta de compra da Gronelândia. Este território é parte da Dinamarca, tem mais de dois milhões de quilómetros quadrados, cerca de 57 mil habitantes e alberga uma das maiores bases militares aéreas dos Estados Unidos.
É a única instalação militar dentro do Círculo Polar Ártico e tem sido considerado ideal para rastrear mísseis balísticos intercontinentais e satélites em órbita terrestre baixa. Por surpreendente que seja já havia sido alvo da cobiça dos Estados Unidos, por duas vezes, a primeira em 1946, pelo Presidente Harry Truman.
Claro que a Primeira Ministra da Dinamarca, face à proposta absurda, respondeu
"A Gronelândia não está à venda. A Gronelândia não é dinamarquesa, é da Gronelândia".
Mas, afinal, depois deste episódio, Trump não só conseguiu a proeza de transformar o encontro do G7 numa guerra de palavras entre Bolsonaro e Macron, que atingiram a mulher deste último, como conseguiu que as primeiras damas fossem usadas para atacar os respectivos presidentes.
É caso para dizer que os dislates internos, aqui no burgo, ao pé disto são peanuts!
HSC
Curiosamente foi o tema que hoje tratei.
ResponderEliminarOs comentários de Bolsonaro são absolutamente incríveis.
Um Chefe de Estado reage daquela forma, com ataques pessoais à esposa do seu adversário político?
Grunhos, chamei-lhe grunhos.
E são cada vez mais,
Os estadistas é que rareiam.
george bush filho também tinha os seus momentos de dislates, Trump é um homem que pensa que tudo se compra e tudo tem comprado na vida
ResponderEliminarOs USA compraram vários dos seus territórios a outros países. A Luisiana foi comprada à França, porque Bonaparte precisava de financiar o conflito com a Inglaterra; a Flórida e o Oregon foram adquiridos à Espanha; o Alasca à Rússia; o Texas ao México; as Ilhas Virgens à Dinamarca; etc.
ResponderEliminarDe acordo com um comentador (não me recordo quem) Trump é um homem de negócios imobiliários e gosta de lançar a ideia de que tem muito poder e dinheiro, não interessa se é verdade. A ideia de comprar a Gronelândia seria apenas bluff e omnipotência para deixar os outros embasbacados.
Pois eu prefiro mil vezes o Trump ao nosso António Costa ou ao cata-vento mais conhecido por primeiro ministro.
ResponderEliminarCom as polémicas e trocas de palavras insultuosas de Macron sobre os incêndios da Amazónia, um seguidor da página de facebook de Bolsonaro, um tal Rodrigo Andreça é que publicou as tais fotos das mulheres dos dois governantes com a seguinte mensagem: "É inveja, presidente, do Macron, pode crê (sic)".
ResponderEliminarAo que o filho de Bolsonaro respondeu, condenando: "isso também não. É demais!" E o mesmo fez Bolsonaro "Não era preciso partir para a humilhação".
Vejo agora que a história que circula é a de que foi tudo inicialmente publicado por Bolsonaro. Chama-se a isto desinformação!
De resto, gostei da resposta de Bolsonaro ao comportamento dos europeus, e especialmente às ameaças de Macron, quando lhe fez reparo aos seus "tiques" colonialistas para com um país soberano. E sobre a Amazónia lembrou-lhes que ela pertencia ao Brasil e que as verbas vindas de fundos europeus fariam certamente muito mais falta à Europa para a sua reflorestação :)))